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Saúde

"Não há motivo para pânico", diz secretário do Ministério da Saúde sobre a gripe suína

"Não há motivo para pânico", diz secretário do Ministério da Saúde sobre a gripe suína

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:30

O secretário de atendimento à saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame, afirmou nesta segunda-feira, 27 de abril, que não há motivo para pânico no Brasil por conta da gripe suína. Ele ressaltou que não há nenhum caso da doença no país, até agora, e que as medidas preventivas estão sendo tomadas.

"É importante que se diga que não há motivo para pânico. Todas as autoridades sanitárias do Brasil têm tomado providências suficientes. Não temos neste momento nenhum caso identificado no país e as medidas que podem ser tomadas são preventivas, de orientação para as pessoas, para que, ao menor sinal de sintomas relacionados, que procurem o serviço de saúde para que recebam orientação adequada", explicou.

O secretário disse que, a pedido do ministro José Gomes Temporão, foi criado um gabinete de crise, com profissionais da secretaria de vigilância sanitária do Ministério, para "avaliar as medidas que já foram tomadas e as eventuais novas medidas que precisarão ser tomadas". Qualquer manifestação à população, no entanto, dependerá das informações que a OMS (Organização Mundial da Saúde) irá repassar sobre a doença.

"(O Ministério) aguarda orientação da própria OMS, que deve dar ainda mais 24 horas para ter um tempo mais adequado para avaliar a extensão e a gravidade do problema e em que medida pode virar uma pandemia mundial. E vai anunciar medidas no tempo adequado, se for necessário", disse.

Questionado sobre a falta de assistência aos viajantes que chegaram de países onde a doença foi identificada, o secretário destacou que as informações sobre o vírus da gripe suína ainda são muito recentes. "O anúncio do problema no México é muito recente. Se tomou conhecimento no Brasil no sábado, na verdade. Está havendo uma mobilização do Ministério da Saúde e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para que seja dada orientações às pessoas. Felizmente, não se identificou nenhuma das pessoas nestes voos, até o momento, que tenha dado os sinais dos sintomas relacionados a uma suspeita de que pudessem ser portadores da influenza".

O secretário afirmou que pessoas com sintomas como febre, coriza e tosse, sinais de gripe, que tenham tido contato com quem esteve no México, deve entrar em contato com os serviços de saúde para receber orientações.

Vacinação contra gripe

O secretário explicou ainda que as campanhas de vacinação contra gripe para idosos e crianças não têm nenhuma relação com a gripe suína. As campanhas serão continuadas e espera-se até um aumento na procura pela vacinação, apesar de ela não prevenir o influenza da gripe suína. Ainda não existe vacina para este tipo de vírus.

"Essa vacinação de idosos e crianças não tem nada a ver com o influenza que está sendo discutido. Como é a mutação de um vírus, não existe vacina para a gripe suína e demoraria de 5 a 6 meses para que uma vacina ser desenvolvida, a partir do isolamento do vírus. (As campanhas) serão mantidas porque a ideia é a prevenção de outros tipos de gripe. Essa mutação terá de ser tratada de modo diferente".

Risco de pandemia

Para o presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), Osmar Terra, "todo risco de pandemia preocupa". Ele acredita, no entanto, que o Brasil está preparado para evitar a entrada da doença no país e combatê-la, se for necessário. "O Brasil está fiscalizando a entrada nos aeroportos e cada Estado tem um sistema de isolamento nos hospitais. O Brasil está preparado para uma eventual pandemia."

"O Brasil não teve gripe aviária nos últimos anos porque o sistema de prevenção funcionou. Esperamos que funcione novamente agora. Todos os Estados estão em alerta e mobilizados", concluiu.

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