Cientistas argentinos desenvolveram um procedimento para combater a infertilidade masculina. O método não invasivo prevê a separação dos espermatozoides saudáveis daqueles que possuem anomalias na estrutura de seu DNA.
"Vários pacientes já foram beneficiados com essa tecnologia", afirmou a bióloga Vanesa Rawe, do CEGyR (Centro de Estudos em Ginecologia e Reprodução), que liderou a pesquisa.
O método é chamado "separação magnética por colunas de anexina V" e foi recentemente premiado pela Samer (Sociedade Argentina de Medicina Reprodutiva), informou o CEGyR.
O trabalho foi publicado na revista "Reproductive BioMedicine" ("RBM Online"), publicação científica internacional na área de biologia e medicina reprodutiva.
Os espermatozoides alterados possuem propriedades moleculares diferentes das normais, de modo que, ao filtrá-los através de um complexo mecanismo, os normais são selecionados para a fecundação do óvulo durante uma técnica de reprodução assistida.
Segundo Rawe, o método "permite enriquecer as amostras de espermatozoides sãos, dando ao paciente mais chances para a formação de um embrião com maior potencial de engravidar depois do ICSI [injeção intracitoplasmática de espermatozoide]".
O ICSI é uma variante da fertilização in vitro, indicada em primeira instância nos casos de infertilidade masculina, que constituem 40% dos casos de casais com problemas reprodutivos.
"Estudamos muitos casais que não conseguiam a gravidez e notamos altos níveis de fragmentação do DNA do esperma, ou seja, rupturas ou lesões no material genético do espermatozoide. Quanto mais comprometida está a integridade do material genético, menores serão as chances de se obter uma gravidez", explicou a bióloga.
Postado por: Felipe Pinheiro
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições