Uma nova vacina experimental contra o vírus do ebola, foi eficaz para proteger macacos contra o vírus mortal, segundo revelações de um estudo publicado nesta quinta-feira.
A vacina conhecida como "víris inteiro", foi baseada numa forma não ativa do vírus inteiro, em vez de apenas fragmentos, e é mais suscetível de desencadear uma resposta imune ampla.
"A nova vacina difere de outras vacinas contra o Ebola", afirma, em comunicado, a Universidade de Wisconsin-Madison. "Tal como uma vacina de vírus completo inativo, ela deixa o sistema imune do hospedeiro com o complemento total de proteínas e genes virais do Ebola, conferindo maior potencial de proteção".
O vírus Ebola tem apenas oito genes e, como a maioria dos agentes virais, depende da máquina molecular de outros organismos para se reproduzir e tornar-se infeccioso.
A vacina foi desenvolvida em uma plataforma experimental que permite que os pesquisadores trabalhem com segurança com o vírus, excluindo um gene essencial para que o vírus do Ebola se reproduza. O vírus da febre hemorrágica tem apenas oito genes.
Modificando células de rim de macaco para imitar a proteína VP30, os cientistas podem estudar o vírus em laboratório com segurança.
"Em termos de eficácia, esta vacina proporciona excelente proteção", explicou o autor do estudo, Yoshihiro Kawaoka, especialista em vírus da Universidade de Wisconsin-Madison. "É também uma vacina muito segura".
Os testes realizados com sucesso, foram realizados em macacos nos laboratórios Rocky Mountain, do Instituto Nacional de Saúde (NIH, na sigla em inglês), uma academia de ponta em biossegurança em Montana.
Os macacos são muito sensíveis ao Ebola e são, portanto, o melhor modelo para o estudo, disse o professor Kawaoka.
"Se conseguimos proteger estes primatas, significa que a vacina funciona", acrescenta.
No momento, não há nenhum tratamento ou vacina aprovada contra o Ebola. No entanto, duas vacinas promissoras estão atualmente em fase de testes na África.
Trata-se das vacinas VSV-EBOV, desenvolvida pela Agência de Saúde Pública do Canadá, e outra desenvolvida pela farmacêutica GlaxoSmithKline com o Instituto Americano de Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID).
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