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Saúde

Pesquisa mostra que HIV pode prevenir esclerose múltipla

Fonte: guiame.com.brAtualizado: terça-feira, 5 de agosto de 2014 às 14:38
pesquisa de esclerose múltipla
pesquisa de esclerose múltipla

Foi anunciado na última segunda-feira (4), pelos cientistas que possuem evidências estatísticas para apoiar uma nova teoria de que a infecção pelo vírus da Aids pode reduzir o risco de esclerose múltipla (EM).

Foi descoberto que soropositivos ingleses são estatisticamente menos propensos a desenvolver a EM do que a população em geral.

Se pesquisas posteriores confirmarem este vínculo, poderá ser um grande avanço no combate à esclerose múltipla, escreveram os cientistas no periódico Journal of Neurology, Neurosurgery and Psychiatry.

Esclerose múltipla é uma doença degenerativa que afeta o cérebro e o sistema nervoso central, no qual o próprio sistema imunológico começa a atacar o revestimento gorduroso isolante em volta das fibras nervosas.

estudoOs sintomas variam de torpor e formigamento a fadiga muscular e espasmos, câimbras, náusea, depressão e perda de memória.

Três anos atrás, médicos reportaram o caso de um homem australiano de 26 anos, diagnosticado com EM alguns meses depois de ter a infecção por HIV confirmada.

Os sintomas da esclerose desapareceram completamente depois que o paciente começou a tomar medicamentos anti-HIV e manteve a medicação durante os 12 anos seguintes em que sua saúde foi monitorada.

A pesquisa atual se seguiu a um estudo dinamarquês, que tentou verificar se medicamentos anti-retrovirais podem tratar ou retardar o avanço da EM, mas o tamanho da amostra era pequeno demais para se chegar a uma conclusão sólida.

O estudo recente, comandada pela equipe australiana chefiada por Julian Gold, professor do Hospital Príncipe de Gales, em Sydney, analisou um banco de dados britânico, descrevendo detalhes do tratamento hospitalar na Inglaterra entre 1999 e 2011.

Neste período, mais de 21 mil pessoas que foram tratadas no hospital tinham HIV. Elas foram comparadas com um grupo de cerca de 5,3 milhões de pessoas que não tinham HIV e foram tratadas de problemas menos graves e ferimentos.

No grupo dos soropositivos, apenas sete pessoas desenvolveram EM nos anos seguintes, muito menos que os 18 esperados, o que representou uma redução de risco de quase dois terços.

Os autores admitiram a fragilidade de seu estudo, uma vez que eles não tinham ideia, por exemplo, se os pacientes com HIV tomaram medicação anti-retroviral para suprimir o vírus.

Para eles, a esclerose múltipla pode ter se abrandado porque o sistema imunológico é recolocado no controle, embora novos trabalhos sejam necessários para demonstrar se o benefício inesperado se deve ao vírus ou a medicação usada para combatê-lo.


Com informações de: Terra

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