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Pílula anticoncepcional reduz a incidência de câncer na mulher

Pílula anticoncepcional reduz a incidência de câncer na mulher

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:31

Segundo um novo estudo publicado na revista científica Expert Opinion, o uso de pílulas anticoncepcionais por longos períodos diminui o risco de tumores de ovário, do endométrio e colo-retal. O estudo foi baseado na revisão de aproximadamente 100 trabalhos científicos e concluiu também que a pílula anticoncepcional pode ser utilizada no tratamento da endometriose, da menorragia (fluxo menstrual intenso) e de miomas uterinos.

Além de inibir a ovulação de forma eficaz e segura, existem evidências de que as pílulas anticoncepcionais reduzem o risco de câncer ovariano, endometrial e colo-retal. "O estudo revelou que as mulheres que utilizam os contraceptivos orais durante um longo período estão menos propensas a desenvolver câncer do ovário do que aquelas que não fazem uso deste método contraceptivo", afirma José Bento de Souza, ginecologista e obstetra dos hospitais Albert Einstein e São Luiz.

Estudos epidemiológicos também demonstram que a diminuição do risco de câncer do endométrio está relacionada à duração do uso da pílula anticoncepcional. "Com um ano de uso, o risco é reduzido em 20%, com dois anos em 40% e com quatro ou mais anos, o risco é reduzido em até 60%", explica José Bento. Segundo o médico, o trabalho concluiu que o efeito protetor dos anticoncepcionais em relação ao câncer ovariano e endometrial persiste por pelo menos 15 anos após a descontinuação do contraceptivo oral.

Segundo o ginecologista Jorge M. Haddad, chefe do Setor de Uroginecologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), a proteção contra o câncer de ovário se deve ao fato do contraceptivo oral interromper a função ovariana e, provavelmente, a não ovulação diminuiria a chance do aparecimento deste tumor. "Acredita-se que ovulações seguidas possam acarretar alterações repetitivas na superfície ovariana que poderiam agir como fator de risco para o desenvolvimento do câncer de ovário. Quanto ao câncer de endométrio, a pílula anticoncepcional combinada com progestógeno parece agir diminuindo a proliferação do endométrio prevenindo, assim, a hiperplasia ou o câncer endometrial", explica o especialista.

"O grande benefício das novas pílulas anticoncepcionais combinadas são as baixas dosagens hormonais que possibilitam maior tolerabilidade devido a efeitos colaterais menos intensos que, muitas vezes, eram os responsáveis pela não aderência a este método contraceptivo", informa Jorge Haddad. O médico ressalta que apesar das baixas dosagens dos novos anticoncepcionais, a eficácia contraceptiva é mantida. "Além disso, as pacientes que necessitam deste tipo de medicação para o tratamento de afecções como endometriose, mioma, adenomiose ou sintomas indesejáveis como cólicas ou alterações menstruais intensas podem ser tratadas com o contraceptivo oral que apresenta efeitos colaterais menos intensos", acrescenta Haddad.

Postado por: Claudia Morae

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