Entrou em vigor no dia 1º de janeiro a resolução da Agência Nacional de Saúde (ANS) que torna obrigatória a cobertura dos planos de saúde para a cirurgia bariátrica realizada por vídeo.
Técnica minimamente invasiva, a videolaparoscopia é realizada na cavidade abdominal, através de mini-incisões (0,5 e 1cm), onde são introduzidos os instrumentos cirúrgicos e uma micro-câmera que proporcionará uma imagem de alta nitidez e grande aumento. Muitos pacientes encontravam dificuldade para conseguir a liberação do procedimento com os planos de saúde, mesmo com a indicação dos médicos, por ter um custo mais elevado que a cirurgia aberta. Essa foi uma grande conquista para os pacientes que serão submetidos a cirurgia bariátrica, destaca o cirurgião bariátrico Dr. Roberto Rizzi, que recentemente recebeu a certificação internacional de excelência em cirurgia bariátrica da Surgical Review Corporation (SRC).
A cirurgia por videolaparoscopia é aplicada com mais freqüência em Colecistectomia, correção de hérnia hiatal, correção de hérnia inguinal, esplenectomia (retirada do baço), colectomias (retirada de parte ou total do intestino grosso) e apendicectomia (retirada do apêndice).
Comparada aos métodos tradicionais de cirurgia, a videolaparoscopia apresenta diversas vantagens para o paciente. O sangramento é mínimo, em geral, nulo, pois os gases estancam o sangue.
Estudo Estudo realizado pela McGill University, do Canadá, e publicado na Archives of Surgery, revelou que a cirurgia bariátrica, conhecida como redução do estômago, por videolaparoscopia reduz em até 90% o risco de infecções e hérnias comparada ao procedimento comum.
Os pesquisadores avaliaram 510 obesos mórbidos que foram submetidos a cirurgia bariátrica, com a técnica tradicional ou por laparoscopia.
Cerca de 14% dos pacientes desenvolveram infecção no período pós-cirurgico, sendo que os entre os pacientes que foram submetidos a cirurgia por vídeo, esse risco foi 90% menor.
Entre os pacientes operados por vídeo não foi registrada hérnias nas incisões, que acontecem quando o intestino pressionam contra a ferida. Já no grupo que foi submetido ao procedimento normal, conhecido como cirurgia aberta, 20% desenvolveram hérnia incisional. Como toda novidade, no começo a aceitação da classe médica foi lenta e difícil, mas as evidências mundiais foram mais convincentes e hoje a videolaparoscopia é inquestionavelmente a melhor opção para grande parte das cirurgias abdominais, diz Dr. Rizzi.
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