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Saúde

Por que comemos mais no frio?

Por que comemos mais no frio?

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:32

Ao mesmo tempo que a temperatura diminui, a fome aumenta. Essa é uma sensação comum na maioria das pessoas. Segundo Jane Lesse, responsável pelo Serviço de Nutrição do Incor Rio Preto, essa vontade vem à tona porque o organismo gasta mais energia para produzir e manter a temperatura corporal em torno de 37°C, por causa da perda do calor interno para o ambiente externo. "O sinal desse aquecimento é o aumento da sensação de fome", explica.

A fonte de energia usada na manutenção da temperatura corporal é obtida a partir do metabolismo do carboidrato (fonte mais rápida de energia) e da gordura (cuja quebra das moléculas é mais lenta). "O corpo tenta preservar a gordura estocada por funcionar como um isolante térmico", explica a nutricionista. Quando o termometro registra baixas temperaturas, os estoques de glicogênio (forma com que o corpo armazena o carboidrato) acabam com rapidez, também por causa da ação física da perda de calor interno para o ambiente. "É preciso ficar atento para não exagerar nesse momento que o corpo pede mais alimento", alerta Jane.

Outro fator que colabora para se ganhar uns quilos a mais no frio é a preguiça de se fazer exercícios físicos. Já é comprovado por especialistas que com o frio as pessoas ficam mais preguiçosas, evitando acordar tão cedo para caminhar ou ir à academia, com isso, tendem a fazer menos atividade física. "É preferível mudar os horários a deixar de fazê-la. É necessário adotar uma postura ao lidar com a sensação de fome e não descuidar da prática da atividade física", diz Sírio Hassen, cardiologista do Incor Rio Preto.

Dicas para manter a forma no frio:

Coma apenas um pouco mais de gorduras e carboidratos

Vale lembrar que cada grama de gordura corresponde a nove calorias. Evite alguns alimentos tais como: carne de porco ou bovina com alto teor de gordura, embutidos, massas e doces. As gorduras de origem vegetal (abacate, caqui e a das sementes oleaginosas, como a castanha de caju, castanha-do-pará, amêndoas) são ótimas para essa época do ano por elevarem os estoques do HDL (que combate o colesterol ruim, o LDL). Incremente também o carboidrato, que pode subir para 65% das calorias do dia.

Refeições líquidas

As sopas e os caldos, que hidratam e aquecem, são boas opções para o jantar. Mas tome cuidado com a quantidade de gordura (azeite, manteiga, óleo, creme de leite). Para fazer uma refeição equilibrada, o prato deve conter entre seus ingredientes uma fonte de carboidrato (arroz, macarrão, batata etc.), uma de proteína (carne, frango, lentilha) e dois tipos de vegetais. As hortaliças são fontes de fibras, mas o nutriente pode ser reforçado com aveia, farelos, grãos integrais e talos de verduras, para aumentar a sensação de saciedade. Se preferir a consistência cremosa, troque o creme de leite pelo iogurte desnatado.

Cuide da hidratação

Tenha à mão uma garrafa térmica com chá. Prefira os de ervas, que contêm menos cafeína (a substância é diurética) ou de frutas secas, como por exemplo, laranja, maracujá e maçã. Evitar o chá preto e mate, por serem muito estimulantes, e não se esqueça de beber líquidos antes, durante e depois dos treinos. Faça uma versão light de chocolate quente com leite desnatado e com achocolatado light.

Frutas quentes

Pêra e maçã aquecidas ao forno com mel e canela ficam mais apetitosas no inverno. Se não conseguir resistir aos doces, coma apenas uma porção, e prefira os caseiros, como doce de abóbora, de banana e goiabada, que contêm menos ou nenhuma gordura, ou faça compotas de forno com adoçantes. Incluir ao menos uma porção (duas colheres de sopa) de frutas secas no cardápio do dia. Se gostar muito de chocolate, opte por um pequeno.

Cuidado com as doenças

No inverno aumenta a incidência de gripes, resfriados e doenças respiratórias. Por isso, uma alimentação equilibrada e rica em vitaminas e minerais aumenta a resistência imunológica, deixando a criança menos susceptível a essas ocorrências. Para se atingir as necessidades de vitaminas e minerais, o ideal é a diversidade no oferecimento de frutas, legumes e verduras. Para isso, aproveitamos as frutas da época, que são boas fontes de vitamina C, (morangos, mixirica, laranja e maracujá).

Fracione as refeições

Coma a cada três horas. Se sentir fome antes, diminua esse intervalo para duas horas. A termogênese causada pela digestão de alimentos gera um adicional de calor e gasta energia na própria digestão.

Fontes: Jane Marin Lesse - Serviço de Nutrição do Incor Rio Preto

            Sírio Hassen - cardiologista do Incor Rio Preto

Postado por: Claudia Moraes  

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