Por que a humanidade tem engordado tanto? Por que é tão difícil dizer “não” à uma refeição apetitosa? Por que o processo de emagrecimento é tão árduo?
Alguns aspectos biológicos que limitam a perda de peso vão além da “falta de força de vontade”, segundo algumas constatações científicas.
O corpo humano é programado para diminuir o gasto energético em resposta a qualquer indício de déficit energético. A partir da revolução industrial, o corpo passou a ser desafiado com uma oferta excessiva de alimentos que, com o passar do tempo, se tornaram cada vez mais calóricos.
A solução para todos os problemas deveria ser bem simples: comer menos e se exercitar mais. Porém, pesquisas desenvolvidas nos últimos 20 anos explicam porque essa equação parece ser tão difícil de ser colocada em prática.
Quando comemos mais do que precisamos, são ativados os neurônios que inibem a fome e aumentam o gasto energético, enquanto são inativados os que estimulam o apetite e a economia de energia. A ativação alternada dessas células nervosas faz com que o nosso peso seja mais ou menos constante ao longo do tempo.
Por isso é que a maior parte da tonelada de alimentos que ingerimos anualmente não é convertida em gordura e também não sofremos uma perda abrupta de peso após um período de jejum. O problema é que o desenvolvimento da obesidade é acompanhado de alterações importantes na função e na atividade desses neurônios.
É como se o nosso cérebro fosse reprogramado para manter o balanço energético em um novo patamar. Assim, qualquer perda de peso é compensada por um reforço no apetite e uma diminuição significativa no gasto energético. É aí que o ataque à geladeira se torna cada vez mais irresistível.
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