Cientistas relataram, nesta segunda-feira (12), avanços na prevenção e na previsão do mal de Alzheimer em uma conferência que acontece nesta semana em Honolulu, nos Estados Unios. Eles também mostraram provas de que fazer exercícios e tomar vitamina D podem diminuir os riscos da doença.
Segundo os pesquisadores, melhoraram as formas de escaneamento para detectar o Mal de Alzheimer e testes de sangue e do fluido da espinha podem ajudar a dizer quem irá desenvolver a doença e quando. Mas o que é mais necessário - um tratamento que faça mais do que aliviar os sintomas ainda não virou realidade.
Segundo William Thies, diretor científico da Associação de Alzheimer, os cientistas ainda não sabem "o que contribui para o avanço da doença", além de não ter havido no desenvolvimento de novos remédios.
Vários deles, que prometiam muito, fracassaram em testes avançados, como aconteceu com o Rimebon da Pfizer. Resultados com os outros medicamentos só estarão prontos no ano que vem.
Ainda assim, houve algum progresso contra o Alzheimer, um tipo de doença que afeta mais de 5 milhões de americanos e mais de 26 milhões de pessoas em todo mundo.
Entre os destaques do estudo, o pesquisador chamou a atenção para alguns:
Prevenção
Pessoas que fazem exercícios de moderados a mais pesados têm 50% menos chances de desenvolver a doença em comparação com indivíduos sedentários, revelaram pesquisadores do Framingham Heart Study. Pesquisas anteriores já tinham mostrado que os exercícios ajudam.
Outro estudo bancado pelo governo americano descobriu que a falta de vitamina D pode elevar o risco de comprometimento mental em até quatro vezes. Mas os médicos avisam que isso não significa que tomar suplementos resolva o problema. Um grande estudo está testando se a vitamina é segura e ajuda a impedir várias doenças.
Novos tratamentos
Testes com um spray nasal de insulina para melhorar a capacidade de aprendizado ofereceram resultados encorajadores, mas ainda são necessários estudos maiores para ver se ele funciona e se é seguro. A explicação é de Laurie Ryan, que supervisiona bolsas de estudo sobre Alzheimer para o Instituto Nacional de Envelhecimento, que bancou o estudo.
A pesquisa é baseada em uma teoria de que o Alzheimer e o diabetes estão relacionados. Laura conta que os diabéticos tendem a ter um risco maior de desenvolver Alzheimer e os pacientes de Alzheimer, de ter resistência à insulina.
A aspiração de insulina leva a substância direto para o cérebro sem afetar os níveis de açúcar do sangue, explicou ela. A cientista acrescentou que se funcionar, seria bem mais fácil de administrar porque "não é como tomar uma injeção todos os dias, além de ser mais barato".
Postado por: Felipe Pinheiro
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições