Jovens ao redor do mundo estão buscando tratamento para lutar contra o transtorno alimentar, a anorexia. O problema afeta principalmente jovens que buscam um corpo magro, sem gordura, levando ao óbito. A cura do problema pode ser em consultas médicas e psicoterapeutas. Um novo tratamento que está sendo uma surpresa são princesas da Disney.
Lutando contra a anorexia, Su Holmes, a Universidade de East Anglia, no Reino Unido, enquanto assistia à princesa Elsa cantar Let It Go, a música-tema do filme Frozen, ficou surpresa: "estou maluca ou esta canção parece tratar da minha própria situação?".
"Havia dois grupos-chave. O primeiro é centrado na canção, porque nela, Elsa fala da pressão que sofre para que seja uma garota perfeita e de como ela precisa se libertar disso", afirmou a pesquisadora. "Há um longo histórico de casos de anorexia envolvendo garotas 'perfeitas' e as pressões de pais e da sociedade para elas sejam assim. Muitas meninas dizem que a história de Elsa é muito parecida com a relação delas com anorexia", continuou.
O segundo grupo, de acordo com Holmes, usou a figura de Elsa como um incentivo para comer ainda menos. "A mesma letra foi interpretada de forma completamente contrária. Elas dizem: 'Foi assim que me senti quando minha mãe descobriu minha anorexia, e pensei que não seria mais aquela garota perfeita'."
Ainda que de início, não foi apresentada apenas a única conexão entre Frozen e a anorexia identificada por Holmes. "A ideia da anorexia e sua associação com o frio e algo 'invernal' é realmente complexa. Há esta ideia de que anoréxicas são pessoas frias, isoladas, com emoções e desejos sexuais reprimidos."
Para Su, a pesquisa no site mostrou que as pessoas buscavam algo com o que se identificar. "Elas queriam ver na tela alguém como elas, e isso tem um significado muito grande neste sentido", explicou. A organização sem fins lucrativos Beat, que trabalha no combate à anorexia, explica que desordens alimentares são de natureza complexa e muitas vezes têm vários fatores entre suas causas.
"Muitas pessoas que sofrem deste problema têm personalidades perfeccionistas e muitas vezes buscam algo impossível de alcançar", diz a organização. "Sabemos como estas desordens são retratadas pela mídia, como imagens e textos podem servir de gatilho para o problema e buscamos constantemente educar e informar que perpetuar o lado sensacionalista destas desordens é perigoso e pode ter consequências graves", finaliza.
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