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Principais hospitais não terão melhorias

Principais hospitais não terão melhorias

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:06

Dois dos quatro hospitais municipais mais importantes da cidade vão ficar de fora do projeto da Prefeitura de reformar os centros médicos da capital. Os hospitais do Tatuapé, na zona leste, e do Campo Limpo, na zona sul, têm juntos 20% de todos os leitos de internação da Prefeitura. Embora passem problemas decorrentes da superlotação, como eventual falta de materiais clínicos, não há previsão de que essas unidades passem por melhorias.

Pelo modelo anunciado pela Secretaria Municipal de Saúde nesta semana, uma Parceria Público Privada (PPP) permitirá que um consórcio privado construa três hospitais, quatro centros de exames e reforme oito hospitais já existentes. O consórcio vai receber o dinheiro da obra ao longo de 15 anos e terá, em contrapartida, exclusividade para a prestação dos serviços não-médicos nesse período, como segurança, lavanderia, cozinha e limpeza.

A taxa de mortalidade na rede de saúde (relação entre o total de pacientes internados e o total de óbitos) caiu 15% entre 2005 e o ano passado. Mas, nesses dois hospitais, subiu 15,9% (Campo Limpo) e 4,7% (Tatuapé).

Um relatório feito pela própria Prefeitura, e encaminhado à Câmara Municipal em julho, diz que as duas unidades precisam de ampliação. O gabinete da vereadora Juliana Cardoso (PT), membro da Comissão de Saúde da Câmara, enviou o texto ao JT. O relatório diz que os prédios têm mais de 20 anos e não estão de acordo com a legislação atual, determinada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Sobre o Hospital do Tatuapé, o texto diz que a unidade "não atende os requisitos necessários para a segurança ambiental, carecendo adequação para o conforto e a segurança dos pacientes".

O Hospital do Campo Limpo coleciona queixas dos usuários. O JT esteve lá e ouviu parentes de pacientes se queixarem de terem de trazer roupa de cama e papel higiênico. Mas as reclamações mais graves eram sobre o atendimento.

O técnico em eletrônica Marcos Adriano de Carvalho, de 42 anos, disse que seu pai, um aposentado de 67 anos, havia dado entrada na quarta-feira às 10h30 se queixando de dores e não foi atendido. Às 12h10, ainda na sala de espera, teve um Acidente Vascular Cerebral. "Ele ficou na enfermaria até hoje (ontem) de manhã, porque não havia vaga na UTI."

A Secretaria Municipal de Saúde foi procurada, mas não respondeu qual foi o motivo de não incluir os dois hospitais na PPP.

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