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Saúde

Quais problemas mais comuns afetam as unhas?

Quais problemas mais comuns afetam as unhas?

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:47

O que é a unha?

As unhas são estruturas formadas por queratina presentes nas pontas dos dedos da maioria dos vertebrados. São produzidas por glândulas que secretam camadas grossas de queratina, e apresentam formatos e funções diferentes entre os animais.

As unhas humanas são constituídas de: lâmina ungueal, que é a porção rígida e translúcida, composta de queratina, o que se chama de unha; leito ungueal, onde se encontram os vasos capilares que nutrem a unha e lhe dão a cor rosada; matriz, que é a parte mais importante da unha, ficando sob a cutícula e onde estão as glândulas responsáveis pela produção da queratina; a lúnula é a parte da matriz que você consegue ver, aparecendo no formato de meia lua na base da unha; cutícula, que compreende à dobra de pele feita de células mortas que mantém substâncias estranhas, tais como bactérias causadoras de infecção, fora do organismo; e a dobra da unha, que constitui-se da elevação da pele ao redor da unha.

Quais problemas mais comuns afetam as unhas?

As unhas podem ser afetadas por diversos problemas de ordem interna ou externa.  Os traumatismos são muito comuns, e acontecem quando a região sofre um impacto forte, quando, por exemplo, um peso cai sobre a unha. Hemorragias subungueais, que podem acontecer em conjunto com o traumatismo, são rupturas dos vasos sanguíneos nas unhas que causam linhas verticais ou manchas arroxeadas.

Há ainda a unha encravada, causada em sua maior parte por sapatos apertados, traumatismos e dedos grandes do pé. As micoses, infecções por fungos ou bactérias, são responsáveis por levar muitos pacientes aos consultórios dermatológicos, assim como unhas quebradiças.

Unha encravada (onicocriptose)

O problema ocorre quando a ponta de uma das unhas enterra na pele ao seu redor. A pele forma uma barreira ao crescimento da unha, mas, como essa não para de crescer e é mais dura, consegue penetrar na pele, causando dor e inflamação.

Geralmente é causada pelo corte incorreto e pelo uso de sapatos apertados e de bico fino. Boa parte das pessoas corta os cantos da unha, habito que favorece o encravamento. O problema não atinge apenas adultos, podendo aparecer em crianças. O uso de macacões com pés fechados, se não forem folgados, podem fazer com que a unha do bebê encrave, em especial em recém nascidos.

Os dedos mais atingidos são o hálux (dedão) esquerdo e direito dos pés, mas, em raros casos, podem atingir outros dedos, incluindo os das mãos. O primeiro sintoma é a dor, que vai aumentando de intensidade até ficar quase insuportável. A pele ao redor da unha fica inflamada, inchada e avermelhada, podendo haver eliminação de pus e formação de um granuloma piogênico (carne esponjosa).

O tratamento é aconselhado de acordo com a intensidade do caso. As medidas podem ser simples, como o afastamento da pele inflamada por um chumaço de algodão, ou complexos, como procedimentos cirúrgicos para remover o tecido inflamado ou destruir a matriz da unha no canto onde ela encrava. A extração da unha deve ser evitada, pois quando ela voltar a crescer, pode encravar novamente. O tratamento cirúrgico visa desobstruir a passagem da unha, que pode então crescer livremente.

A prevenção constitui do corte correto, sem a retirada dos cantos e de preferência reto. Deve-se preservar uma camada fina daquela parte branca livre. Sapatos apertados e de bico fino devem ser evitados.

Granuloma piogênico

Constituído de uma proliferação de vasos sanguíneos que forma uma lesão tumoral secundária a um traumatismo, como os provocados pelos alicates das manicures ou por uma unha encravada, o granuloma piogênico é também conhecido como “carne esponjosa”. Avermelhada ou arroxeada, úmida, de consistência mole e que sangra facilmente aos pequenos traumatismos, o granuloma surge geralmente nos cantos das unhas, e, devido ao sangramento, pode gerar crostas escuras, além de vir acompanhado de inchaço local e dor na região.

O tratamento varia de acordo com o tamanho da lesão. Granulomas pequenos podem ser tratados com cauterização química, mas as maiores precisam de eletrocoagulação. Antibióticos tópicos ou sistêmicos podem ser utilizados em casos de infecção ou inflamação intensa.

Micoses (onicomicose)

As micoses são bastante comuns, e atingem tanto as unhas das mãos quanto as dos pés. O ambiente úmido, escuro e aquecido encontrado dentro dos sapatos e tênis favorece o crescimento dos fungos responsáveis pela micose, fazendo dos pés os membros mais atingidos. Podem ser contraídas pelo contato das unhas com o solo, animais, outras pessoas ou alicates e tesouras contaminados.

Podem se manifestar de várias formas: fazendo com que a unha se descole da borda livre; tornando-se mais espessas; através da leuconíquia, que é quando surgem manchas brancas na superfície da unha; deixarem as unhas deformadas ou destruídas; ou ainda se manifestarem na forma de paroníquia, popularmente conhecida como unheiro. O tratamento varia de uso tópico à ingestão de medicamentos, dependendo da gravidade da infecção. O tratamento da micose é longo, chegando ao prazo de 12 meses, mas é eficiente e, na maioria das vezes, indolor.

Para prevenir micoses, deve-se evitar andar descalço em ambientes de piso úmido, mexer na terra sem o uso de luvas, compartilhar material de manicure, usar sapatos fechados e meias que não sejam de algodão, e é importante observar o pelo do animal de estimação para que, em caso de alterações, um veterinário seja procurado.

Unha quebradiça

As unhas quebradiças são uma das principais queixas feitas nos consultórios dermatológicos. Geralmente, o motivo da quebra das unhas, em especial as das mãos, é o ressecamento, o que faz com que fiquem rígidas e se quebrem com facilidade, ou porque estão úmidas demais, o que as deixam macias e com tendência a se partir.

As unhas quebradiças podem ser sinal de problemas no organismo, como o hipotireoidismo, uma doença causada por níveis baixos de hormônio tireoidiano; o fenômeno de Raynaud, doença que afeta as artérias dos braços e das pernas; doenças de pele como psoríase, dermatite atópica e eczemas em geral; doenças endócrinas, como a síndrome de Sjogren-Larsson, que também causa pele seca; além da desnutrição.

Outros fatores podem aumentar a fragilidade das unhas, como lavagem freqüente das mãos; exposição prolongada ao frio seco; queimadura solar; exposição excessiva a produtos químicos, como removedor de esmalte; lesão repetida das pontas dos dedos.

A identificação da causa do problema é o primeiro passo para o tratamento, podendo variar com uso de loções de uso local, como esmaltes fortalecedores, até a adequação da dieta para suprir as carências nutricionais que levam à doença.

Cuidados na manicure

Estar com as unhas bonitas e bem feitas exige cuidados redobrados, principalmente se os procedimentos forem realizados em salões de beleza. Alicates, cortadores de unha, tesouras, palitos e espátulas podem transmitir desde micoses até hepatite C, por isso devem ser esterilizados em aparelhos específicos conhecidos como autoclaves. O ideal é que alguns instrumentos sejam de uso pessoal, como alicates e espátulas, e as lixas e palitos devem ser descartáveis.

Os machucados provocados pela retirada da cutícula, popularmente conhecidos como “bifes”, são porta de entrada para microorganismos. Quando o corte é muito profundo, pode ocorrer o surgimento de um granuloma piogênico no local.

Deve-se retirar o mínimo possível da cutícula, pois essa é uma proteção da unha. No caso de ocorrer algum “bife”, a área deve ser limpa com antisséptico e, caso a vermelhidão, inflamação e dor permanecerem por mais de quatro dias, deve-se procurar um dermatologista. A hidratação da pele das mãos ajuda na prevenção do ressecamento, o que diminui as chances de lesões durante a retirada da cutícula.

Cuidados Básicos com as unhas

Alguns cuidados básicos podem ajudar a manter as unhas mais bonitas, fortes e saudáveis. Anote as dicas:

Não corte as unhas até o "sabugo", deixe sempre uma pequena porção da borda livre.

Não corte as unhas dos pés pelos cantos, isso evitará que elas encravem.

Não retire ou afaste as cutículas, elas protegem a matriz ungueal da ação de substâncias químicas e/ou microorganismos.

Evite usar endurecedores de unha, eles podem causar ressecamento e manchas.

Evite deixar as mãos úmidas por muito tempo. A umidade excessiva favorece o surgimento de micoses como o "unheiro".

Deixar de usar esmaltes durante 1 semana por mês, usando um hidratante com uréia neste período, ajuda a evitar o ressecamento e desfolhamento das unhas.

Qualquer alteração como bordas desfolhando ou quebrando, manchas, descolamento ou espessamento da unha, procure um dermatologista para o correto diagnóstico e tratamento.

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