O Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) esclareceu ontem, 15 de janeiro, que a queda de posição do Brasil no ranking da mortalidade infantil em crianças com até 5 anos de idade não significa uma piora da taxa de mortalidade infantil no país.
De acordo com o relatório Situação Mundial da Infância 2009, o Brasil está na 107º posição em uma lista com 194 paises. A colocação equivale a uma taxa de 22 mortes para cada mil nascidos vivos. No ano passado, o país ocupou a 113º posição, com taxa de 20 mortes para cada mil vivos.
A coordenadora do Programa de Sobrevivência e Desenvolvimento Infantil da Unicef, Cristina Albuquerque, disse que as edições do documento utilizam metodologias diferentes, embora o esforço seja de padronização.
"Não se compara esses relatórios e este aviso está no relatório. Todos os anos eles são reajustados, atualizados e a série histórica muda. Têm diferenças de um ano para o outro, que não significam, necessariamente, melhora ou piora", afirmou.
Apesar das críticas do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, a coordenadora disse que o Brasil é um dos paises que mais reduziu a taxa de mortalidade entre 1990 e 2007. A queda foi de 62%, considerando que em 1990, a taxa era de 58 mortes para mil nascidos vivos.
"A 107º ou 113º posição no ranking não importa. O Brasil é um dos países com a maior diminuição da taxa e vai atingir a meta do milênio", acrescentou Cristina Albuquerque.
A redução da mortalidade infantil é um dos oito objetivos pactuados por 191 nações em uma reunião promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2000.
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