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Quimioterapia: o que se deve saber?

Quimioterapia: o que se deve saber?

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:51

O termo quimioterapia refere-se ao tratamento de doenças através de substâncias químicas que afetam o funcionamento celular, levando a sua estagnação ou destruição.  Não apenas os tumores são tratados com agentes quimioterápicos, mas também doenças reumatológicas, auto-imunes, entre outras. O primeiro agente quimioterápico desenvolvido originou-se do gás mostarda, usado nas duas Guerras Mundiais como arma química. Desde então, várias drogas foram descobertas e desenvolvidas com maior potencial de destruição celular e menor efeito colateral.

Drogas quimioterápicas afetam tanto as células normais quanto as neoplásicas, porém  acarretam maior dano às células malignas. Por destruírem as células normais do organismo, alguns quimioterápicos levam a queda de cabelo, diarréia, surgimento de aftas, dentre outros efeitos colaterais relacionados ao tratamento.

Existem vários tipos de quimioterápicos que agem de formas diferentes no organismo. Alguns medicamentos destroem, outros apenas paralisam as células tumorais, evitando a sua proliferação. Já existem, hoje, medicamentos chamados de “drogas-alvo”, que agem exclusivamente em determinadas células, evitando a destruição desnecessária de células sadias. A definição do tratamento é feita pelo médico assistente levando em consideração o tipo de tumor, a idade do paciente e suas condições clínicas.

O tratamento de quimioterapia pode ser realizado de diversas formas, por via oral, venosa, subcutânea, intramuscular. Quimioterápicos podem ser administrados diretamente na espinha dorsal (intratecal) ou dentro de artérias ou órgãos específicos. O tempo de tratamento é bastante variável. O medicamento pode ser administrado em poucos minutos ou durante horas ou dias. Já existem medicamentos que são administrados em domicílio, durante 24, 48 horas.

Os principais efeitos colaterais relacionados ao tratamento de quimioterapia são: náuseas, vômitos, fraqueza, astenia. Como dito anteriormente, tecidos e células saudáveis também são destruídas com o tratamento levando a anemia, queda da imunidade, diarréia, queda de cabelo, etc. Alguns efeitos colaterias são manejados de maneira eficaz e segura através de medicamentos disponibilizados juntamente com a quimioterapia.

A queda da imunidade é um dos principais efeitos colaterais relacionados ao tratamento e uma grande preocupação para os médicos, devido ao risco aumentado de infecções.  Ao surgimento de febre, calafrios o médico assistente deve ser prontamente informado para que medidas cabíveis sejam tomadas.

Pacientes em quimioterapia podem manter suas atividades normais, respeitando o seu limite físico e mental. É importante dormir bem, alimentar-se de forma saudável e hidratar bastante. Medicamentos de uso habitual podem ser mantidos, contanto que comunicado com o médico.

Importante salientar que qualquer dúvida deve ser retirada com o médico assistente, sejam elas relacionadas a práticas da vida diária ou ao próprio tratamento ou doença de base. O médico tem obrigação de tornar o tratamento mais ameno e menos doloroso.

Por Dra. Letícia Carvalho, médica oncologista da Oncomed-Bh

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