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Saiba como diferenciar a rinite alérgica do resfriado

Saiba como diferenciar a rinite alérgica do resfriado

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:30

Espirros e mais espirros, coriza, nariz entupido, dor de cabeça, coceira no nariz, nos olhos, na garganta e no céu da boca. Para muita gente, esses são os sintomas de um resfriado, provocado, principalmente, pela mudança de temperatura com a chegada do outono/inverno. No entanto, esse diagnóstico não é tão simples como parece. Se os sintomas forem corriqueiros, provavelmente é uma alergia respiratória. Semelhante a um resfriado, a rinite alérgica possui causas diferentes, que tratadas de forma inadequada impactam diretamente na qualidade de vida do paciente. Entre as implicações da falta de tratamento estão falta de ar, voz nasal, alterações do olfato e paladar. De acordo com estudos clínicos a doença atinge em torno de 10 a 20% da população mundial.

A rinite alérgica é um processo inflamatório da mucosa nasal decorrente de uma reação exagerada a uma ou mais substâncias, chamadas de alérgenos. Dessa forma, as pessoas alérgicas são consideradas hiperativas a determinados agentes. Devido a características genéticas, seu sistema imunológico interpreta uma substância como agressora, reagindo em defesa do organismo e causando os sintomas da rinite alérgica. Os alérgenos mais comuns são: ácaros da poeira; pêlo, saliva, urina e fezes de animais domésticos; baratas; fungos; polens. Já os cheiros de perfumes, cigarro, produtos de limpeza, tintas, inseticidas, fumaça; poluição; entre outros são irritantes das vias aéreas que agravam a inflamação e os sintomas causados pelos alérgenos. A rinite alérgica atingiu cerca de 30% dos pacientes com menos de 17 anos de idade atendidos pelo SUS - Sistema Único de Saúde em 2008 e segundo a revisão do estudo ARIA – Allergic Rhinitis and it´s Impact on Asthma, de 10 a 40% dos pacientes com rinite são asmáticos.

"Vale ressaltar que a rinite não é uma infecção, mas um processo inflamatório de hipersensibilidade da mucosa que reveste o nariz. Não é contagiosa, não causa febre, não compromete o estado geral do paciente e costuma ter duração variável, dependendo da intensidade e frequência de exposição aos alérgenos" explica a Dra. Inês Nunes, alergista e pesquisadora associada da UNIFESP-EPM.

Ao contrário da rinite, o resfriado e a gripe são causados por vírus. O primeiro é uma infecção que pode ser causada por inúmeros vírus, o mais comum é o Rhinovirus que desencadeia obstrução nasal, coriza, espirros e febre baixa. Já a gripe é ocasionada pelo vírus Influenza, que costuma provocar sintomas mais intensos que o resfriado como febre alta e dores no corpo, além da obstrução nasal, tosse e espirros.

Uma vez que essas doenças são muito semelhantes, a rinite alérgica costuma ser subdiagnosticada, pois muitos pacientes atribuem seus sintomas aos dos resfriados e gripes. "A recorrência dos sintomas e a ausência de febre devem atentar o paciente para a possibilidade de rinite alérgica", comenta Nunes.

A pessoa também precisa se preocupar em descobrir a origem do problema. Por exemplo, quando os sintomas aparecem com a queda da temperatura, a causa pode não ser o frio, mas a blusa repleta de poeira contendo ácaros que ficou guardada no armário desde o inverno anterior, ou mesmo o aumento da concentração de alguns alérgenos, que costuma ocorrer no inverno. "Vale ressaltar que o próprio resfriado, ou a gripe podem agravar a inflamação da mucosa nasal de pacientes com rinite, piorando os sintomas", completa Nunes.

Prevenção e Tratamento                                                                                          

O tratamento da rinite alérgica pode ser dividido em controle do ambiente, com o objetivo de reduzir a exposição aos alérgenos aos quais o paciente é sensível e medicamentoso, controlando sintomas e a inflamação da mucosa nasal. Nesses casos os medicamentos mais frequentemente utilizados são os anti-histamínicos e corticosteróides intranasais, entre outros. Alguns anti-histamínicos como, por exemplo, a loratadina, proporcionam alívio dos sintomas alérgicos por 24 horas e não causam  sonolência.

As medidas ambientais também têm um papel fundamental no controle dos sintomas contribuindo para garantir a qualidade de vida do alérgico, e também na prevenção de novas manifestações.

Manter o ambiente limpo; Evitar o uso de tapetes, cortinas e carpetes que acumulam poeira (onde estão os ácaros); Usar panos úmidos na limpeza, pois vassouras e espanadores só espalham a poeira; Evitar o contato com cães e gatos; Assegurar ventilação adequada do ambiente, para evitar a proliferação de fungos (mofo ou bolor); Evitar travesseiros de penas e cobertores de lã, substituindo-os pelos de material sintético ; Utilizar capas protetoras de travesseiros e colchões; Evitar odores fortes como os de: perfumes, cigarro, produtos de limpeza, tintas, inseticidas; Evitar acúmulo de papeis velhos e restos alimentares que facilitam a procriação de baratas. Postado por: Felipe Pinheiro

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