O ato sexual desprotegido, a falta de higiene e a queda de imunidade reservam muitos perigos para a saúde feminina. Um deles é a vulvite de contato, que é a inflamação e irritação da vulva manifestada pela vermelhidão, inchaço e coceira, podendo ser acompanhada também de micro-cortes na pele da região, secreção branca pela vagina e dor ao urinar, causando muito desconforto para a mulher.
O problema pode ter duas origens: infecciosa, causada pelo ato sexual, ou alérgica, quando a mulher entra em contato com um agente alergênico.
Nesse caso, há um vasto leque de fatores desencadeantes como o uso de piercings, lavagens vulvares com agentes cáusticos, contato com hidratantes ou cremes na região, produtos químicos, como amaciantes na lavagem de roupas íntimas, uso de absorventes, contato com preservativos ou até mesmo a falta de higiene da região e das mãos, que em contato com a região íntima, podem prejudicar o equilíbrio vaginal feminino, dando origem às infecções.
Mas não é só isso. As vulvites ainda podem ter origem sistêmica, caso a mulher apresente algumas doenças que comprometem a imunidade. Entre elas, vale citar o diabetes, as disfunções hepáticas e renais, além das leucemias, explica Denise Gomes, ginecologista clínica, obstetra e sexóloga.
Como evitar e tratar
A boa notícia é que hábitos adequados de higiene e boa qualidade de vida reduzem a maioria dos quadros da doença. Para isso, recomenda-se fazer a higiene na área genital diariamente, usando sempre água e sabonete após as evacuações.
Ainda vale a dica de utilizar absorventes somente quando estiver menstruada, evitando os protetores diários que aquecem e alteram o pH da região íntima, e trocando-os a cada três horas. Por fim, a mulher ainda pode impedir o problema evitando situações de estresse e dormindo bem.
O tratamento, por sua vez, é feito de acordo com a causa do problema. Para as dermatites de contato, é indicado o uso de antialérgicos via oral e tópico. Já as causas infecciosas devem ser tratadas com medicamentos específicos, como os antifúngicos ou antibióticos, que podem ser administrados por via oral ou vaginal. É importante lembrar que o tratamento deve ser orientado por um ginecologista, finaliza Denise.
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