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Saúde

Sim, formiga faz bem aos olhos

Sim, formiga faz bem aos olhos

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 3:32

Grande variedade de insetos é tão nutritiva quanto outros bichos que já estamos acostumados a comer. Além de ricos em proteínas e pobres em carboidratos e gorduras saturadas, fazem mais bem para o colesterol que carnes e massas

O organismo humano não é capaz de produzir todos os aminoácidos necessários para o seu desenvolvimento saudável: os aminoácidos essenciais. Para obtê-los é preciso fazer a ingestão de alimentos vegetais ou animais ricos em proteínas; que são moléculas formadas por até milhares de aminoácidos. A maioria das proteínas vegetais é incompleta em termos de conteúdo protéico, possuindo, assim, um valor relativamente menor que os alimentos de origem animal que têm alta qualidade protéica. É aqui que entram as formigas, cigarras e cupins.

Vários estudos têm revelado que a carne dos insetos é constituída pelas mesmas substâncias encontradas na carne dos animais vertebrados, como boi, porco, galinha peixe. Sendo o valor quantitativo a maior diferença, como, por exemplo, a formiga da espécie Atta cephalotes que possui 42,6% de proteínas, enquanto o frango contém 23% e a carne bovina 20%. Além de consideráveis quantidades de proteínas e lipídeos, os insetos também são ricos em sódio, potássio, zinco, fósforo, manganês, magnésio, ferro, cobre e cálcio.

A formiga-tecelã contém de 42% a 67% de proteínas e é rica em aminoácidos, sais minerais e vitaminas. A alta concentração de zinco nessas formigas é benéfica para o crescimento e desenvolvimento das crianças. Larvas de abelha contêm 18% de proteínas e são ricas em vitaminas A e D. "Sendo que a deficiência de vitamina A além de reduzir a capacidade do organismo de se defender das doenças, provoca cegueira noturna e ulceração da córnea, que pode levar à necrose e posterior destruição do globo ocular e desenvolver ceratomalácia: a cegueira irreversível", explica o oftalmologista Hilton Medeiros.

A vitamina D, também presente nas larvas de abelha, é responsável pela absorção de cálcio, essencial para o desenvolvimento dos ossos e dentes, e pela regulação do metabolismo ósseo e da deposição de cálcio nos ossos. "Sua deficiência diminui as concentrações de cálcio e fosfato no sangue, provocando doenças como raquitismo nas crianças e osteoporose nos idosos", informa o médico.

Os insetos constituem um recurso alimentar natural renovável e são consumidos como suplemento alimentar ou como constituinte principal da dieta de diferentes povos em muitas regiões do mundo. Cerca de 1500 espécies comestíveis já foram registradas em quase 3 mil grupos étnicos presentes em mais de 120 países. "O nojo que nós, ocidentais urbanos, temos por esses seres é puramente cultural. Mas é necessário recorrer a criadores, pois, algumas espécies contêm glândulas venenosas que devem ser retiradas ou neutralizadas", diz Medeiros.

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