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Saúde

Surdez prejudica convívio familiar e profissional, aponta pesquisa

Surdez prejudica convívio familiar e profissional, aponta pesquisa

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:30

Pesquisa realizada pelo site Heart-it (www.heart-it.org) comprova que pessoas com problemas auditivos têm problemas de relacionamento na família, no trabalho e entre amigos. O que ocorre muitas vezes é um constrangimento, de ambas as partes, devido à dificuldade na comunicação, o que acaba por afastar os deficientes auditivos do convívio em sociedade, podendo acarretar até mesmo em depressão.

Segundo a pesquisa, os próprios familiares e amigos sentem-se intimidados em abordar o problema da deficiência auditiva, porque a reação da pessoa não é boa na maioria das vezes. Dos 85% que revelaram ter tocado no assunto com um parente ou amigo, 47% consideraram a conversa difícil e delicada.

"Falar sobre deficiência auditiva nunca é fácil, por causa da resistência que as pessoas têm em admitir a surdez. Mas, trazer à tona o problema é a melhor coisa a fazer. Familiares e amigos podem oferecer um apoio importante. Todos os estudos mostram que o tratamento da perda auditiva, geralmente com próteses auditivas, resulta em melhoras significativas na qualidade de vida do indivíduo tratado", afirma a fonoaudióloga Isabela Gomes, do Centro Auditivo Telex.

A pesquisa também revelou que seis em cada dez parentes ou amigos de deficientes auditivos relataram que a perda de audição afeta significativamente o relacionamento interpessoal. E 74% deles afirmaram, inclusive, que mudam seu comportamento quando estão juntos com o deficiente auditivo.

A perda auditiva adquirida na idade adulta deve ser considerada, acima de tudo, uma perda social e psicológica que priva o indivíduo de conquistar boas relações sociais e almejar novas metas profissionais. Embora essas pessoas tenham ocupações diversas, elas sofrem com maiores índices de desemprego, além de rendas mais baixas se comparadas a de grupos com audição normal.

Segundo especialistas, a maioria das pessoas experimenta algum grau de perda auditiva a partir dos 40 anos, por causa do envelhecimento natural do corpo. Entre 30 e 40 anos, as células ciliadas do ouvido interno começam a morrer. O processo é diferente em cada um, mas aproximadamente uma em cada dez pessoas nesta faixa etária tem um tipo ou grau de perda que indica a necessidade do uso de um aparelho. Depois dos 65 anos, a perda auditiva, conhecida como presbiacusia, tende a ser mais severa. Por isso, o melhor é procurar um especialista aos primeiros sinais de surdez.

A falha na audição pode ser corrigida se for tratada corretamente. "O uso diário do aparelho e o apoio da família são essenciais para que o indivíduo resgate sua autoestima e qualidade de vida, mas somente o profissional especializado poderá fazer a indicação do melhor aparelho", lembra a fonoaudióloga.

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