Os transplantes de fígado em crianças cresceram 150% no Estado de São Paulo de 2005 para cá. O principal responsável pelo crescimento foi a introdução de um novo critério para pacientes em lista de espera, que agora são encaminhados para cirurgia conforme a gravidade, não mais por ordem cronológica.
Desde que foram implantados, em 2006, os transplantes infantis de fígado atenderam 37,7% do total de crianças inscritas na lista de espera da Central de Transplantes, segundo a Secretaria de Estado da Saúde. O índice é superior ao de cirurgias em adultos, que foi de 30,4%.
Para calcular a gravidade do problema, utiliza-se o cálculo Meld (Model for End-Stage Liver Disease), obtido a partir de exames laboratoriais. O valor do Meld,
que varia de 6 a 40, aponta o risco de óbito do paciente caso ele não seja transplantado.
No caso das crianças, utilizase o Peld (Pediatric End-Stage Liver Disease), cujo resultado é multiplicado por três para efeito de compatibilização com os valores do Meld. Assim, se um garoto de 12 anos tiver, por exemplo, Peld 13, o valor do Meld será, na realidade, de 39 índice considerado grave.
Outro fator que contribui para um maior número de atendimentos foram os transplantes "duplos", que beneficiam duas pessoas com um só órgão. Como a
maioria dos doadores é adulta, o órgão pode ser dividido para também ser transplantado em uma criança.
Em 2007, houve 367 doadores de órgãos vindos do Estado de São Paulo, 6% a mais do que em 2006, que teve 347 doações. O maior crescimento ocorreu na capital, Grande São Paulo e Baixada Santista, com 247 doadores, contra 228 em 2006.
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições