Para o órgão de controle, o sistema de tratamento do câncer "não está suficientemente estruturado para assegurar atenção oncológica adequada para toda a população que dela necessita".
Além de não conseguir atender a todos --na radioterapia o índice de não atendidos é de 34% e em cirurgia, de 53%-- os pacientes começam o tratamento muito depois do tempo devido.
No caso dos procedimentos de quimioterapia, o tempo de espera médio foi de 76,3 dias e apenas 35% dos pacientes foram atendidos com 30 dias (prazo recomendado pelo Ministério da Saúde).
Na radioterapia, o resultado é ainda pior: 113,4 dias de espera e apenas 16% atendidos no primeiro mês.
No trabalho, foi feita uma pesquisa com médicos que apontou que a falta de pagamento pelo ministério da Saúde de alguns procedimentos e os baixos valores pagos atrapalham o tratamento dos doentes.
O Ministério da Saúde informou que os gastos dos SUS com tratamento de câncer triplicaram nos últimos 12 anos, chegando a R$ 1,8 bilhão em 2010. A previsão em 2011 é que o valor alcance R$ 2,2 bilhões.
A quantidade de atendimento aumentou 41% entre 2003 e 2010, sendo que as cirurgias aumentaram em 40% e as quimioterapias em 100%. Além disso, houve reajuste dos procedimentos no ano passado. No total, 300 mil pessoas receberam assistência em 2010, segundo o ministério.
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