Em qual ideia maluca a Fundação Bill e Melinda Gates vai colocar US$ 1 milhão, dessa vez? Em um plano para tratar a malária, colocando o paciente dentro de um forno de micro-ondas.
OK, não é o paciente inteiro. Provavelmente apenas um braço ou uma perna. E também não é qualquer forno de micro-ondas, mas sim um aparelho configurado em potência muito baixa e com a frequência de seu campo eletromagnético sintonizada com muita precisão.
Você não pode fazer isso com um micro-ondas de cozinha, diz o Dr. José A.
Stoute, microbiologista da Universidade Estadual da Pensilvânia e um dos dois inventores do conceito. Fora isso, o processo é simples: abra o micro-ondas especial, coloque o membro e repita diariamente.
Stoute e a outra inventora do processo, Carmenza Spadafora, do Instituto para Pesquisas Científicas Avançadas no Panamá, originalmente receberam US$ 100 mil da Fundação Gates, depois de escreverem uma proposta de duas páginas, sugerindo que as micro-ondas eram capazes de matar com segurança os parasitas da malária presentes no sangue. Spadafora provou que a ideia havia funcionado em uma placa de Petri. O US$ 1 milhão mais recente é para verificar se o conceito funcionará em camundongos.
Existem muitos dados sobre camundongos expostos a micro-ondas, então nós acreditamos que seremos capazes de ficar bem abaixo do nível de segurança deles, diz Stoute, num tom provavelmente menos reconfortante para ratos do que para homens.
A ideia, diz ele, é baseada no fato de que os parasitas da malária invadem os glóbulos vermelhos para alimentarem-se da hemoglobina contida dentro deles. A hemoglobina contém ferro e, como sabe qualquer idiota que já tenha tentado esquentar um sanduíche envolto em papel-alumínio, metais e micro-ondas não são uma boa combinação.
É claro, os glóbulos vermelhos que contêm os parasitas estão flutuando nas artérias, lado a lado com glóbulos vermelhos saudáveis, então qualquer dano que as micro-ondas exerçam sobre os parasitas não podem passar também para as células saudáveis.
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