Ao visitar Florença não esqueça o lado fashion da cidade

Ao visitar Florença não esqueça o lado fashion da cidade

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:37

A Itália é berço da moda, tendo em suas cidades as matrizes de diversas marcas desejadas por muitos. No país também é realizada uma das principais semanas de moda do mundo, em Milão.

Mas não é apenas Milão que possui suas celebridades fashion. Florença também é berço de algumas das marcas de alta costura mais famosas do mundo.   Assim, não é possível visitar a cidade sem passar por algumas lojas de desejo. O "Guia Espiral Florença" , lançamento do mês de junho da Publifolha, oferece roteiros de compras e passeios.

Dividindo a cidade em várias regiões, ajuda o turista a visitar o que há de melhor e organizar a viagem. Além de mapas e explicações, há contextualizações da história e cultura local.

Leia abaixo trecho sobre a moda em Florença:

A Arte da Moda

Milão pode ser o lar da alta-costura italiana, mas ao longo dos anos Florença gerou e alimentou três dos maiores e mais reconhecidos do país - Gucci, Pucci e Ferragamo.

Florença não serve apenas de inspiração para os estilistas, mas também produz 75% de todas as roupas "made in italy". Assim, muitas das peças desenhadas em Milão e em outros locais são na verdade feitas em Florença e na vizinha Prato. A cidade abriga ainda um dos principais eventos de moda da Europa, a Pitti Moda. Quanto a lojas de grife, a Via de' Tornabouni e a Via della Vigna Nuova contêm qualquer nome que você imaginar, de Armani e Prada a Versace e Dolce e Gabbana.

Gucci

Mas o principal nome nestas ruas ainda é Gucci, pois foi em Florença que Guccio Gucci (1881-1953) fundou a empresa há três gerações. Guccio desenvolveu seu gosto pelo belo e elegante quando trabalhava como ascensorista no Hotel Savoy, de Londres, no início do século 20. Em 1621, abriu uma pequena oficina que vendia uma linha de malas e artigos de couro - daí surgiu uma das principais características da marca, em alusão aos estribos e freios de cavalo usados como material nas origens da empresa.

Nas décadas de 1950 e 1960 forma criados os clássicos Gucci, como a bolsa com alça de bambu, o mocassim com enfeite de metal e a echarpe de seda com estampa floral. A empresa adotou também o logo GG, das iniciais de seu fundador, como um motivo ornamental de suas bolsas, acessórios e malas feitas nos característicos materiais da Gucci, como a lona em tom cru.

Recentemente, a Gucci passou por um período complicado, com disputas intrafamiliares, mas recuperou-se na gestão do estilista nova-iorquino Tom Ford e é hoje uma das grifes globais mais poderosas.

O favorito da alta sociedade

A carreira na moda do marquês Emilio Pucci (1914-42), o aristocrata florentino que foi piloto de combate e herói da guerra e se tornou designer, depois político, começou por acaso. Em 1948, um estilista filmou-o esquiando em St. Moritz vestindo uma roupa com muito estilo e elegância - o próprio Pucci a havia desenhado. A partir desse dia, o traje de esqui mudou para sempre e nasceu um novo império da moda.

Pucci ficou mais conhecido por suas cores exuberantes, tecidos maleáveis e estampas originais. Ele tingiu sedas (usando técnicas muito antigas) em tons fortes, e desenhou estampas inconfundíveis com cores vivas e tons pastel em formas geométricas sobre jérsei de seda. Houve uma época em que um tecido estampado de Pucci custava mais do que seu peso equivalente em ouro, e nenhuma celebridade ou socialite embarcava num voo sem levar na mala um de seus vestidos. Logo as estampas de Pucci estavam por toda parte - em sapatos, bolsas, malas, pijamas e lingerie --, e até a tripulação da Apollo 15 levou uma bandeira estilizada para a Lua. Seus desenhos continuam populares até hoje, e seu império é agora comandado pela filha.

O sapateiro das estrelas

Salvatore Ferragamo (1899-1960) aprendeu seu ofício ainda garoto, fazendo sapatos em sua aldeia no sul da Itália. Aos 15 anos emigrou para os Estados Unidos e abriu uma loja de sapatos sob medida em Hollywood. Em pouco tempo, estava criando sapatos para estrelas do cinema como Greta Garbo, Marilyn Monroe e Audrey Hepburn.

Ao voltar para a Itália em 1927, Ferragamo decidiu instalar-se em Florença, desempenhando um papel importante na moda internacional e na história da fabricação de calçados. Seus estudos sobre a anatomia do pé e sobre os moldes de calçados (as formas de madeira usadas para modelar o couro) levaram à invenção do método Ferragamo, uma técnica revolucionária na arte dos sapatos. Com a falta de couro de qualidade durante os anos da guerra, testou novos materiais, do lendário salto Anabela em cortiça (criado para Judy Garland, patenteado em 1935 e logo imitado em todo o mundo) a calçados de ráfia, corda ou celofane.

A família ainda administra este império da moda na loja matriz na Via de' Tornabuoni (que também abriga um museu do calçado), e produz também acessórios e roupas para acompanhar os consagrados sapatos.  

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