Após racha entre aeroportuários, acaba greve em Viracopos - SP

Após racha entre aeroportuários, acaba greve em Viracopos - SP

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:23

O movimento havia sido deflagrado na última quinta-feira (20) em protesto contra a decisão do governo de conceder à iniciativa privada esse e mais dois aeroportos --de Brasília e de Cumbica, em Guarulhos (SP).

Na sexta-feira (21), o Sina (Sindicato Nacional dos Aeroportuários) conseguiu desmobilizar a categoria nos aeroportos de Brasília e Cumbica, mas não obteve sucesso em Viracapos.

Em Campinas, o movimento afetou a importação e exportação de produtos manufaturados. A indústria foi o grande alvo dos grevistas. Apenas entre quinta e sexta-feira, 1.600 toneladas de carga não foram movimentadas.

No sábado, a categoria foi intimada a cumprir decisão judicial, na qual exigia efetivo de 50% nas operações aeroportuárias.

Segundo o presidente do Sina, Francisco Lemos, a decisão de interromper o movimento e aguardar a discussão com o governo na quarta-feira (26) não foi unânime. "Vinte por cento dos aeroportuários votaram pela manutenção da greve. Foi a decisão do comando de greve de permanecer no aeroporto no fim de semana e conversar com trabalhadores que acabou surtindo efeito hoje", disse.

RACHA

O Sina insistiu com a ideia de aceitar a trégua pedida pelo governo. Uma parte da categoria não quer a concessão dos aeroportos. Outra parte quer negociar estabilidade após a concessão. Há um racha entre os aeroportuários.

O governo oferece 12 meses de estabilidade. O sindicato disse que vai negociar prazos bem maiores, de cinco a dez anos. A suspensão da greve impôs um novo desafio ao Sina: transformar essa trégua obtida com muita dificuldade em resultado prático.

É difícil mensurar qual pode ser a reação da categoria, inclusive prever os efeitos sobre os usuários. A aviação comercial não enfrentou grandes problemas nessa mobilização. Em parte isso ocorreu por precaução do comando de greve.

O desgaste do Sina nesse episódio pode ter comprometido a capacidade das lideranças do sindicato de dosar o nível de paralisação, como nos primeiros momentos da greve da semana passada.

Nas assembleias de Cumbica e Viracopos, ficou claro o descontentamento de parte da categoria com a ação do sindicato.

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