No litoral sul de Santa Catarina, a uma hora de carro de Florianópolis, turistas, pescadores e surfistas compartilham as águas do Atlântico com uma visitante de peso: a baleia-franca-austral.
A espécie vem à região para acasalar, ter filhotes e amamentar, migrando da Antártida para o Brasil, onde fica de julho a novembro. "Escolheram essa zona por ser de águas quentes e tranquilas, longe de seus predadores naturais [como orcas e tubarões]", conta a bióloga Mônica Pontalti, coordenadora da equipe de pesquisadores da ONG Instituto Baleia Franca(IBF).
Em parceria com a operadora Turismo Vida Sol e Mar (licenciada pelo Ibama), o IBF faz passeios diários de barco para observar baleias (em inglês, "whale watching").
Neste ano, a saída ocorre em Garopaba, a 80 km da capital e próximo à praia do Rosa, onde os turistas preferem se hospedar.
São exigidos alguns cuidados na observação de baleias. A tripulação veste salva-vidas e capa impermeável. Alguns preferem tomar remédio para náusea.
A bordo, há sempre um biólogo, que aproveita para monitorar os animais (também feito por céu e terra). O motor é desligado a 100 metros da baleia para evitar ferimentos e não assustá-la.
Não é permitido tocar as baleias porque, além de espantá-las, pode haver contaminação. O capitão Denis dos Santos, 30, que nos conduziu, solicitou ainda que a tripulação evitasse se levantar e bater os pés no chão.
Nem precisaria pedir. Ao avistar uma baleia, o rebuliço é geral. No entanto, à medida que ela se aproxima, curiosa, o silêncio se instaura.
Ficamos imóveis, em suspense. A baleia -- que chega a até 17 metros e 60 toneladas -- chega a tocar o barco. Ouvimos sua respiração, enquanto prendemos a nossa.
"Elas vivem na monotonia da Antártida. Quando notam a tripulação, se aproximam para fazer contato. Elas se divertem, exibem seu balé", diz o empresário argentino Enrique Litman, presidente do IBF. Ao todo, avistamos dez baleias em nosso passeio, entre adultos e filhotes.
Elas recebem apelidos que ajudam a identificá-las. Em 2009, o destaque foi a baleia Michael Jackson, hiperativa, com traços de albinismo. Neste ano, a Charmosa se difere por ter calosidade nos lábios, e não apenas na cabeça; e a Daiane dos Santos recebeu o apelido porque, ao avistar o barco, saltou.
Elas chegam "gordinhas", mas, como não se alimentam por ali (não há krill, minicrustáceo, base de sua dieta), ao final da temporada podemos ver suas vértebras marcando a pele. Hora de voltar.
No litoral sul de Santa Catarina, a uma hora de carro de Florianópolis, turistas, pescadores e surfistas compartilham as águas do Atlântico com uma visitante de peso: a baleia-franca-austral.
A espécie vem à região para acasalar, ter filhotes e amamentar, migrando da Antártida para o Brasil, onde fica de julho a novembro. "Escolheram essa zona por ser de águas quentes e tranquilas, longe de seus predadores naturais [como orcas e tubarões]", conta a bióloga Mônica Pontalti, coordenadora da equipe de pesquisadores da ONG Instituto Baleia Franca(IBF).
Em parceria com a operadora Turismo Vida Sol e Mar (licenciada pelo Ibama), o IBF faz passeios diários de barco para observar baleias (em inglês, "whale watching").
Neste ano, a saída ocorre em Garopaba, a 80 km da capital e próximo à praia do Rosa, onde os turistas preferem se hospedar.
São exigidos alguns cuidados na observação de baleias. A tripulação veste salva-vidas e capa impermeável. Alguns preferem tomar remédio para náusea.
A bordo, há sempre um biólogo, que aproveita para monitorar os animais (também feito por céu e terra). O motor é desligado a 100 metros da baleia para evitar ferimentos e não assustá-la.
Não é permitido tocar as baleias porque, além de espantá-las, pode haver contaminação. O capitão Denis dos Santos, 30, que nos conduziu, solicitou ainda que a tripulação evitasse se levantar e bater os pés no chão.
Nem precisaria pedir. Ao avistar uma baleia, o rebuliço é geral. No entanto, à medida que ela se aproxima, curiosa, o silêncio se instaura.
Ficamos imóveis, em suspense. A baleia -- que chega a até 17 metros e 60 toneladas -- chega a tocar o barco. Ouvimos sua respiração, enquanto prendemos a nossa.
"Elas vivem na monotonia da Antártida. Quando notam a tripulação, se aproximam para fazer contato. Elas se divertem, exibem seu balé", diz o empresário argentino Enrique Litman, presidente do IBF. Ao todo, avistamos dez baleias em nosso passeio, entre adultos e filhotes.
Elas recebem apelidos que ajudam a identificá-las. Em 2009, o destaque foi a baleia Michael Jackson, hiperativa, com traços de albinismo. Neste ano, a Charmosa se difere por ter calosidade nos lábios, e não apenas na cabeça; e a Daiane dos Santos recebeu o apelido porque, ao avistar o barco, saltou.
Elas chegam "gordinhas", mas, como não se alimentam por ali (não há krill, minicrustáceo, base de sua dieta), ao final da temporada podemos ver suas vértebras marcando a pele. Hora de voltar.
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