Caraça (MG): biodiversidade e riqueza histórica

Caraça (MG): biodiversidade e riqueza histórica

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:30

Os primeiros bandeirantes que chegaram à região se impressionaram com aquele gigante de pedra deitado. Ali na Serra do Espinhaço (MG) o grande perfil esculpido na pedra sugeriu o nome de Caraça. Inserido no circuito histórico barroco de Minas Gerais, o Parque Natural do Caraça alia belezas naturais e culturais.

Escalar o Pico da Carapuça, visitar a Gruta de Lourdes, observar as visitas noturnas dos lobos-guarás são algumas das experiências que se pode ter neste lugar fantástico que é o Caraça.

Principais atrações

Cachoeiras da Bocaina: a trilha que leva às Cachoeiras da Bocaina possui aproximadamente 8km margeando o rio. São várias quedas d’água e piscinas naturais, cujas águas são transparentes e de cor amarelada. A maior parte do córrego é rasa. A vegetação no local é densa, com árvores de grande porte.

Campos das Antas: ainda no vale do córrego da Verruguinha e a 7,5 quilômetros do Santuário, encontra-se um campo de altitude preservado, onde ocorrem diversas espécies de orquídeas e bromélias e a rara presença das centenárias canela-de-ema gigantes.

Cascatinha: através de uma trilha fácil chega-se a Cascatinha, um ótimo lugar para banho. A piscina natural é formada por várias quedas d’água. A água, pura e espumante, tem coloração amarelada. Ao nadar no local, deve-se ter cuidado com as pontas de pedras e áreas mais profundas.

Cascatona: a 6km do santuário está a Cascatona, formada por 4 quedas com 10m de desnível. Para chegar até ela, percorre-se uma bela trilha em meio à mata nativa.

Colégio do Caraça: o colégio foi fundado pelos lazaristas em 1820 e por ele passaram importantes intelectuais, inclusive 5 presidentes da república. Em 1968 um incêndio queimou parte do colégio e da biblioteca. A igreja e suas alas permaneceram intactas. Na época, as atividades do Colégio foram interrompidas e o local tornou-se um lugar de repouso e meditação. É aberto aos turistas interessados em conhecer sua história, além das belezas naturais da área.

Gigante do Caraça: tem aproximadamente 2.000m de altura e fica a 12km do Santuário. É o local onde está desenhada na serra uma forma semelhante a uma caraça, origem do nome do Parque. O acesso é difícil e íngreme e só deve ser feito acompanhado de guias locais. Somente montanhistas experientes escalam e passeiam sobre o queixo e o nariz da caraça, subindo pelo vale do córrego da Bocaina.

Lobos-guará: o lobo-guará é um dos animais ameaçados de extinção que se pode encontrar na região. Os padres do Caraça tentam domesticar os animais a anos e por isso, todas as noites, os lobos vêm se alimentar na entrada da igreja e às vezes comem nas mãos dos padres.

Museu do Caraça: o Museu do Caraça tem mais de 200 anos e foi o quarto onde viveu e morreu o fundador do Caraça, o irmão Lourenço. Foi transformado em capela e sala de oração, funcionando por 150 anos. Depois do incêndio, a capela foi transformada em museu, onde pode-se encontrar diversos objetos que pertenceram aos padres e alunos do Colégio, inclusive o fogareiro elétrico que um dos alunos teria esquecido ligado e que foi a causa do incêndio.

Vale lembrar

Feriados: nos feriados prolongados, as cachoeiras afastadas permanecem com poucos visitantes.

Escalada: para quem gosta de escalada, o Caraça oferece bons picos, como o Carapuça e Inficcionado.

Igrejas: as igrejas da região estão decoradas com pinturas do mineiro Mestre Ataíde.

Postado por: João Neto

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