Casa do Bandeirante relembra a sociedade patriarcal do séc. 18

Casa do Bandeirante relembra a sociedade patriarcal do séc. 18

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:26

Descoberta inicialmente pelo escritor Mário de Andrade na década de 30, o imóvel que se tornaria a Casa do Bandeirante (www.museudacidade.sp.gov.br/casadobandeirante.php ) é um dos poucos exemplos que representam as habitações rurais paulistas construídas entre os séculos 17 e 18.

A menos de 500 metros da entrada da Cidade Universitária, no bairro do Butantã (zona oeste de São Paulo), o espaço é referência histórica. A arquitetura da casa mostra como era a vida na época da colonização, com a construção em taipa de pilão e paredes grossas para proteger de ataques.

A restauração do espaço só começou a ser feita em 1953, para a comemoração do 4º Centenário de São Paulo, um ano depois.

Na época, foi criado no local um museu com objetos ligados ao movimento Bandeirante. "Mas foi tudo retirado", afirma a educadora Daniela Dionízio. "Só restou o que era realmente da casa", diz ela. E, por "o que era da casa", entenda uma casa sem móvel nenhum. E aí é que está o interessante: entender como era a sociedade paulista no século 18 a partir de uma construção. Atualmente, há uma exposição temporária sobre a Guerra dos Emboabas no local, mas a atração do espaço é mesmo a casa.

Um detalhe curioso é a linha das portas e janelas -na ala onde homens e mulheres circulavam, predominam traços curvos, que demonstravam riqueza; na área reservada às moças, onde visitas não entravam, há portas e janelas retangulares.

Antes da restauração, o espaço estava abandonado. Famílias fizeram um cortiço. "A casa foi totalmente restaurada", diz Daniela. "E nem tudo é original, porque o espaço estava muito maltratado."

Embora poucas, algumas peças originais aparecem. É o caso das dobradiças das portas, em metal --símbolo de riqueza naquele prédio, que, além das paredes com cerca de 40 centímetros, ficava sobre um morro para proteger os moradores de ataques.

Postado por: Felipe Pinheiro

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