Conheça a região de Caldas Novas

Conheça a região de Caldas Novas

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:30

  Foi a corrida pelo ouro na então Província de Goyaz do século 18 que levou o bandeirante Bartolomeu Bueno Filho a descobrir as primeiras fontes borbulhando no leito rochoso do rio Quente. Perto dali, novas e numerosas fontes seriam localizadas, ganhando o nome de Caldas Novas, para se diferenciarem das primeiras encontradas. Mas apesar da natureza ímpar, o cobiçado metal não foi encontrado em grande quantidade, obrigando o filho do também bandeirante Anhanguera a continuar sua busca em outros cantos da província, como os arraiais mineradores de Meia Ponte (Pirenópolis) e Sant'Anna (Cidade de Goiás).

O que seria difícil imaginar naquela época, auge do ciclo do ouro, era o potencial de riqueza que brotava com águas a 37,5ºC. Avançando no tempo, o médico Dr.Ciro Palmerston percebeu e apostou na oportunidade, dando o pontapé inicial que transformaria toda a região, com a inauguração da pioneira Pousada do Rio Quente (1964), no mesmo local das primeiras nascentes encontradas.

Inicialmente, uma estrutura feita em madeira com somente vinte quartos garantia a hospedagem. Seu diferencial, porém, era tão precioso quanto o mais nobre dos metais: piscinas naturais de águas cristalinas, abastecidas por 18 fumegantes vertentes. O suficiente para atrair fiéis legiões de hóspedes em busca de suas propriedades medicinais e terapêuticas.   E o empreendimento do Dr. Ciro não parou mais de crescer. Hoje, o complexo conhecido como Rio Quente Resorts conta com seis hotéis, que juntos somam 1119 quartos, dois parques aquáticos (o Parque das Fontes e o Hot Park), seis toboáguas, 19 piscinas, e a Praia do Cerrado (com direito a areias e ondas de até 1,20 m). É o maior e mais visitado da região, com mais de um milhão de hóspedes por ano, batendo recordes de grandes resorts brasileiros à beira mar.

O motivo de tanto sucesso deve-se a um capricho da natureza. A proximidade do curso dos lençóis freáticos com as camadas internas da terra aquece e pressuriza a água, que retorna à superfície formando o conjunto de fontes termais de maior vazão em todo o mundo. São aproximadamente 6.228.000 litros por hora, o que faz com que a cada dia quase 150 milhões de litros de água quente renovem por várias vezes o conteúdo de todas as piscinas do complexo.

Acompanhando essa ebulição de prosperidade, Caldas Novas, distante 27 km do município vizinho, recebe o turista com ótima infra-estrutura. Bons restaurantes, numerosos parques aquáticos e até um shopping equipam a cidade que ferve de visitantes o ano inteiro. Quase todos os hotéis têm sua própria piscina, escorregador e toboágua abastecidos pelas cálidas nascentes, alguns com parques termais abertos ao público em geral.

E é dentro deles que se passa a maior parte do dia. Bebês, juventude e terceira idade convivem em harmonia nas águas que brotam do solo e espalham um vapor gostoso e contínuo. Os benefícios são numerosos e comprovados: sob imersão, há relaxamento dos ossos, juntas e nervos, diminuindo tensões e estresse. A água ingerida na fonte tem compostos minerais que agem sobre o aparelho digestivo, sendo indicada em tratamentos reumáticos, alérgicos, afecções de pele, artrites, nefrites e nevralgias.

Nesse ambiente, tudo é valido para entrar em forma. Pensando assim, há quem acorde cedinho para participar da programação dos monitores, alternando aulas de hidroginástica com caminhadas, mergulhos, academia e duchas de todos os tipos e temperaturas. Por outro lado, fica fácil cair na tentação dos fartos bufês dos restaurantes, pois nas termas, o apetite aumenta a todo o vapor.

Depois de um bom tempo de pele enrugada, um programa bem bacana é visitar o Parque Estadual da Serra de Caldas Novas, criado em 1970 para proteger os valiosos mananciais que abriga. Pertinho do centro da cidade, trilhas sinalizadas levam a duas cachoeiras (geladas!), com direito a muita fauna e flora. Tucanos, pica-paus, e o majestoso urubu-rei estão entre as espécies que podem ser avistadas. Entre os arbustos pequenos e retorcidos do cerrado, perambulam siriemas, tatus e até o lobo-guará. Do mirante, na parte mais alta, há uma bela vista da cidade e seus parques termais.

Para visitá-los, qualquer época do ano é boa. O maior polo hoteleiro de Goiás tem 23ºC de temperatura média anual, com duas estações bem marcadas: uma chuvosa com temperaturas mais elevadas (de outubro até meados de abril) e outra seca, com temperaturas mais amenas (de maio a setembro). Para aproveitar, não tem hora. Alguns hotéis deixam as piscinas abertas a noite inteira, com direito ao céu estrelado do Centro-Oeste.

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