Conheça Paulo Afonso (BA)

Conheça Paulo Afonso (BA)

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 3:29

O Turismo é uma atividade econômica que traz possibilidades e alternativas de desenvolvimento para muitas localidades, em especial para municípios interioranos, ainda pouco explorados que apresentam potencial para se desenvolver através da perspectiva do Turismo.

Paulo Afonso ostenta belezas naturais e grande potencial para a prática e o desenvolvimento do Turismo de Aventura, podendo inclusive concorrer no mercado internacional com outras localidades de destaque no segmento. Além disso, possui outros atrativos culturais, históricos e naturais, que fazem do município um cenário complexo de beleza singular. A história de Lampião e Maria Bonita, com os respectivos esconderijos no próprio município e a CHESF - Companhia Hidrelétrica do São Francisco -, responsável por desencadear a origem da cidade, tendo em sua proximidade a única reserva de caatinga do mundo, o Raso da Catarina, contribuem para agregar valor à visita a Paulo Afonso.

ROTEIROS

ROTEIRO I: PAULO AFONSO

Igreja São Francisco; Barragem e Usina PA IV; Comportas da Usina Capuxu; Drenos de Areia; Teleférico (Vista da "Furnas dos Morcegos"); Saltos do Croatá; Usina PA III; Ilha do Urubu (1ª Usina do Nordeste); Belvedere (Jardim dos Namorados); Monumento "O Touro e a Sucuri" e Modelo Reduzido de Paulo Afonso.

ROTEIRO II: ITAPARICA (PE)

Monumento "A Mulher e o Cavalo"; Fazenda CHESF; Usina Apolônio Sales; Acampamento Itaparica; Usina Luiz Gonzaga, em Itaparica; Balneário Canto das Águas; Aeroporto e Canal da PA IV.

ROTEIRO III: DELMIRO GOUVEIA (AL) E XINGÓ (SE)

Barragem PA IV; Ponte Metálica D. Pedro II; Local onde morreu Delmiro Gouveia; Cidade de Piranhas; Arquitetura Colonial; Museu do Sertão; Monumento "O Mirante"; Praias Naturais e Passeios de Barcos.

ROTEIRO IV: USINA DE ANGIQUINHO E FURNA DOS MORCEGOS

Prainha (Bacia de PA IV); Ponte Metálica D. Pedro II (Divisa Bahia/Alagoas); Visita ao Cânion e Usina PA IV; Visita as ruínas da Barragem e Usina: Furna dos Morcegos (1915/1917) esconderijo de Lampião , 2ª Usina de Delmiro Gouveia; Visita a Usina de Angiquinho, construída por Delmiro Gouveia em 1913 e 1ª Usina Hidrelétrica do Norte-Nordeste.

ROTEIRO V: RASO DA CATARINA (ROTEIRO ECOLÓGICO)

Povoado Juá; Raso da Catarina (Trilha de Acesso); Baixa do Chico; Fazenda Chico (Tribo dos Índios Pankararé); Caminho do Cânion do Velho Chico; Formação Geológica em arenito e Região do refúgio do Rei do Cangaço Lampião.

Turismo Pedagógico em Paulo Afonso-BA

O Turismo Pedagógico é uma modalidade relativamente recente no Brasil, quando comparada a outros tipos tradicionais de turismo. Sua preocupação básica centra-se na melhor maneira de conduzir a atividade educativa, de forma a alcançar finalidades pedagógicas, por meio da experiência turística. O Turismo Pedagógico se apresenta como uma possibilidade de tornar o conhecimento pertinente, contextualizado e real. A viagem é o elemento motivador para dar encanto à educação. No Turismo Pedagógico, os diversos saberes e realidades são articulados como necessidade de reconhecer e conhecer os problemas do mundo, em um ambiente de divertimento e prazeres.

Trata-se de uma das atividades que mais se harmonizam ao conceito de turismo sustentável, uma vez que sua motivação é puramente educativa, e a educação ambiental é praticada nas três dimensões: conceituais, procedimentais e atitudinais. Além do mais, conhecendo localidades da sua região ou do seu país, o aluno-turista passa a desenvolver um sentimento de valorização e conservação dos patrimônios sociais, culturais e ambientais das comunidades, o que torna possível o desenvolvimento do turismo sustentável.

Paulo Afonso - Atrações turísticas

Cânions

Em Paulo Afonso, paredões rochosos cercam as águas do rio São Francisco formando um vale, cuja profundidade varia de 30 a 170 metros. Por ter 65 km de comprimento é considerado um dos maiores cânions navegáveis do mundo. Considerado o maior cânion navegável do mundo

As encostas parecem ter sido esculpidas à mão, tamanho o número de detalhes e relevos presentes na rocha - magmática e metamórfica, de granito, vermelha e cinza.

Em volta deste cenário surpreendente e diante de tanta água, mesmo em tempos de seca, a caatinga predomina na região. Num simples passeio, avistam-se calangos e corujas, mas há muitas outras espécies de répteis, aves e insetos.

Uma das melhores vistas do cânion de Paulo Afonso é a que se tem sobre a ponte metálica D. Pedro II, que liga Bahia e Alagoas por meio da BR-110. Sendo considerada a mais alta ponte do Brasil com 86 metros de altura, estando acima do Rio São Francisco.

Bonde do Angiquinho

Usado antigamente para transportar os trabalhadores da Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco), o bondinho hoje tem outras funções em Paulo Afonso: é usado para o turismo e para a prática de rapel (descida em cordas).

Com capacidade para oito pessoas, o bonde liga Paulo Afonso, que fica na margem direita do rio São Francisco, a Delmiro Gouveia, em Alagoas. A 100 metros de altura, percorre 360 metros entre as duas cidades.

A visão aérea permite avistar belos pontos, como a cachoeira de Paulo Afonso, a ponte metálica, a furna do Morcego, onde Lampião se refugiava, e o Salto do Cruatá. O bondinho funciona diariamente, das 8h às 17h.

Raso da Catarina

O Raso da Catarina, que está sob fiscalização do Ibama, é uma reserva ecológica que tem 6.400 quilômetros quadrados de extensão. A área é dividida entre reserva biológica e indígena, onde moram os pankararés.

Recoberto pela caatinga, o Raso da Catarina tem clima semelhante aos das áreas desérticas. A temperatura pode chegar a 40ºC durante o dia e a 10º C à noite. O cânion da baixa do Chico, com 12 km de extensão e vegetação nativa, é a região mais visitada. Entre as atrações estão as formações rochosas esculpidas pelo vento, que se assemelham a castelos, torres e bispos do tabuleiro de xadrez.

Uma capela natural, onde há um nicho com uma imagem identificada como sendo de Santa Rita, foi esculpida pela erosão eólica. É neste local que se realiza, todos os anos, uma romaria.

Os xique-xiques e mandacarus, sempre citados nas músicas que falam do Nordeste, as coroas-de-frade, os facheiros, as palmatórias e as bromeláceas, como a macambira, e árvores, como o juazeiro, o umbuzeiro, o jatobá e o pereiro são plantas encontradas no local. Aves coloridas e pequenos animais, como o tatu, compõem a fauna. A reserva ecológica do Raso da Catarina é considerada a maior reserva de caatinga do mundo, além de ser área de preservação da Ararinha Azul, animal ameaçado de extinção. Segundo a lenda nordestina, Lampião teria se refugiado no Raso da Catarina, onde escondia tesouros e armas.

Serra do umbuzeiro

Como alternativa de maior aventura, há caminhadas em trilhas na Serra do Umbuzeiro, onde fica a casa na qual viveu Maria Bonita, hoje restaurada. Situada a 18 quilômetros de Paulo Afonso, possui 507 metros de altitude e vegetação típica da caatinga. Há uma trilha que leva o visitante ao pé da serra, assim como locais propícios para a prática de rapel. No meio da trilha encontra-se o Buraco da Espingarda, local onde se diz que Lampião escondeu uma espingarda e que, quando ele voltou, a arma havia desaparecido.

Cachoeira de Paulo Afonso

As quedas d’água da cachoeira de Paulo Afonso caiam sobre degraus de rocha granítica e desciam mais de 80 metros. No entanto, após a construção das usinas, as quedas d’águas que formam a cachoeira foram represadas e agora a visão que se tem são as rochas polidas pela ação da água. Hoje, a Chesf monitora o show das águas. A visitação a essa cachoeira só é permitida com o acompanhamento de guias.

Mirante da cachoeira

Jardins ornamentais de rosas, avencas e árvores ocupam uma área que tem cerca de 80 metros quadrados na Ilha do Urubu. A estátua de bronze, do poeta Castro Alves e uma estrofe de seu poema em homenagem à cachoeira -"Espumas Flutuantes"-enfeitam um dos jardins. A visita de D. Pedro 2, em 1859, também foi homenageada por meio de uma placa de bronze.

Estando no mirante é possível enxergar a "Angiquinho", primeira usina hidrelétrica construída em 1913. A outra visão que se tem são as quedas d’água da cachoeira de Paulo Afonso, com seus 100 metros de altura, mas apenas em determinadas épocas do ano, quando as comportas da barragem são abertas. O cânion do rio São Francisco também pode ser avistado do mirante.

Prainha

Com dois quilômetros de extensão, a prainha tem areia grossa e clara. A vegetação de caatinga, do tipo arbóreo, embeleza o local. É usada para banho e para prática de esportes náuticos. Ilhas com vegetação arbustiva estão no entorno do local.

Usina Piloto

Construída na década de 40 para fornecer energia para a Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco), a usina tem vegetação arbustiva e rocha de granito.

Descendo uma escada de 180 degraus, que termina numa cachoeira, chega-se ao acesso da casa de máquina. No entanto, para visitar a usina é necessária autorização prévia da Chesf. A unidade gera 2.000 kW.

Usina Paulo Afonso 1, 2 e 3

Para aproveitar o desnível do rio São Francisco, as usinas foram construídas na década de 40, mas começaram a ser exploradas comercialmente em 1971.

A cachoeira de Paulo Afonso fica neste local. A PA-1 tem três unidades que produzem 180 mil kW, a PA-2 tem seis unidades e pode gerar 480 mil kw e PA-3 tem quatro unidades, com capacidade para produzir 864 mil kW. Grande parte da energia elétrica consumida no Nordeste vem das usinas de Paulo Afonso.

Usina Paulo Afonso 4

Uma caverna com 210 metros de extensão, 24 metros de largura e 55 metros de altura pode ser vista na PA-4. Quando foi construída, nas margens do cânion do rio São Francisco, 83 milhões de metros cúbicos de rochas foram escavados. Sua unidade geradora tem capacidade instalada de 410 mil kW e 2.460 milhões kW de potência total

Usina Apolônio Sales

A Usina Apolônio Sales, chamada em princípio de "Usina Hidrelétrica de Moxotó", foi construída na década de 70 para garantir o abastecimento de água necessário para manter em funcionamento as demais usinas, já que o consumo de energia elétrica no Nordeste cresceu. Tem potência de 440 mil kw.

Roteiro Delmiro Gouveia (a 30 km de Paulo Afonso) e Xingó (50 km de Delmiro)

Ver e dar um mergulho no rio São Francisco é uma emoção muito forte, uma experiência cheia de energia. Mas emocionante, mesmo, é conhecer o Canyon de São Francisco e o Lago de Xingó - resultado do represamento de parte do rio para a construção da Hidrelétrica de Xingó -.Mergulhar nas suas águas esverdeadas e sentir a grandiosidade proporcionada por paredões de arenito rochoso, contrastando com pássaros de diversas espécies é um espetáculo à parte.

Em pleno semi-árido nordestino, na porta de entrada da caatinga, tendo ao fundo a Serra do Chapéu de Couro, o canyon, com seu lago navegável por 60 quilômetros - de Xingó a Paulo Afonso - oferece deslumbramento em cada reentrância de seus paredões.

As antes inavegáveis corredeiras deram lugar a águas mais calmas, possibilitando inesquecíveis passeios de catamarã num labirinto de belíssimas formações rochosas, de 60 milhões de anos de existência, que infundem respeito e admiração em quem as contempla.

De catamarã ou lancha, percorrer esse mar em pleno sertão - que une os estados da Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco - é uma sucessão de belas imagens, geradas pela evolução dos pássaros ao entardecer e pelas formas de seus rochedos, identificados um a um pelos ribeirinhos. O mais famoso é a Pedra da Águia, um capricho da natureza com a forma da ave. Todos os passeios incluem paradas para mergulho, sendo um dos melhores pontos a Gruta do Talhado.

A principal novidade do turismo local é a reinauguração da Usina de Angiquinhos, a primeira usina hidrelétrica do país, erguida em pleno sertão alagoano pelo empresário Delmiro Gouveia, em 1913. Homem visionário e empreendedor, dono de um império econômico que incluía a famosa marca de linhas Corrente, Delmiro Gouveia foi perseguido por trustes ingleses. Diante das ameaças que sofria, as condições de sua morte até hoje não foram totalmente esclarecidas.

Nas trilhas de Lampião

Após atravessar a aridez do sertão na continuação da viagem até Canindé do São Francisco, o turista enfim avista água - muita água, um convite para um programa mais relaxante. Além do balneário, Xingó guarda heranças de capítulos pouco conhecidos da História do Brasil, como o movimento do cangaço. O lugar, antigo reduto do bando de Lampião, oferece roteiros que refazem os caminhos dos cangaceiros. O principal deles parte da cidade histórica de Piranhas, situada ali ao lado, na margem alagoana do São Francisco. A localidade, berço do poderio econômico do sertão durante o Império, ponto de parada para os vapores que circulavam com mercadorias pelo rio, preserva igrejas e casarios neoclássicos. Na antiga estação ferroviária da cidade, tombada pelo Patrimônio Histórico, funciona o Museu do Sertão, que guarda fotos e peças dos tempos do cangaço. De lá são poucos minutos de barco até chegar à outra margem do rio, ponto de partida de uma trilha de 680 metros que leva à Grota do Angico, no município de Poço Redondo (SE), local exato onde Lampião e vários cangaceiros foram executados numa emboscada das forças policiais em 1938.

Monumentos

Monumento ao trabalhador - Localizado na praça 1º de maio, na Avenida Getúlio Vargas. Este monumento é uma homenagem aos que trabalharam na perfuração das rochas, abrindo caminho para a construção da usina, representado por dois marteleiros. A obra foi inaugurada em 01/05/1960. O autor do projeto de sua criação foi o vereador Carlos Alberto Alves, da Câmara Municipal de Paulo Afonso, também chesfiano, piloto de aeronaves da empresa. A homenagem está expressa na seguinte mensagem: Aos que tornaram Paulo Afonso a redenção do Nordeste.

Obelisco - Registra a 1ª concretagem da barragem de Delmiro Gouveia assistida pelo Presidente da República General Eurico Gaspar Dutra em 12 de agosto de 1949.

Ponte D. Pedro II - A Ponte Metálica, construída na década de 50, é uma maravilha da engenharia, toda em metal encravada no belo canyon do Velho Chico. Apesar de está interditada para a prática de esportes radicais é nela que vários artistas, atletas, liberaram sua adrenalina em saltos de bungee jump, base jump e rapel. Tornou-se um ícone da cidade de Paulo Afonso.O Touro e a Sucuri - A história desta escultura está relacionada com as transformações feitas pelo homem para desviara o curso do Rio São Francisco, aproveitando suas quedas d'água até chegar ao que é hoje. O touro representa o rio com a sua força e formosura naturais. A sucuri representa a ciências, o conhecimento humano. É a engenharia domando o grande gigante (o rio). Segundo a visão do autor, em relação a 4ª estrofe do poema de Castro Alves, "A Cachoeira, o touro representa a rocha, a força; a sucuri, as águas em serpentina, quebrando a rocha, daí surgindo a grande cachoeira.

A amazona e o cavalo - É uma escultura carregada de significados, ligados a nossa realidade. Numa visão mais simples, a amazona, simboliza o homem dominando a natureza que está sendo representada pelo cavalo. Outra interpretação dá conta que A amazona simboliza a queda d'água em forma de cachoeira precipitando-se sobre as rochas (a pedra granítica), própria da região, que está simbolizada pelo corcel. Fica localizado na escolinha (CFPPA).

Monumento do 1º Decênio da CHESF - situado na praça do Belvedere este monumento foi uma homenagem dos trabalhadores da Chesf à sua primeira diretoria. O monumento é composto de:

1. Busto do Dr. Antônio José Alves de Souza, engenheiro e primeiro presidente da Chesf; 2. 04 medalhões com os rostos dos primeiros diretores: Adozindo Magalhães de Oliveira, como diretor administrativo Falecido no inicio das obras; Afrânio de Carvalho (substituto de Adozindo) Carlos Berenhauser Júnior, Diretor comercial e Otávio Marcondes Ferraz, Diretor técnico. Na parede onde estão os medalhões há uma frase, originalmente gravada em letras de bronze. Optou-se em manter a frase em letras fundidas em baixo relevo na própria parede. A frase é: A fé, a temacidade, o sacrifício e a união tornaram realidade o anseio de várias gerações. Ao presidente e aos diretores da CHESF, as homenagens dos que colaboraram na obra de Paulo Afonso. 15-03-48 a 15-03-58.

Igreja São Francisco de Assis - Construído em 1949 sobre pequena colina, tem estrutura em pedra da própria região. A nave tem 90m2 e sua bancada de madeira comporta 60 pessoas. Na parede de fundo a imagem de São Francisco de Assis, o padroeiro da cidade, está impressa em alto relevo. Nas paredes laterais, as estátuas de São Judas Tadeu, Nossa Senhora da Conceição e de São José, além dos quadros que representam a via-crucis de Jesus. A igreja de São Francisco de Assis já é cartão postal da cidade mais precisa ser incorporado aos roteiros turísticos, especialmente para os visitantes da terceira idade.

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