Embarcar em uma viagem com as crianças é muito divertido, mas exige cuidados extras. Para quem está se programando para embarcar em uma aventura, atenção aos detalhes pode fazer a diferença na saúde e bem-estar dos pequenos.
Nesta hora, todo cuidado é pouco. E para esclarecer as dúvidas e ajudar nesse planejamento, o doutor José Sallovitz, cardiologista e coordenador médico da Allianz Global Assistance, empresa líder global em serviços de assistência, separou dicas básicas para evitar imprevistos “na estrada” e que podem contribuir para tornar a viagem com as crianças ainda mais segura.
Farmacinha de viagem para crianças
Pode ser um simples estado febril até um severo enjoo. A verdade é que crianças estão sujeitas a mal-estares e incidentes durante uma viagem. “Crianças portadoras de doenças crônicas como asma, diabetes ou alergias necessitam sempre ter à sua disposição suas medicações habituais, como bombinhas de bronco-dilatadores, insulina ou anti-histamínicos”, explica o doutor.
José Sallovitz ainda afirma que “É sempre bom levar uma série de medicações básicas que podem poupar muitas dores de cabeça durante a viagem”.
Na lista de itens básicos preparada pelo doutor, há produtos como antitérmicos, analgésicos, antialérgicos, antibióticos, pomadas, antissépticos, bloqueador solar infantil, repelente, termômetro, curativo adesivo e ataduras.
“Leve as bulas e as receitas com as prescrições médicas de todos os remédios para poder seguir as orientações fornecidas durante a viagem. Caso a criança não melhore ou piore, pare de usar qualquer remédio e procure imediatamente um médico, por meio de seu seguro viagem”, ressalta o doutor.
Check-up pré-viagem
“Tenha em mente que para que as crianças se mantenham saudáveis durante a viagem, prevenção é sempre o melhor remédio”, afirma Dr. José. Antes de cair na estrada, é importante que os pais levem a criança a um pediatra. “Crianças portadoras de doenças crônicas devem sempre passar com seu pediatra antes da viagem para que ele possa dar as instruções aos pais do que fazer caso surja uma emergência”.
Vacinas
O Dr. José Sallovitz diz que os pais podem aproveitar a visita ao pediatra ou à um centro de vacinação para verificar se as vacinas regulares estão em dia e se há recomendações ou obrigatoriedades para o destino escolhido. “Algumas vacinas não habituais poderão ser exigidas por alguns países, como a vacina contra febre amarela, que pode ser tomada por crianças a partir dos seis meses de vida”, alerta o especialista.
Xô mosquito!
Criança alérgicas podem ter momentos de muito desconforto se expostas a picadas de insetos como pernilongos e mosquitos. “Além disso, dependendo do lugar para onde vai viajar, os mosquitos são transmissores de muitas doenças graves como malária, dengue, chikungunya e zika. Portanto, repelentes devem fazer parte da rotina diária de crianças nestas regiões, assim como roupas leves que cubram braços e pernas da melhor maneira possível. Certos repelentes não devem ser usados por crianças muito pequenas e o pediatra poderá dizer qual é o mais indicado”, afirma o doutor.
Fique atento ao clima
É preciso ficar atento para evitar exposição demasiada dos pequenos ao sol ou frio extremo. O especialista conta que crianças até os 12 anos de idade costumam ser mais sensíveis que os adultos a climas extremos como temperaturas médias abaixo dos 10ºC ou acima dos 32ºC. “Por isso, todo o cuidado é pouco. Para climas muito quentes não podem ser esquecidas as roupas leves, bloqueador solar com fator de proteção 50 ou maior, bonés, repelentes contra insetos, pomadas antialérgicas, cremes hidratantes e uma garrafinha cheia de água todo o tempo. Óculos escuros também são importantes”, explica.
Já para climas muito frios, com os quais as crianças não estão habituadas normalmente: “Não se devem esquecer casacões pesados e várias camadas de roupas, luvas quentes, gorros de lã, meias de lã, sapatos ou botas grossas, vaselina ou similares para os lábios que racham, lenços e antitérmicos para eventuais resfriados. ”, aponta Sallovitz.
Alimentação
Crianças são normalmente comedores indisciplinados. Viajar para lugares diferentes, com comidas exóticas e horários alternativos, pode causar um distúrbio nos hábitos alimentares e desarranjos intestinais.
Dr. José alerta: “Evite comer em lugares onde a origem do alimento é duvidosa, como em barraquinhas na rua. Beba somente água mineral ou mesmo refrigerantes, pois a chance de infecções será menor. Evite alimentos como frutos do mar e carnes exóticas, como cabra e outros animais. Tente manter as mãos das crianças o mais limpas possível e não esquecer de manter, pelo menos, uma refeição diária com as características do seu lar, como o café da manhã, por exemplo”.
Conheça seu destino
Para quem vai viajar para fora do Brasil, é imprescindível que estude as características do país de destino. “O ideal é pesquisar como é o clima, a alimentação, a exigência de vacinas, os remédios proibidos e a qualidade de assistência médica. Com estas informações você poderá fazer um planejamento mais cuidadoso para que sua viagem com suas crianças não se torne em um pesadelo. O melhor remédio continua sendo a prevenção”, ressalta Dr. José.
Seguro Viagem
O seguro viagem é um item extremamente importante durante o planejamento de uma viagem, pois ele não garante apenas o bem-estar e a tranquilidade, mas também a saúde financeira durante todo o passeio.
O especialista explica que não se pode pensar em fazer uma viagem atualmente sem a cobertura de um seguro viagem. “A maioria dos países da Europa, por exemplo, exige que os visitantes tenham um seguro viagem de pelo menos EUR$ 30.000,00. Sem ele, você pode ser impedido de entrar na comunidade europeia”, esclarece.
Além disso todos estão sujeitos a doenças e acidentes por mais saudáveis que sejam. Dr. José conta que uma cirurgia de apendicite, nos Estados Unidos, não custa menos de US$ 40.000,00. “Não é uma quantia que alguém tenha no bolso ou deseje gastar durante seu período de férias. Além disso, um seguro de viagem ao exterior possui coberturas para vários serviços, além do pagamento a hospitais e médicos, tais como repatriações sanitárias, remoções médicas, garantia de hospedagem em casos de permanência forçada, garantia de retorno em situações de doença ou morte”, finaliza.
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