Dez motivos para ir à Cidade do Cabo, na África do Sul

Dez motivos para ir à Cidade do Cabo, na África do Sul

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:29

Ela tem sido um dos destinos internacionais mais acessíveis para o brasileiro em 2009 e entra na lista das cidades mais desejáveis pelo turista em 2010 por causa da próxima copa do mundo de futebol. Mas, além das disputas na grama, a Cidade do Cabo, na África do Sul, tem muito a oferecer ao viajante - tanto em termos culturais como naturais. Um lugar onde a natureza impera sobre os traços crescentes de modernidade. Se você ainda precisa de mais motivos para visitá-la, listamos dez:

1 - Caminhar nas nuvens na Table Mountain (Montanha da Mesa)

De todos os cantos da Cidade do Cabo é possível ver o incrível chapadão que quase se debruça sobre o mar. É o maior símbolo da cidade. Mas não basta ver de baixo. É preciso pegar o bondinho (aterrorizante para os que sofrem de vertigem) para ter as incríveis vistas que o topo oferece. Em menos de cinco minutos se alcança o cume. Fique antenado no clima, porque as subidas acontecem apenas quando o céu está aberto; à tarde as nuvens se movem rapidamente literalmente invadindo o local, para o deleite dos mais aventureiros. Ande nas nuvens, mas não caia: afinal a Table Mountain tem 1.086 metros de altitude e em nenhum lugar você vai encontrar cercas de proteção. E se você ainda está pensando que não tem estômago forte para encarar o bondinho, opte pelas trilhas, tendo em mente que despenderá algumas horas para a tarefa e muita, muita disposição. Além disso, é aconselhável usar botas, porque as pedras escondem muitas cobras.

2 - Abrir os braços onde o vento faz a curva

Você está na Cidade do Cabo e deve seguir para o extremo sul. Sinta a história soprar no seu rosto no Cabo da Boa Esperança, "dobrado" pela primeira vez em 1488 por Bartolomeu Dias - na ocasião designado de Cabo das Tormentas, devido às violentas tempestades e, mais tarde, renomeado por prometer o caminho tão desejado para a Índia. A dica é segurar o boné e, claro, posar para a foto ao lado da plaquinha que prova que o turista esteve no último ponto do continente africano.

3 - Ver o encontro dos dois oceanos

É em Cape Point que, de fato, as águas do Atlântico se misturam às águas do Índico. Para chegar lá, mais de 6 mil quilômetros percorridos para quem partiu do Rio de Janeiro. E uma caminhada de 10 minutos para chegar ao "extremo-extremo": uma pontinha de terra que parece se desmanchar na imensidão azul. Quem já está cansado pode pegar o funicular até o mirante. Mas de dentro do veículo se perde um pouco da incrível vista das incríveis praias que se escondem no último ponto do litoral africano. É de cair o queixo.

4 - Entender que preconceito NÃO é "ponto de vista"

A primeira coisa que você aprende ao pisar na Cidade do Cabo é que houve tempos assombrosos na História que não podem ser esquecidos jamais. Visitar a ilha em que Mandela esteve preso por décadas fará o viajante refletir, e muito, sobre a condição do negro no mundo. Hoje, a antiga prisão se tornou patrimônio mundial e museu, mostrando aos visitantes o preço que alguns tiveram que pagar pela liberdade e igualdade (lembre-se que o apartheid só foi abolido da África do Sul em 1990. Apenas em 1994 foram realizadas eleições livres). Mas atenção: o órgão que organiza os passeios até Robben Island é público; não deixe este passeio para o feriado!

5 - Pechinchar na Green Market Square

Amantes de cacarecos, uni-vos! É neste mundo de máscaras, potes, colares, brincos, máscaras, bibelôs, quadros, pinturas em tecidos, máscaras, roupas, pedras, tambores e máscaras que o viajante se perde. Se perde mesmo: a feira é gigante. Reserve pelo menos toda a manhã de sábado para isso, afinal de contas, você não vai encontrar o preço em nenhum objeto, já que a arte da pechincha é obrigatória (nenhum vendedor fala o valor sem antes ter um primeiro lance). O processo de compra pode demorar, mas o turista certamente vai dar boas risadas enquanto tenta colocar um ponto final na negociação. Máscaras, máscaras e máscaras... e outros trabalhos manuais incríveis podem ser levados por valores que deixam qualquer um constrangido, de tão baixos.

6 - Provar o Pinotage

A África do Sul já se tornou queridinha de alguns sommeliers, porque é lá que são produzidos bons exemplares de um vinho bastante peculiar: o Pinotage, uma mistura de uvas do tipo Pinot Noir com Cinsault. A visita a algumas vinícolas na região de Stelemboch dá direito à degustação e você ainda aprende todo o processo de produção da bebida dos deuses. Aqui vai a dica para os menos "entendidos": degustação não significa entornar o caneco. Especialistas inclusive provam o vinho e cospem num recipiente adequado, mas você que está apenas curtindo o lado bom da vida pode engolir, sem exageros. E comprar algumas garrafas para provar tudo sem eira nem beira EM CASA.

7 - Usar o V&A Waterfront para mil e uma utilidades

O cais foi tão reformado que parece até um cenário de filme: construções em estilo vitoriano (com um quê de Disney, pode crer) enchem o turista de opções: para comprar, para comer, beber, dançar e ouvir. É um complexo de compras e entretenimento com inúmeras lojas e restaurantes das mais diferentes especialidades. O melhor é que à noite o local fica todo iluminado, com o reflexo nas águas do cais e os barcos preguiçosamente ancorados. Talvez você se apaixone por esta lembrança, talvez você ache um pouco superficial: o fato é que você vai pisar lá mais de uma vez, com certeza (mesmo porque é um dos poucos estabelecimentos que ficam abertos depois das 19h).

8 - Sentir-se como um peixe

No Two Ocean Aquarium você vê a vida marinha como ela é. Embora siga o modelo de outros aquários, com tanques de peixes variados com os "queridinhos da turma" (água-viva, tubarão, pinguins - não necessariamente nesta ordem - e atualmente os "peixes-nemo"), lá o visitante pode passar horas em frente a uma enorme janela para o mar. Isso mesmo: uma parte do aquário oferece a vista do fundo do mar.

9 - Se assustar com o estampido do canhão no Castle of Good Hope

O Castelo da Boa Esperança não é castelo: é um forte-estrela (cinco pontas), com toda a pinta de qualquer outro forte. Foi construído pela Companhia das Índias Holandesas entre 1666 e 1679, sendo hoje a construção mais antiga da Cidade do Cabo. É interessante visitar o local pela manhã, aos sábados ou domingos, quando há uma cerimônia militar com direito a tiro de canhão. Dentro da construção é possível observar objetos e aprender um pouquinho da história da colonização holandesa na África do Sul.

10 - Alegrar-se com a simpatia do povo

O jeito alegre do brasileiro pode ter vindo do italiano, mas também pode ter vindo do africano. Eles têm ginga, eles têm conversa e, sim, eles têm muita simpatia. Fale que é do Brasil e a sua viagem se tornará fácil e ensolarada, porque eles farão questão de tratá-lo bem (é como se mentalmente compartilhassem das mesmas angústias, alegrias e esperanças). Esperam pelo brasileiro de braços abertos para a Copa do Mundo, mesmo sem achar a menor graça no futebol. Afinal, cá entre nós: eles gostam mesmo é de críquete!

Postado por: Felipe Pinheiro

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