Egito: onde o passado e o presente se misturam

Egito: onde o passado e o presente se misturam

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:27

Dizer que Egito é um museu a céu aberto é tão verdadeiro quanto insuficiente. Berço de uma das grandes civilizações antigas, o pais oferece a possibilidade de conhecer monumentos e vestígios muito bem preservados, mas a viagem é muito mais que isso. Viajar pelo Egito é uma experiência daquelas que mexem com você. É penetrar num território onde passado e presente se misturam, o exótico se faz banal, e nada é do jeito que você costuma ver.

A viagem começa pelo Cairo, cidade que tem o mérito incontestável de fazer com que a mais barulhenta e desordenada das cidades brasileiras pareça um oásis de paz e organização. No trânsito, a impressão é que aquilo irá travar e nunca mais voltar a fluir. Mas anda, ao som das buzinas e entre ruelas muitas vezes tão estreias que custa os carros passarem.

No primeiro dia costuma-se fazer uma ida às pirâmides, que ficam na beira da cidade. Vale a pena chegar bem cedo, pois para visitar o interior das pirâmides é necessário obter disputadas entradas, porque o calor aumenta e pode ser sufocante ao meio-dia. Prepare-se para andar bastante ou alugue camelos como meio de transporte entre lugares como a Grande Esfinge de Guizé e as tumbas dos grandes faraós. De tarde, conheça mais da história do Império no Museu Egípcio. É possível que um dia não seja suficiente para percorrer a rica coleção. Ainda nas redondezas da principal cidade do Egito, reserve o dia para conhecer Saqqara. Você irá se deparar com uma pirâmide em formato de escada que data o século 27 a.C., além de belos túmulos decorados e esculpidos a mão.

Para a segunda etapa da viagem, pegue um voo pra Luxor. Ali você estará rodeado pelas areias do deserto que o rio Nilo fez e faz habitável. Para muitos, os túmulos do Vale dos Reis e o Templo de Hapshetsut encontrados em Luxor são o ponto alto de uma viagem ao Egito. De fato, entrar no silêncio dos redutos construídos para albergar a paz eterna dos grandes reis da civilização egípcia faz você entrar em contato com uma cultura que desenvolveu artes e ciências num ponto que custa imaginar. Não há como não ficar espantado se pensar que aquilo ficou silencioso, sem movimento nem luz por alguns milhares de anos. Acompanhado sempre de um guia, confira as tombas dos réis Ramsés 1º, 6º , 7º , 9º , Thutmose e Amenhotep. Outros musts em Luxor são o museu e templo local, além do Templo de Karnak.

Agora é a hora de trocar a terra pelas águas. Pegue um cruzeiro de duas noites, que percorre o Nilo , o rio mais comprido do mundo, passando por dois locais espetaculares antes de chegar a Aswan: os Templos de Horus e do Sobek. Enquanto o primeiro esteve escondido por mais de 2 mil anos debaixo de dunas, o segundo é um santuário religioso em homenagem ao deus Crocodilo.

A dica para que a travessia não se transforme em mico é escolher barcos pequenos com capacidade de no máximo cem pessoas. Enquanto o barco anda pelas águas, na beira do rio irão desfilar paisagens rurais surpreendentes, onde o deserto se faz verde, e o cultivo é feito como há 30 séculos. As falucas, barcos propulsados a vela, navegam, silenciosas, com suas cargas. Algumas, grandes, levam grandes pedras, e você pensa que foi assim que se fez quando foram construídas as pirâmides.

Uma escala obrigatória é a agradável e arvorejada cidade de Aswan. De lá, reserve seu dia para conhecer o Templo de Philae. Alem de sua beleza inquestionável, o sítio arqueológico, na ilha Agilika, no lago Nasser, chama a atenção pela curiosidade de ter mudado de ilha quando a barragem de Aswan foi construída: as águas cobriram o local original. Se puder, faça o passeio pela tarde, e deixe a noite chegar: com uma lua cheia, ou com o céu carregado de estrelas, tem chance de ser um dos mais românticos momentos de sua vida.

Antes de rumar de volta para casa, via Cairo, a última parada é em Abu Simbel. A imagem mais conhecida do lugar são as quatro grandes estátuas do Rei Ramsés 2º , no Templo de Ra-Harakhte. Além disso, entre no Grande Templo de Hator, dedicado à rainha Nefertari. Para chegar até Abu Simbel, pode-se optar por um táxi, mas se prepare para uma viagem empoeirada e demorada. Por isso, a melhor pedida é pegar um avião.

Agência Andrés Bruzzone Comunicação

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