Em Londres, restaurantes futuristas têm cardápios virtuais e sorvete com nitrogênio

Em Londres, restaurantes futuristas têm cardápios virtuais e sorvete com nitrogênio

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:10

Que Londres está cheia de lojas e restaurantes moderninhos não chega a ser novidade. Mas o novo agora está em endereços de conteúdo entre o futurista e o quase high tech, como o Inamo (134-136 Wardour Street, Soho), especializado em comida oriental fusion, e a sorveteria The Chin-Chin Laboratorists (49-50 Camden Lock Place). No primeiro, os clientes se sentam numa mesa branca como um telão, de onde controlam tudo com um simples toque: escolhem a estampa da "toalha" (uma espécie de protetor de tela), visualizam as opções do menu, fazem o pedido diretamente à cozinha, assistem ao chef preparando os pratos e até jogam um videogame ou agendam o táxi de volta para casa. No outro, mais do que simplesmente experimentar, eles vivenciam a experimentação de tomar um sorvete de nitrogênio.

Quer dizer, o sorvete pode ser de baunilha (Madagascan vanilla bean), de chocolate (Valrhona 66% chocolate) ou a "experiência do dia" (que, na realidade, é semanal, anunciada às terças-feiras pelo Twitter), como limão curdo. Todos líquidos que, submetidos na hora a uma pitada de nitrogênio armazenado em tanques de 180 litros, a uma temperatura de -196,7 graus Celsius e levados a uma batedeira, adquirem em segundos a consistência perfeita. Depois, ganham coberturas ao gosto do freguês, como açúcar caramelizado com pimenta e marshmallow violeta, além de caldas variadas.

Na Chin-Chin, tudo lembra um laboratório de verdade, com um toque de "A fantástica fábrica de chocolate". Em meio à fumaça (tipo gelo seco) provocada por cada novo pedido, seus donos - o casal Ahrash Akbari-Kalhur e Nyisha Weber - vestidos a caráter, explicam às cobaias (quem paga 3,95 libras, ou R$ 10, pelo copinho de sorvete) o processo de feitura das delícias pré e pós-congelamento. Inspirados em chefs como o espanhol Ferran Adrià, que trabalha com nitrogênio líquido, eles rodaram o mundo pesquisando ingredientes e tecnologias para investir suas economias na loja.

Já no Inamo, o poder está nas mãos de cada comensal, a direita, ao alcance de um clique em um discreto painel de controle. Cada escolha é projetada num prato imaginário, o que já começa a dar água na boca antes mesmo de o chef Navishen Mudaly iniciar seu trabalho - entregue em cerca de 15 minutos. As opções têm sotaques e temperos japoneses, chineses, tailandeses e coreanos. No almoço, boa pedida são os menus, como o que tem frango na canela, que incluem vegetais e sopa, por 12,50 libras (R$ 32).

Apesar das modernidades, o tradicional continua com espaço garantido na capital inglesa. Na confeitaria japonesa Minamoto Kitchoan (44 Piccadilly), os doces têm um toque de obra de arte. E preços idem. Mas vale provar delícias como o Chocolat Mochi (purê de chocolate envolto em bolo de arroz coberto por pó de cacau) e o Tsuya (doce de feijão vermelho ensanduichado por minipanquecas) entre outras delicadas delícias também à base de doce de feijão ou de ovo.

As embalagens para presente também enchem os olhos. E esvaziam os bolsos. Uma pequena amostra de como a pâtisserie japonesa pode ser boa não sai por menos de 8 libras (R$ 22).

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