Até o final de setembro, cerca de 165 mil pessoas visitaram, de barco, o rio Douro, patrimônio da Humanidade da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), o que representa um aumento de 9% em relação ao mesmo período do ano passado.
A Delegação do Douro do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM) informou que, até o final de setembro, navegaram pelo rio em embarcações turísticas um total de 165.635 pessoas, enquanto no mesmo período de 2008 o número foi de 152.070.
A navegação marítimo-turística e de recreação no Douro sofreu um aumento de 9% em comparação com o ano passado.
Atualmente, 14 empresas operam na via navegável do rio. Uma delas é a Douro Azul, cujo proprietário, Mário Ferreira, já afirmou que 'este foi o melhor ano de sempre' para a companhia.
Até o final do ano, o responsável prevê trazer no mínimo 100 mil pessoas à região duriense. Segundo ele, o crescimento foi superior a 11%.
Em 2009 e até a primeira semana de outubro, a firma transportou um total de 116.882 passageiros, o que rendeu um volume de negócios de 12,392 bilhões de euros (R$ 31,6 bilhões).
No ano passado, a empresa de Mário Ferreira transportou 90.610 passageiros, que geraram um faturamento de 11,501 bilhões de euros (R$ 29,3 bilhões).
"Já sabíamos que este ia ser um ano difícil por causa da crise. O mercado inglês teve uma quebra superior a 25% e era o nosso maior mercado estrangeiro. Por isso, desde o início do ano, procuramos arranjar alternativas para cobrir o que seriam o buraco do mercado inglês", afirmou o responsável.
Outros mercados
A Douro Azul investiu em mercados alternativos, que, segundo Mário Ferreira, não estavam em crise, como Suíça, Israel, Austrália e Nova Zelândia. "O mercado português também subiu muito em relação ao ano passado", destacou.
Há 20 anos, Maria Jesus Leitão passa todos os dias em frente à estação do Peso da Régua com um cesto em uma mão e as tradicionais balas na outra, tentando chamar a atenção dos turistas.
"Este ano pareciam formiguinhas a irem em carreirinhos do trem para os barcos e vice-versa", afirmou à agência Lusa.
Só que, para a comerciante, mais turistas não significaram mais clientes. "Os estrangeiros não compram nem um pacote de bala. Para pagarem um tostão é um Deus nos livre. Mas também a verdade é que nem tempo lhes dão para parar, quase correm para irem apanhar os barcos ou o trem", disse.
Os residentes da região também fazem muitas queixas de que os turistas quase não saem dos barcos ou pouco visitam o resto do território.
Mas, segundo António Martinho, presidente da Entidade Regional Turismo do Douro, este ano já se deram passos muito significativos para mudar esse fato.
O responsável disse que, por exemplo, algumas empresas de turismo fluvial fecharam contratos com casas de enoturismo, aonde levaram os passageiros para fazerem refeições tradicionais.
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