"Fora do país, comece por escolher onde morar" - Coluna Madelayne Ramos

"Fora do país, comece por escolher onde morar" - Coluna Madelayne Ramos

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:31

Quando se está fora de casa, em um país diferente, que à primeira vista é considerado estranho, não se tem muita opção. Por dias, meses e, se preciso, até mesmo por anos, não temos o mesmo conforto que tínhamos em nossa casa. Passamos a morar com estranhos e pessoas que nem sequer sabemos a índole. Por vezes, passamos a restringir as nossas vidas a um quarto, isto é, sem dizer que são poucas as vezes em que temos condição de nos dar ao luxo de ter um quarto individual, pois muitos precisam dividi-lo com alguém, um amigo, um conhecido ou mesmo um estranho.

Não é fácil morar assim. Há apartamentos ou casas em que moram muitas pessoas, de diferentes estados, cidades, países e raças. Convive-se com quem é organizado, ou bagunceiro, higiênico, ou sem higiene alguma, enfim, passamos a conhecer todo tipo de gente. Geralmente, quando passamos a morar, literalmente, com um exército dentro de casa, costumamos a nos organizar dividindo as tarefas para todos; isso nem sempre corre bem, afinal há aqueles que querem ser mais espertos. Quase tudo é motivo para discussão. Alguém que entra no banheiro e parece que morreu lá dentro, outro faz a sua refeição e deixa a cozinha parecendo que acabou de passar um tornado, têm ainda os que deixam o quarto numa situação pavorosa, enfim, não é nada fácil conviver com pessoas que não conhecemos. É claro que isso não chega a ser o fim do mundo, mas é preciso não criar motivos para conflitos, evitar o máximo de coisas que pudermos, tratar as pessoas com respeito e respeitar o espaço do outro.

Um bom local para morar é essencial; dê preferência a um lugar mais perto de onde você irá trabalhar. Deixe que seu chefe saiba, isso lhe ajudará a ter horas extras e trabalhos nos seus dias de folga - o que significa dinheiro a mais. Eu consegui aumentar meus rendimentos, exatamente por estar sempre muito próxima do ambiente de trabalho, cheguei mesmo a morar no próprio hotel onde trabalhava e isso me colocou em uma situação confortável, pois o objetivo era dar velocidade à realização de minhas metas e para isso, não recusava trabalho. Foram oito meses de satisfação pessoal, desfrutando paralelamente de conforto e prestígio, assim como os hóspedes do hotel. Todas as minhas refeições eram feitas no restaurante do próprio hotel. Tinha acesso à TV a cabo, telefone, internet, roupa lavada, piscina e toda a área de lazer.

Como se não bastasse, eu estudava numa escola técnica e aprendia, além de pedagogia, a cultura e a história dos EUA. Havia uma igreja que eu freqüentava, aos domingos, e toda uma infraestrutura que me beneficiava, sem precisar usar ônibus ou metrô.

Madalayne Ramos atua como educadora profissional nas áreas de turismo, comunicação e comércio. Cursou Teologia na Faculdade de Filosofia e Teologia de Alagoas; estudou na Winter Park Tech, em Orlando, Flórida (EUA) e na Escola de Turismo e Hotelaria de Lisboa, Portugal. Atualmente, vive em Brasília, onde trabalha no ramo de hotelaria.  Autora do livro "Braz il visto de fora", da editora Nobel.

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