Galápagos e Equador: um dos cenários mais variados do ecoturismo

Galápagos e Equador: um dos cenários mais variados do ecoturismo

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:30

O Equador encontra-se numa área 30 vezes menor que a do Brasil e encerra paisagens diversas, que vão de praias e vulcões nevados à densa floresta amazônica. Além disso, existe infra-estrutura para diversas atividades de aventura, como o rafting praticado no Rio Toachi e no Rio Blanco, e trilhas dentro dos Parques Nacionais. San Francisco de Quito, ponto de partida obrigatório para quem quer se aprofundar na cultura equatoriana, possui belos monumentos, entre os quais La Catedral, La Virgen del Panecillo, Convento Santo Domingo, Teatro Nacional Sucre e o próprio centro histórico. Próximo da cidade, encontra-se a linha imaginária do Equador - é uma experiência curiosa pisar com os pés em hemisférios diferentes.

Na parte continental, está a ''Avenida dos Vulcões'', percorrida pelo Chiva Express, um trem de vagão único (no teto do qual se pode subir e ter uma visão única da paisagem durante o percurso), que parte da capital e vai até Guayaquil, passando por Riobamba e Cuenca, um centro cultural e intelectual de excelência no país. Nesse trajeto, vê-se o maior vulcão do mundo, o Chimborazo, com 6.310 metros.

Na parte insular, está Galápagos, uma referência em ecoturismo, pois foi um dos primeiros lugares a ter viajantes, que chegaram com o Beagle de Darwin, atuando como observadores da natureza em boa parte do tempo. É um maravilhoso arquipélago formado por 13 ilhas de origem vulcânica (e cinco vulcões), considerado a segunda maior reserva marinha do mundo (a Grande Barreira de Corais, na Austrália, é a primeira). Darwin navegou a bordo do HMS Beagle entre 1831 e 1836, desembarcando em Galápagos em setembro de 1835, onde ficou até outubro. Quando ele chegou no arquipélago, observou um laboratório de biodiversidade naturalmente isolado. Muitas das maravilhas observadas por Darwin há 150 anos atrás ainda estão presentes hoje. Pode-se caminhar entre iguanas marinhas e terrestres em enormes bandos, lobos-marinhos, tartarugas, pinguins e uma infinidade de aves.

As tartarugas gigantes são responsáveis pelo nome do arquipélago. A expressão ''Galápago'' surgiu de "galopar" e foi criada pelos espanhóis, que cavalgavam sobre os animais antes de matá-los para obter o óleo e consumir sua carne. Atualmente, a situação é bem diferente e a legislação é extremamente rigorosa. Os visitantes podem mergulhar com os leões-marinhos, mas é proibido perseguí-los ou fotografá-los com flash. Também não é permitido realizar passeios sem um guia credenciado, separar-se dos grupos, sair das trilhas demarcadas ou desrespeitar os horários. Nem é permitido fumar ou comer durante os passeios. As leis objetivam preservar os animais das ilhas, como o iguana-marinho, a única espécie de lagarto do mundo que come algas marinhas e se desloca até o fundo do mar.

Considerado um excelente ponto para mergulho, Galápagos é recomendado para os mergulhadores experientes, já que os principais pontos teem muita corrente e água fria. Em compensação, a vida marinha é muito rica, devido às três correntes que se encontram no arquipélago e levam nutrientes, principalmente o plâncton.

Quito: a capital equatoriana San Francisco de Quito possui 1.700.000 habitantes e foi fundada em 1.534. Hoje, abriga um rico conjunto histórico e arquitetônico, em sua maior parte concentrado no centro da cidade. O Jardim Botânico é também um belo local para se passar horas tranquilas. A capital fica próxima da ''Mitad del Mundo'': em uma experiência local, pode-se ver, de um lado do hemisfério, a água vazando por um ralo em sentido horário, do outro, em sentido anti-horário - uma experiência fascinante. Alguns museus como a Casa da Cultura Equatoriana, o Museu Arqueológico Cochasqui, o Museu da Cidade de Quito e o Etnográfico da Metade do Mundo são muito interessantes. Para quem quer visitar outras regiões do país, o trem Chiva Express parte de Quito e faz o trajeto da Avenida do Vulcões, um belíssimo passeio com vista para os andes equatorianos, que passa pelo vulcão Chimborazo (o maior do mundo, com 6.310 metros), e vai até Guayaquil.

Cuenca: considerada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, a terceira maior cidade do país possui um acervo histórico, cultural e arquitetônico bem preservado. As catedrais, algumas construções com peças em mármore e suas ruas de pedra fazem o ambiente colonial estar sempre presente. A cidade é também centro intelectual do país, onde escritores, poetas, artistas e filósofos dão vida à cultura equatoriana.

Riobamba: capital da província de Chimborazo. Possui diferentes feiras, casas e edifícios. É ponto de parada para quem faz o trajeto de trem entre Quito e Guayaquil. De lá, o trajeto de trem segue até Alusí e é no meio do itinerário que está a igreja mais antiga do país, La Balbanera   Galápagos

Parque Nacional de Galápagos: localizado a 964 Km de distância do continente americano, 727.800 hectares totalizam a área do parque do arquipélago, construído em 1959 e constituído por 14 ilhas, 17 ilhotas e 47 recifes. O Parque Nacional de Galápagos é uma reserva de importância mundial, pelo próprio fato de ela ter sido essencial para o desenvolvimento da biologia - o Instituto Charles Darwin recebe apoio da UNESCO e da IUCN e o governo equatoriano, por sua vez, é apoiado diretamente por esse centro de pesquisas. Sua área de preservação inclui os ecossistemas marinho e terrestre das ilhas, que encontram-se intimamente conectados. Na região costeira, existem mais de 3.000 espécies que compõem sua fauna e flora, entre 12 espécies de tubarões, como os baleia e os martelo, 16 espécies de baleia, 7 espécies de golfinho, 18 espécies de moréias, tartarugas verdes e as bico-de-gavião, raias-leopardo e raias-manta, iguanas, focas de pêlo, leões marinhos, pinguins e albatrozes, entre várias outras espécies de pássaros. O local é um paraíso de espécies endêmicas. Ilha de Santa Cruz: é o maior pólo de turismo em Galápagos, por estar localizada na porção central do arquipélagp. Abriga Puerto Ayora, ponto de partida para muitos cruzeiros, pequeno povoado onde encontra-se grande parte da infra-estrutura do arquipélago. Esta ilha é um dos lugares mais importantes para a reprodução de espécies marinhas e aves. Abriga ainda a Estação Científica Charles Darwin, onde tartarugas gigantes são criadas em cativeiro para depois serem reintroduzidas no ambiente selvagem.

Ilhas Plazas: localizadas a oeste da Ilha de Santa Cruz, essas duas ilhas foram formadas por levantamentos geológicos. A Plaza Sul contém uma das maiores populações de iguanas terrestres do arquipélago. Quando ocorre o desembarque seco, elas parecem estar em todos os lugares. A espécie endêmica da qual elas se alimentam é o sesuvian portulacastrum. A ilha também abriga iguanas marinhas e um outro tipo, híbrido, um cruzamento de iguana marinha e terrestre.

Ilha de Baltra: controlada pela marinha equatoriana, como base militar, essa ilha possui um dos dois aeroportos do arquipélago - o outro situa-se na Ilha de Santa Cruz. Baltra é um importante entreposto de Santa Cruz.  

Ilha Seymour Norte: essa ilhote encontra-se ao norte de Baltra e possui a mesma formação geológica árida onde se desenvolve muito pouca vegetação, como as árvores de Palo Santos e cactos. Na ilha, há uma trilha de 2 Km para ser percorrida pela costa. Os habitantes dessa ilha são as fragatas, magníficas, com suas grandes asas e colorido pescoço, os piqueros de patas azuis, além de iguanas marinhas e leões marinhos, que se abrigam na orla.

Ilha de San Cristobal: também conhecida como Chatham, localiza-se no extremo leste do arquipélago e é uma das mais antigas ilhas, com uma rica formação vegetal na sua porção sul. Abriga o segundo maior povoado de Galápagos: Puerto Baquerizo Moreno que, como Santa Cruz, possui uma boa infra-estrutura para receber visitantes. Uma pequena caminhada da cidade até a Colina das Fragatas oferece uma vista belíssimas da região. A parte alta da ilha pode ser explorada por conta, alugando-se um veículo ou em caminhada. A lobería pode ser visitada de ônibus, na maré baixa, quando os leões marinhos estão aglomerados em grande quantidade. A Ilha Lobos também localiza-se nas proximidades e também abriga uma enorme população de leões-marinhos.

Ilha Santiago: localizada no centro do arquipélago, é um ótimo ponto para avistamento de focas de pêlo, flamingos, verãozinhos (ou vermillion flycatchers) e águias de Galápagos - para os observadores de aves, é um prato cheio. Nesta ilha, é marcante a presença de cabras, que foram introduzidas a partir de 1.880 - sua população é controlada hoje, pois o ecossistema é muito afetado. Calcula-se que tenham proliferado em até 100.000 habitantes. Na ilha, há uma cratera de um antigo vulcão onde se formou um lago salgado que, com a evaporação da água, acumula sal em sua borda. Existe também uma piscina de formação vulcânica, onde focas de pêlo e leões marinhos convivem - um ótimo local para nadar e praticar snorkeling.

Ilha Rabida: ao sul de Santiago, esta ilha erradicou sua população de cabras, que destruíram a vegetação nativa e por competição, várias espécies deixaram de existir, como o gecko, iguanas terrestres e ratos de arroz. Na orla, vivem iguanas marinhas e leões marinhos, em terra, pode-se ter a única oportunidade em Galápagos de ver os pelicanos marrons de perto, em seus ninhos. É a melhor das ilhas para o avistamento de flamingos rosas - eles se alimentam de larvas de camarões rosas que dão a coloração às suas penas.

Ilha Fernandina: é a mais jovem das ilhas do arquipélago e, apesar de ser uma das menos visitadas, abriga um dos vulcões mais ativos do mundo - os principais registros de atividade são de 1995 e 1968. Essa atividade acaba com a vida no entorno da ilha e a única espécie de planta que consegue sobreviver nesse terreno é o cacto lava. A ilha abriga colônias de iguanas marinhas, pingüins, lobos marinhos e garças.

Ilha Floreana: equidistante das ilhas Espanhola e Santa Cruz, é uma ilha mais antiga em termos geológicos, portanto a vegetação se desenvolveu. Punta Cormorant possui duas praias que contrastam entre si: uma de areias brancas, local de desova de tartarugas verdes, e outra de formação vulcânica, com rochas de cor oliva, dando um tom verde à praia. Em 1.793, foi estabelecido um posto de correio para os marinheiros ingleses - funcionava da seguinte maneira: os navios que estavam partindo para a Iglaterra levavam a carta dos que estavam chegando. As viagens na época demoravam a acontecer e duravam até 2 anos.

Ilha Isabela: a maior ilha do arquipélago, em formato de cavalo-marinho, abriga 5 vulcões - um deles forma o ponto mais alto de Galápagos, o Lobo, com 1.707 metros de altura. Habitam a ilha populações de leões-marinhos, iguanas e uma grande variedade de aves. A região é recomendada para mergulhos noturnos. Assim como na Ilha Fernandina, o solo ainda abriga pouca variedade vegetal, pela falta de nutrientes necessários ao seu desenvolvimento, o que é compensado pela abundante vida animal. Sua variedade de espécies é incomparável. A costa oeste, por exemplo, é o melhor local para o avistamento de baleias. Nesta ilha, sao encontradas as famosas tartarugas gigantes. Na baía Elizabeth, está a maior concentração de pinguins da ilha, na costa oeste. É desta ilha que se conhece a Tagus Cove, a Baía Urbina, a Punta Morena, a Punta Albermale, a Punta Garcia e vários vulcões, como o Sierra Negra e o Lobo.

Ilha Genovesa: possui uma praia em forma de círculo, batizada de baía de Darwin, originada pela atividade magmática do vulcão que está próximo. São quase 500 mil pássaros habitantes da ilha, entre eles mergulhões de patas vermelhas, mascarados, gaivotas, garças e tentilhões.

Ilha Wolf: localizada 4 horas ao sul de Darwin, não permite visitas em terra. É o principal ponto de mergulho de Galápagos e está localizado no lado sul da ilha. Tubarões martelo e golfinhos são os animais marinhos mais procurados.

Ilha Bartolomé: constituída por diversas formações de lava e túneis, é uma pequena ilha, a mais visitada e fotografada de Galápagos, por causa de sua exuberante vida terrestre e marinha e pela sua famosa rocha, que avança para o mar e aponta para o céu. A praia do norte é excelente ponto de snorkeling, onde os visitantes podem mergulhar com leões marinhos, peixes e pinguins de Galápagos. Na praia sul, podem ser encontrados tubarões de ponta negra e de ponta branca. Esta ilha é o local de acasalamento e desova de tartarugas verdes. principal atração da ilha são os pinguins, única espécie dentre eles que pode ser encontrada na linha equatoriana.

lha Espanhola: é a ilha de localização mais ao sul do arquipélago. A viagem de Santa Cruz até lá dura aproximadamente 11 horas em mar aberto. Sua localização remota determinou o desenvolvimento de muitas espécies endêmicas. As iguanas marinhas de lá, por exemplo, são as únicas que mudam de cor na época da reprodução. Os albatrozes (waved albatross) é uma das estrelas do lugar. As colinas escarpadas são perfeitas para seus ninhos - e eles as escolhem dentre todas as ilhas para colocarem seus ovos (12.000 passam por ali todo ano). A Baía Gardner está no norte da ilha e tem uma praia de areias brancas, onde colônias de leões marinhos descansam ao sol e tartarugas verdes aparecem na beira para tomar ar. O local é perfeito para o snorkeling. Punta Suarez, a oeste, possui as maiores iguanas marinhas de Galápagos e uma grande variedade de espécies de pássaros.

Mergulho autônomo: a rica fauna marinha de Galápagos proporciona ao mergulhador um belíssimo espetáculo de cores e diversidade. Em alguns pontos do arquipélago, a visibilidade chega a 200 metros. Para a prática da atividade são necessários curso e carteirinha comprovando, pois o mergulho autônomo exige preparação e equipamentos especiais.

Mergulho livre: o arquipélago de Galápagos apresenta ótimos pontos para a prática de mergulho livre, com águas calmas e transparentes, proporcionando visibilidade de até 15 metros. Puerto Ochoa é uma bonita praia de areia bem branca e indicada para banho e para snorkeling.

Vale Lembrar

Bagagem: é permitido 1 mala de 20 Kg por passageiro, além da sacola de mão. Lembre-se de identificá-las e fechá-las com cadeados. Passageiros com bagagem em excesso, poderão deixar o excedente guardado no hotel de Quito.

Embaixada: contato da embaixada do Equador no Brasil: (61) 3248-5560 / 3248-5560.

Documentação e Visto: para brasileiros, não é necessário visto para entrada no Equador, basta apresentar o passaporte com validade mínima de 6 meses. Não são aceitas para embarque: Carteira de Identidade, Nacional de Habilitação, Carteiras emitidas por entidades de classe (CREA, OAB, CRM), etc. Deixe sempre o seu passaporte guardado no cofre do hotel e ande com sua carteira de identidade original. 

Vacina: é obrigatório a apresentação do Comprovante Internacional de Vacina contra Febre Amarela. Lembrando que ela deve ser tomada, no mínimo, 10 dias antes da viagem.

Importante: Desde o dia 1º de junho de 2008, as vacinas NÃO são mais aplicadas nos postos da Anvisa em Aeroportos e Portos do Estado de São Paulo. Nestes locais serão realizadas somente trancrições de certificados nacionais para internacionais. Para mais informações e esclarecimento de dúvidas,dirija-se ao posto de saúde mais próximo ou consulte o Ambulatório de Medicina do Viajante: 55 (11) 5084-5005, na Avenida Borges Lagoa,770. É importante ligar para agendar uma visita.

Em São Paulo,o passageiro pode dirigir-se aos postos localizados nas Rodoviárias do Tietê (aberto diariamente, das 8h às 22h) e Barra Funda (aberto diariamente, das 8h às 20h).

Alfândega brasileira: no desembarque no Brasil são permitidos objetos de uso pessoal, roupas e brinquedos e U$500 em eletrônicos, mais U$500 de Free Shop.

Fuso horário: o horário no continente é 2 horas e nas ilhas 3 horas atrasadas em relação a Brasília.

Idioma: o idioma oficial do Equador é o espanhol e o quechua nas regiões indígenas próximas à Quito.

Moeda: é o Sucre, que vale aproximadamente 25430,00 sucres por dólar. Desde o ano de 2000, o dólar é moeda corrente e amplamente aceita.

Corrente elétrica a bordo: voltagem 110. Nas embarcações, pode-se utilizar barbeadores elétricos e secadores de cabelo. Não é permitida a utilização de ferro de passar roupa a bordo.

Segurança: todas as embarcações estão equipadas com modernos sistemas de navegação, prevenção de incêndios e segurança. Em ambos os barcos, M/N SANTA CRUZ e IATE ISABELA, há um médico residente. É obrigatório o uso de coletes salva vidas nos tours realizados em pequenos botes.

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições