Ilhas Maurício e Seychelles: miscigenação e variedade cultural

Ilhas Maurício e Seychelles: miscigenação e variedade cultural

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:30

No Oceano Índico, 900 Km a leste de Madagascar, encontra-se o arquipélago de Mascarenhas com suas quatro ilhas cercadas por praias de areias brancas e águas cristalinas. A Ilha Maurício é a maior delas e Port Louis é a capital desse país remoto, que possui 65 Km de comprimento e 48 Km de largura em uma região de relevos montanhosos, na costa, e planos, no interior. O país se divide em 9 distritos, administrados pela República Democrática de Maurício, que existe desde 1968.

Vale a pena conhecer a ilha em sua totalidade: explorar os rios e florestas da planície interior por trilhas, margear a costa em busca de praias extensas como Flic em Flac, na costa noroeste, onde ficam várias vilas de pescadores, e aproveitar a incrível fauna marinha para mergulhar por vários pontos. Ainda assim, a ilha é perfeita para não fazer nada, apenas descansar ao sol e ao vento tendo à vista um mar de tons esmeralda e turquesa.

Com relação ao patrimônio natural, a imagem dos arrecifes de coral que contornam quase toda a costa tornou a ilha um paraíso. A água cristalina de suas piscinas naturais tem origem nesse rico ecossistema.

Ainda no Oceano Índico, a distâncias que variam de 480 a 1.600 km da costa africana, situa-se a República de Seychelles, composta por 115 ilhas numa área de 455 km². Embora seja o menor país africano, com cerca de 81 mil habitantes, Seychelles tem o mais alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do continente e é sede de dois patrimônios da humanidade: o Atol das Ilhas Aldabra e a Reserva Natural do Vale do Mai.

Das 115 ilhas, 41 constituem as mais antigas ilhas de granito da Terra, onde se concentram os centros cultural e econômico, bem como a maior parte dos hotéis. A capital é a cidade de Victoria, fundada em sua ilha maior: Mahé. Outras 72 consistem em atóis, recifes de coral e ilhotas primitivas conhecidas como Ilhas de Fora, que abrigam diversas espécies da vida selvagem. Deste conjunto, apenas 2 ilhas, Alphonse e Desroches, possuem hotéis que, além da infra-estrutura luxuosa, oferecem atividades como passeios de barco e mergulho.

As Seychelles possuem raízes multi-étnicas, com tradições e religiões de vários cantos do mundo (africanos, árabes, indianos, chineses e europeus) que convivem e se manifestam harmonicamente. Assim, são faladas as línguas inglesa, francesa e Creole - língua local.

A região é um santuário de algumas espécies raras de fauna e flora, com cerca de 50% de sua área protegida por intermédio de parques nacionais e reservas. Além disso, as suas praias desertas de águas cristalinas são conhecidas mundo afora como cenário perfeito para relaxar e mergulhar. É possível também fazer trilhas leves, cavalgadas, praticar ''parasailing'' e windsurf.

Principais atrações

Ilha Maurício

Port Louis: espremida entre as montanhas e o mar, a principal cidade do arquipélago tem raízes multiculturais, apesar de ter sido possessão francesa a partir do século XVIII e recebido seu nome em homenagem ao rei Luís XV. São 150.000 habitantes vivendo em ruas que ora recebem o nome de street, em inglês, ora de rue, em francês. O mercado central, o Bazaar, foi construído em 1828 e guarda um pouco da cultura muçulmana na ilha. Próxima, a La Corderie Street atrai pelas lojas de roupas. Fort Adellaide oferece vistas panorâmicas de Port Louis e da área portuária. Champ-de-Mars, antiga possessão militar, promove corridas de cavalos. O Museu de História Natural possui interessantes mostras e guarda uma réplica de um pássaro extinto no século XVII chamado Dodô, um grande pássaro, porém de asas curtas. 

Praias: todas as praias das ilhas do arquipélago são maravilhosas, com areias branquíssimas e águas cristalinas em vários tons de azul. A Baía do Tamarin é perfeita para a prática do surf quase todo o ano; a do Tombeau está situada em uma fazenda de coqueiros. Belle Mare possui uma lagoa profunda, na costa leste; a Baía Azul é ótimo ponto de snorkeling e mergulho; Flic-em-Flac é enorme e possui boa infra-estrutura turística, na costa oeste; Cap Malheureux é uma pequena vila de pescadores no norte da ilha com vista para pequenas ilhas; a Grande Baía é o centro turístico da ilha, entre outras praias de rara beleza.

Ile aux Cerfs: é uma pequena ilha paradisíaca que fica na costa leste que pode ser alcançada de barco partindo de Pointe Maurice. A ilha leva esse nome em referência aos veados que vivem ali. Imperdível.

Parque Nacional das Gargantas do Rio Negro: esse parque de 6.574 hectares (corresponde a 3,5% da área da ilha) abriga 9 espécies endêmicas de pássaros e 150 espécies de plantas, entre elas a bois de natte e várias espécies de orquídeas. A área foi formada por intensa atividade vulcânica, hoje extinta, que deixou suas marcas nas profundas gargantas e penhascos por onde corre a água das cachoeiras como a de Alexandra. Dentro do parque, existem várias trilhas interpretativas.

Reservas Bel Ombre e Macchabée: fazem parte do Parque Nacional das Gargantas do Rio Negro e ajudam na preservação de espécies endêmicas da ilha (estima-se que seja 25% do total das espécies encontradas). Dentro da reserva, é possível assistir a palestras, mostras e seminários sobre as atividades locais de conservação da vida. Além disso, são nessas áreas que se encontram as maiores árvores.

Reserva Le Mondrain: essa pequena reserva privada de 5 hectares, situada acima do Vale Magenta, foi instituída em 1979 pela Sociedade Real de Artes e Ciências das Ilhas Maurício. Sua área fica em uma região de colinas, 500 metros acima do nível do mar e preserva um pouco da mata nativa que ainda resta na ilha.

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