Ilhas paradisíacas são opção para férias de verão

Ilhas paradisíacas são opção para férias de verão

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:19

O arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco, é com certeza o mais lembrado conjunto de ilhas paradisíacas do Brasil e um dos mais conhecidos destinos turísticos do país. O território brasileiro conta também com outras belas ilhas, que são opção para quem quer variar o tipo de viagem das férias de verão, sem deixar de frequentar praias com cenários de tirar o fôlego.

Mesmo desligadas do continente, essas ilhas não deixam de oferecer infraestrutura satisfatória para os visitantes, que em muitos casos podem ter uma oportunidade única para conhecer comunidades com hábitos singulares devido ao relativo isolamento.

Fernando de Noronha, por exemplo, tem o título de patrimônio natural da humanidade, por isso, apesar do grande fluxo de turistas brasileiros e estrangeiros, nenhuma das ilhas conta resorts e a opção de hospedagem são as pousadas. De acordo com a Secretaria de Turismo de Pernambuco, algumas das pousadas em Fernando de Noronha são colocadas entre as melhores do mundo pelas revistas especializadas.

Foto: Ministério do Turismo

As águas cristalinas das ilhas do arquipélago são muito procuradas pelas pessoas que gostam de mergulho, em contrapartida, a infraestrutura para a prática do esporte na região é bem desenvolvida. Entre dezembro e março, no entanto, o mar fica agitado e permite a prática de surf. Baía dos Porcos e Baía dos Golfinhos são atrações imperdíveis para quem visita o arquipélago. A primeira, uma enseada com mar calmo, é ideal para banho, enquanto a segunda permite acompanhar o espetáculo propiciado pela passagem dos golfinhos nas proximidades.

Fernando de Noronha fica a 545 km de Recife, capital de Pernambuco, e a 340 Km de Natal, capital do Rio Grande do Norte. É possível acessar o arquipélago partindo de avião das duas cidades e desembarcando na ilha principal.

Foto: Edmar Tavares

Com 193 km² de área, Ilha Grande fica no município de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, e é um dos cenários paradisíacos que os turistas encontram na cidade. Somente no território da ilha existem 106 praias, três hotéis, 126 pousadas, dois albergues e 17 campings, de acordo com a Fundação de Turismo de Angra dos Reis. Além disso, a ilha ainda preserva trilhas em meio à mata que foram abertas há séculos pelos primeiros habitantes da região, os índios das etnias Tamoio e Tupinambá. O ponto de partida de muitas é a Vila do Abraão, principal núcleo urbano em Ilha Grande.

As histórias sobre a região envolvem tesouros enterrados por piratas e naufrágio de navios. O interior da ilha é coberto pela mata tropical preservada pelo Parque Estadual da Ilha Grande e pela Reserva Biológica da Praia do Sul. No lado sul da ilha, que fica a mar aberto, as águas são mais agitadas, enquanto na face norte são mais tranquilas. Existem agências de turismo na própria ilha que organizam passeios de barco, por trilhas e mergulho. Não é permitido o tráfego de automóveis por lá. Ilha Grande fica a 21 km do continente a partir do centro de Angra dos Reis e o trajeto pode ser feito por barcos que partem do cais da Lapa ou da região central da cidade.

Foto: Reginaldo Pupo

A cidade de Ilha Bela é um dos destinos mais conhecidos no litoral norte do estado de São Paulo. Durante a alta temporada, nos meses de verão, a população chega a quintuplicar de tamanho. Para quem gosta de viajar no carnaval esta cidade-ilha é uma ótima sugestão, pois de acordo com a meteorologia o mês mais quente na região é fevereiro. As principais atrações são as praias, cachoeiras e trilhas.

Por ser uma cidade, Ilha Bela oferece aos turistas, além de 85% de seu território de mata atlântica preservada, toda a infraestrutura urbana, como vida noturna, hotéis cinco estrelas e alta gastronomia. A ocupação, no entanto, trouxe problemas como a poluição de cachoeiras pela rede deficiente de saneamento básico, por exemplo.

O trajeto entre Ilha Bela e o porto de São Sebastião é de 2,5 km e é feito por balsa. A ilha era habitada antes da chegada dos europeus por povos chamados de "pescadores-coletores do litoral", de acordo com as pesquisas feitas nos sítios arqueológicos da ilha. Esses indígenas não dominavam a agricultura e nem a produção de cerâmica, sobrevivendo apenas do que encontravam na natureza, especialmente animais marinhos.

Foto: Joel Rocha

Ilha do Mel faz parte do território do Paraná e está situada na região central do litoral do estado, na entrada da Baía de Paranaguá. Quem visita a ilha encontra morros, planícies costeiras e de maré, além de dunas e do Farol das Conchas. O farol foi trazido da Inglaterra e implantado em 1872, fica 60 metros acima do nível do mar e é usado até hoje sob responsabilidade da Marinha Nacional.

Segundo o Instituto Ambiental do Paraná, que administra a ilha, ela recebe 140 mil turistas por ano. A maioria se concentram nas praias Nova Brasília e Encantadas, onde estão instalados os trapiches de embarque e desembarque de passageiros. Ao todo, existem 13 praias na ilha, que também abriga um parque estadual e estação ecológica que não é aberta para visitas. Surf, vela, pesca, voo livre e montanhismo são algumas das atividades disponíveis para os turistas.

Como automóveis não são permitidos, o turista tem a opção de usar a bicicleta, melhor meio de transporte disponível na ilha, ou caminhar. As trilhas não tem calçamento. Para chegar à Ilha do Mel, 4,7 km distante do continente, é preciso pegar um dos barcos que partem das cidades de Pontal do Paraná ou Paranaguá.

Foto: Turismo Consciente

Marajó é a ilha principal do maior arquipélago flúvio-marítimo, ou seja, entre o rio e o mar, do planeta, de acordo com a Secretaria de Turismo do Pará. Ao todo, são cerca de três mil ilhas e ilhotas que ficam situadas no território que pertence ao estado. A Ilha de Marajó não é à toa um dos mais famosos destinos para ecoturismo do Brasil. Quem se hospeda lá tem a oportunidade de passar os dias entre lagos, manguezais, igarapés, sítios arqueológicos, pântanos, praias de rio e de mar aberto.

A ilha, que tem 50 quilômetros quadrados, oferece atrativos durante todo o ano. No verão amazônico, entre junho e novembro, o voo de garças e guarás em busca de alimentos é uma das atrações imperdíveis. No inverno, período mais chuvoso, entre janeiro e maio, as terras de Marajó são alagadas e se tornam jardins aquáticos, que podem ser cruzados de barco.

Foto: Turismo Consciente

Desde 2007 os visitantes da ilha podem contar com os serviços da agência Turismo Consciente, pioneira na área de turismo comunitária na Amazônia e organizada pela Associação de Mulheres do Pesqueiro, comunidade tradicional marajoara que não se beneficiava com o fluxo turístico ocorrido na praia até então. O povo indígena marajoara foi o primeiro a ocupar a ilha. Eles começaram a se instalar há cerca de três mil anos.

A atuação da agência dá destaque para um roteiro gastronômico que leva os visitantes a provarem os pratos típicos da ilha a base de carne de búfalo e turú, molusco comprido que vive nos mangues de Marajó e apreciado por seus poderes afrodisíacos. A ilha também é grande produtora de queijo de búfala.

O acesso à ilha é feito por barco que parte de Belém, capital do Pará. A distância é de 87 km e a viagem dura cerca de três horas. A estrutura turística conta com hotéis e pousadas, além de bares e restaurantes instalados nas praias.

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