Maragogipe (BA) apresenta opções de ecoturismo e cultura

Maragogipe (BA) apresenta opções de ecoturismo e cultura

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 3:30

Maragogipe é um município do estado da Bahia localizada a cerca de 133km de Salvador. Sua população é estimada em 41.085 habitantes aprox.. O município de Maragojipe é bastante rico no que diz respeito aos recursos naturais, apresentando um ótimo potencial para o desenvolvimento de atividades ligadas ao turismo ecológico, rural e principalmente o turismo náutico, incluindo a pesca desportiva.

Apresenta excelentes condições para o turismo náutico, contando, inclusive, com uma ponte de atracação para embarcações de grande porte.

Está localizada ao fundo da Baía de Todos os Santos e situada a direita do estuário do Rio Paraguaçu, onde formou-se uma baía interna, a conhecida como Baía do Iguape.

Maragogipe fica, exatamente, no ponto de encontro do Rio Paraguaçu com o Rio Guaí, formando uma extensa região de lagamar, cercada por cerca de 30 km de manguezais com, aproximadamente, 30 metros de largura.

Último paradeiro náutico do Recôncavo Baiano, a cidade ainda abriga, no porto do Caijá, dezenas de canoas e saveiros. As antigas embarcações à vela eram muito utilizadas para o transporte das mais diversas mercadorias no interior da Baía de Todos os Santos até recentemente. Hoje, ainda restam alguns exemplares concorrendo com meios de transporte mais modernos.

Como outras cidades da região, Maragogipe traz uma forte tradição religiosa católica, mas é também comprometida com o candomblé. A cidade pacata se transforma durante o mês de agosto, quando é celebrada a festa de seu padroeiro, São Bartolomeu.

Como Chegar

Saindo de Salvador, pela BR-324, por 59 km, até o entroncamento da BA-026, percorre-se mais 11 km, até Santo Amaro. A partir deste ponto, siga para a Cidade de Cachoeira pela mesma BA-026, por mais 38 km. De Cachoeira, atravesse a ponte D. Pedro II para São Félix e siga por 23 km em direção sul, até Maragogipe.

História & Cultura

Uma tribo de índios Aimoré dominava a margem direita do Peroaçu (mais tarde Paraguaçu), no trecho em que este recebe as águas do Guaí. Os índios chamavam o lugar de “Marag-gyp” – rio dos Mosquitos – em razão do local ser cercado por extensos manguezais, habitat natural desses insetos, especialmente nas mudanças de maré. Os primeiros exploradores chegaram em 1520, atraídos pela riqueza das matas e a existência de um porto para navios de pequeno e grande calado, que funcionava como apoio à rota marítmo-fluvial com final em Cachoeira.

O município nasceu de uma sesmaria doada pelo segundo Governador Geral, Duarte da Costa, a seu filho Álvaro da Costa. O local, na borda do lagamar, foi escolhido para a fundação do povoado que precisava se defender dos ataques indígenas. Com a construção da Matriz de São Bartolomeu em meados do século XVII, no topo de uma colina, foi criado um novo centro urbano.

A cidade experimentou grande desenvolvimento durante o século XIX, quando cresceu, na economia baiana, a importância do fumo – antes utilizado como produto de escambo para aquisição de escravos na África. O início da industrialização do fumo aconteceu em Maragogipe com a instalação de duas grandes fábricas brasileiras de charutos: a Suerdieck e a Danneman. A sede foi elevada a cidade em 1850, com o título de Patriótica Cidade de Maragogipe, em razão de sua participação nas lutas pela independência do Brasil.

Porto natural abrigado, a cidade está exatamente no encontro do rio Paraguaçu com o rio Guaí formando uma extensa região de lagamar, cercada por cerca de 30 km de manguezais com 30 metros de largura. Apresenta excelentes condições para o turismo náutico contando, inclusive, com uma ponte de atracação para embarcações de grande calado.

Último reduto de saveiros no Recôncavo Baiano, Maragogipe ainda abriga, no porto do Caijá, dezenas de canoas e saveiros. Essas antigas embarcações à vela eram muito utilizadas para o transporte das mais diversas mercadorias no interior da Baía de Todos os Santos, até recentemente, e ainda teimam em sobreviver concorrendo com meios de transporte mais modernos. Como outras cidades da região, Maragogipe traz uma forte tradição religiosa católica, também comprometida com o candomblé. Cidade pacata que se transforma durante o mês de agosto quando é celebrada a festa de seu santo padroeiro, São Bartolomeu.

Atrações Turísticas

Centro Histórico

A arquitetura colonial é significativa, com prédios tombados pelo Patrimônio, além de outros do início do século, como a antiga Vila Suerdieck e as ruínas da fábrica Dannemann, herança dos tempos áureos da indústria do fumo. O destaque é para a Matriz de São Bartolomeu, construída no século XVII, no topo de uma colina para onde a cidade cresceu. O coreto na praça da Matriz, a casa paroquial, a sede das centenárias filarmônicas Terpsícore e Dois de Julho e a Santa Casa da Misericórdia conservam a aparência colonial da cidade que parou no tempo. A Casa de Câmara e Cadeia, construção do século XVIII, no mesmo estilo das Casas de Salvador e Santo Amaro, remonta ao tempo em que o General Labatut foi preso pelos portugueses e a população lutou bravamente pela Independência do Brasil, o que, inclusive, valeu à cidade o título de Patriótica Cidade de Maragogipe.

Duração: tempo livre

Alto do Cruzeiro

Mirante natural, é o ponto mais alto de Maragogipe, de onde se descortinam a cidade, o manguezal e o encontro dos rios Paraguaçu e Guaí. É também local de peregrinação religiosa. Outro mirante é o do cemitério, com uma bela vista da Baía do Iguape, Convento de São Francisco e ilha dos Franceses.

Cachoeira do Urubu

A cidade recebe seus visitantes oferecendo logo na chegada, à direita, uma área verde onde a cachoeira do Urubu domina a paisagem com seus cerca de 15 metros de queda d´água.

Ponta do Souza - Praia do Pina

No verão é a mais concorrida pelos habitantes da região. Mesmo fluvial, a praia sofre influência das marés. Rio, mata e manguezal formam a paisagem deslumbrante onde mulheres e crianças vivem de mariscar. Deste ponto é possível ter uma idéia dos rios que formam a bacia hidrográfica do Paraguaçu: Guaí, Urubu, Cachoeirinha e, naturalmente, o Paraguaçu.

Lagamar e Baixo Paraguaçu

Ilhas e pontos pitorescos, quase intocados pelo homem, compõem a paisagem dominada por floresta tropical, restinga e manguezal. Partindo da Ponte do Caijá e seguindo na direção da foz do Paraguaçu, os atrativos se sucedem: Ilha dos Franceses, Gruta do Cantagalo, Capela do antigo Engenho Capanema, Fazenda Salamina, com as ruínas do Engenho Novo e o Forte da Barra do Paraguaçu, mais conhecido como Forte da Salamina, a Cascata do Guimarães e a Cachoeira da Gruta do Sol, com uma queda livre de cerca de 10 metros em meio à mata fechada e acesso por uma trilha. Um píer flutuante dá acesso ao local, que dispõe de pequena infra-estrutura turística.

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