No verão, nada melhor que um mergulho refrescante. Mas que tal acrescentar uma dose de adrenalina e ainda conhecer as belezas que se escondem debaixo dágua? Tem para todos os gostos: no mar ou no rio, águas morninhas ou geladas, flutuando com snorkel e máscara ou indo fundo com tanques de oxigênio.
Além de paisagens de perder o fôlego, o mergulhador tem a companhia de peixinhos coloridos, tartarugas e golfinhos. Os mais experientes podem descer um pouco mais e ver de pertinho navios naufragados cheios de história e até se aventurar em cavernas. Veja alguns dos melhores pontos de mergulho, respire fundo e escolha o seu.
Fernando de Noronha - Pernambuco
O arquipélago é um paraíso até debaixo dágua. A visibilidade de até 25 metros e a temperatura da água, em torno dos 28°C. Simpáticos e curiosos golfinhos vêm nadar ao lado dos mergulhadores. São tantos que eles dão até nome à Baía dos Golfinhos. Sem falar nas tartarugas, que escolhem as areais daqui para colocar seus ovos.
Entre os corais coloridos, passeiam mais de 250 espécies de peixes, como arraias e tubarões. Outros se escondem nas reentrâncias de cavernas e paredões rochosos. Mas as águas guardam outras atrações como a corveta Ipiranga, a quase 60 metros de profundidade, considerada a embarcação mais preservada do Brasil. À noite, a paisagem muda completamente e é preciso levar lanternas.
Arraial do Cabo Rio de Janeiro
Reserve a roupa completa de neoprene - incluindo capuz, luvas e meias. Você vai precisar. A temperatura do mar, que varia entre 10 e 25 °C, é considerada a mais baixa do País. Ok, mas as águas transparentes e os bons pontos de mergulho compensam o sacrifício. E o melhor: a fauna marinha é variadíssima, já que as águas geladas são ricas em nutrientes. É bem fácil cruzar com moreias, arraias, tartarugas, anêmonas, polvos...
Por conta dos famosos nevoeiros, muitos navios naufragaram na região. É o caso da fragata brasileira Dona Paula, que afundou na Ilha dos Ingleses em 1827 durante uma perseguição a um corsário argentino.
Bonito Mato Grosso do Sul
Longe do litoral e com águas quase transparentes, Bonito é o melhor ponto de mergulho de água doce do Brasil. Para ver tanta beleza, você só precisa de máscara e snorkel. No Rio da Prata, a impressão é de estar voando e sem se preocupar com correntezas ou ondas, como no mar. É possível até se sentir dentro de um aquário enquanto dourados, pacus e lambaris passam pertinho de você.
Os mais experientes podem encarar o Abismo Anhumas. A aventura começa do lado de fora da caverna, com um rapel de 72 metros. A entrada é por uma fenda na rocha, mas lá dentro, um lago de águas cristalinas do tamanho de um campo de futebol surpreende os mergulhadores. E não só. Grandes cones de calcário de até 20 metros de altura lembram a paisagem lunar. A visibilidade é de até 40 metros.
Arvoredo Santa Catarina
A Reserva Biológica do Arvoredo é um dos melhores pontos de mergulho no Brasil. Pudera, a variedade de peixes é imensa: mais de 200 espécies entre garoupas, tainhas, badejos, anchovas, arraias. Além do colorido das estrelas do mar e dos ouriços. Sossegadas tartarugas marinhas sempre dão as caras por ali.
No verão, a visibilidade pode chegar a 15 metros e a temperatura da água fica em torno de 20°C. Não faltam histórias de naufrágios para explorar. Por causa de uma forte neblina, o cargueiro Lili, de 80 metros de comprimento, chocou-se com a Ilha do Arvoredo na década de 50. Para chegar até a parte sul da ilha, é preciso partir de Bombinhas.
Abrolhos Bahia
São tantos os corais e bancos de areia que os navegadores portugueses gritavam Abram os olhos ao chegar ao litoral baiano, no século 16. Mas é preciso ficar de olhos bem abertos mesmo para conferir as surpresas desse santuário. Apenas aqui é possível ver os chapeirões, corais em forma de cogumelo que formam verdadeiros labirintos. Com boa visibilidade, de até 20 metros de profundidade e água morna, o local é pit stop das baleias jubarte para procriação, de julho a novembro.
O Parque Nacional Marinho abriga quatro navios naufragados como o cargueiro italiano Rosalinda, de mais de 90 metros, que naufragou em 1939. Como o estado de conservação é bom, dá para mergulhar entre suas galerias. Uma curiosidade: parte dos sacos de cimento encontra-se arrumadinha no porão, em fileiras. E as garrafas de cerveja continuam inteiras, no fundo do mar.
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