Minha casa, sua casa: alternativas para rodar o planeta sem gastar

Minha casa, sua casa: alternativas para rodar o planeta sem gastar

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:27

Se suas economias não permitem ficar em um hotel, se você quer mais conforto que um albergue ou se, simplesmente, deseja vivenciar o país como os residentes de lá, ficar em casa, longe da sua casa, pode ser a solução ideal para você!

São várias opções, desde alugar um charmoso chalé na Suíça, trocar de residência com um chinês, dormir no sofá de um nepalês, entre tantas outras. Por isso, selecionamos algumas formas alternativas (e econômicas!) para se viajar para o exterior:

Troca de casa

Você deixaria um desconhecido estrangeiro entrar na sua casa, enquanto, no mesmo período, viaja com a sua família para a dele? Milhares de turistas pelo mundo sim. Afinal, passar as férias em residências confortáveis em cidades como Paris e Londres, sem pagar nada por isso, é sempre tentador.

A ideia do sistema é simples: você troca a sua casa pela a do outro. Popular nos Estados Unidos e na Europa, o intercâmbio residencial existe há quase 60 anos e cada vez mais tem atraído adeptos no Brasil.

Para participar, o interessado deve preencher o cadastro em um dos sites que intermedeiam troca e pagar uma taxa anual. No site norte-americano Home Exchange, o mais conhecido da internet, paga-se R$ 190 a anuidade. Já no Intervac e no Homelink a assinatura por um ano custa € 70 (R$ 210).  

A negociação funciona como um serviço de namoro online. Você faz propaganda da sua casa e troca propostas com outros donos. Acertam-se aí as condições de uso (quantas pessoas utilizarão a casa, tempo de permanência, se é possível usar o carro da família, etc.) e marca-se uma data de viagem conveniente para ambos.

Quem já viajou dessa forma elogia o sistema. Desde que fez seu primeiro intercâmbio, em 1999, o empresário Ademar Couto nunca mais foi para o exterior da maneira convencional. Ao todo já foram mais de 17 trocas. Ele se interessou tanto, que há dois anos decidiu montar a versão em português do site Home Exchange, o Troca Casa.

"Dessa forma, além de economizar um bom dinheiro, você conhece a vida das pessoas, conversa com os vizinhos, vai mais a fundo na rotina do lugar", explica Couto. E bota economia nisso. Em sua última viagem, para o Colorado (EUA), o aluguel da casa onde ficou era de US$ 1000 por dia. Dinheiro que ele não teve de desembolsar.

CouchSurfing

Agora, se você tem espírito aventureiro e pretende viajar para diferentes países e cidades, há outra forma de conhecer o mundo além de ficar em albergues e hotéis. Já pensou em dormir no sofá de alguém por lá? A ideia pode parecer desconfortante para alguns, mas, para outros, é uma grande oportunidade de fazer uma viagem única, diferente das oferecidas por agências de viagens ou guias turísticos.

Febre entre os mochileiros, existem hoje mais de 1 milhão de "surfistas de sofá" cadastrados na rede de relacionamentos CouchSurfing, a mais popular do gênero. Criada em 2004, a comunidade possibilita o contato entre viajantes em busca de um lugar para ficar e pessoas dispostas a receber. E os hóspedes oferecem de tudo. Desde um lugar no chão da sala, um sofá, até uma ampla suíte. Ah, e sem cobrar nada por isso.

Mais do que uma forma de economizar dinheiro com hospedagem, a proposta do CouchSurfing é que anfitrião e hóspede troquem experiências, informações sobre seus países, façam amizade. "É um verdadeiro intercâmbio de cultura. Eu hospedando, viajo sem sair de casa. Afinal, viajar nada mais é do que conhecer outras pessoas", diz Claudiomar Rolim Filho, de 24 anos, adepto da prática e autor do blog "O mundo numa mochila".

E ele tem experiência no que fala. Em 2008, recém-formado em Relações Internacionais, viajou por 32 países - como Nepal e Hong Kong - hospedando-se somente em casas de pessoas que conheceu pela internet.

Além de conseguir um lugar para ficar, o CouchSurfing serve de ponto de encontro de viajantes pelo mundo. Rolim Filho explica que muitos dos internautas que se cadastram no serviço, não oferecem a casa, mas se disponibilizam a tomar um café com você, te apresentar a cidade. "É isso que eu acho mais interessante no CouchSurfing! Você encontrar pessoas para sair, para viajar, ir para balada em lugares que você não conhece nada", diz o aventureiro.

Aluguel de casas

Já um modo menos radical de aproveitar uma casa, é alugar uma residência ou quarto de hóspedes no destino escolhido. Razões para isso não faltam: estar em um bairro residencial, ter um lugar espaçoso para chamar amigos, comer uma comidinha caseira. E, se todos esses motivos já são mais que suficientes para não querer ficar em um hotel, saiba que você pode ainda economizar um bocado viajando dessa forma.

Em especial quando você vai com a família ou em grupo, alugar uma confortável casinha, em cidades como Paris e Milão, é mais econômico do que ficar em um hotel mediano. Sem contar, que se pode poupar dinheiro preparando comida em casa, ao invés de comer em restaurantes.

O site Homelidays, especialista no contato direto com o arrendatário, tem o anúncio de mais de 40 mil casas em 95 países, o que facilita a pesquisa. Um apartamento confortável em Paris, de 54 m², para cinco pessoas, custa de 385 € a 490 € por semana, dependendo da época. Já ficar na "Cidade-Luz" em um hotel três estrelas custa em média 120 a 150 € por dia.

A prática também é comum nos Estados Unidos, especialmente em Orlando, que costuma receber famílias. A operadora SVT oferece, entre outros, o serviço de aluguel de casas na cidade conhecida pelos parques da Disney (mas, neste caso, você não entra em contato direto com o proprietário). 

Formas inusitadas de se viajar

Menos conhecidas dos viajantes, em especial dos brasileiros, há outras formas inusitadas de se viajar para o exterior gastando pouco ou nada.  Mas atenção: é preciso ter espírito aventureiro e deixar o conforto dos hotéis de lado. Vai encarar?

Wwoof

Wwoof (World Wide Opportunities on Organic Farms) é uma ONG que entre outras coisas, disponibiliza oportunidades para se trabalhar em fazendas orgânicas em troca de comida e hospedagem grátis. Há milhares de fazendas cadastradas em cerca de 50 países, sendo 22 delas no Brasil. Os interessados devem pagar uma taxa anual de 25 dólares para se associar ao programa. Uma forma de se conhecer outros países, ajudando os outros.

Caretaker

Se você está disposto a trabalhar em troca de um lugar para ficar, você pode arranjar um emprego como caseiro em mansões e casas de veraneio em muitos lugares dos Estados Unidos, Austrália e Europa. O site Caretaker disponibiliza anúncios para os interessados em cuidar da casa, em troca de moradia. Para ter acesso aos classificados, o usuário paga cerca de US$ 30 por ano.

Warm Showers

Essa rede de relacionamentos, funciona de modo parecido com o CouchSurfing, mas é voltado especialmente para ciclistas em viagem pelo mundo. O Warm Showers possibilita contato entre os cerca de 10 mil membros pelo mundo, que podem oferecer desde um banho quente, uma refeição até uma cama quentinha para o viajante. A vantagem para você ciclista é ter um anfitrião que conhece lojas para a sua bike, melhores roteiros de ciclovias e passeios na cidade. Além de ter pelo menos um hobby em comum com o anfitrião. 

Por Camila Sayuri

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