Nova York, quem diria, agora caça percevejos

Nova York, quem diria, agora caça percevejos

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:19

Viajantes desavisados que vão à cidade de Nova York durante as férias se arriscam a voltar para casa com um suvenir um tanto indesejável: os "bed bugs", conhecidos no Brasil como percevejos.

O nome em inglês --insetos de cama-- refere-se ao refúgio preferido desses bichos, que vêm se espalhando pela ilha de Manhattan como praga. E, já que gostam de um bom colchão, eles são um problema especialmente nos hotéis, de luxo ou não. Isso porque não há limpeza ou lençol de algodão egípcio que consiga evitá-los: mesmo depois de eliminados, os percevejos voltam. E os responsáveis pelo retorno são os próprios hóspedes.

DE CARONA

"Consideramos os 'bed bugs' caroneiros. Eles viajam em diferentes objetos, como malas", afirma Missy Henriksen, porta-voz da National Pest Management Association (associação americana de combate a pragas).

Por isso, diz Henriksen, o problema vem se agravando em Nova York, uma metrópole com "turismo crescente, principalmente no âmbito internacional". Desde 2001, o número de infestações na cidade aumentou 71%, segundo dados da organização.

Entre o fim de junho e o início deste mês, a rede de lojas Abercrombie & Fitch teve de fechar duas de suas unidades em Nova York por causa dos percevejos.

O presidente da companhia, Michael Jeffries, chegou a escrever uma carta ao prefeito da metrópole, Michael Bloomberg, pedindo ajuda para combater "a crescente infestação de 'bed bugs'" na cidade. O departamento de saúde respondeu que é uma "responsabilidade das empresas lidar com os percevejos".

EXTERMINADORES

E não é por falta de técnica para eliminar os bichos. Os exterminadores trabalham até com cães farejadores, como beagles e labradores, para não deixar nenhum percevejo escapar.

Além de pegar carona em objetos para encontrar novos lares, os insetos são capazes de se esconder em lugares estreitos e de sobreviverpor até um ano sem uma refeição.

Alimentam-se de sangue, deixando uma picada vermelha e incômoda, mas não transmitem doenças.

Para poupar o passeio dessa dor de cabeça, a associação de combate a pragas aconselha o hóspede a inspecionar o quarto antes de desfazer as malas (no quadro, veja algumas dicas dadas pela associação).

Há sites onde é possível verificar se já houve reclamações prévias contra determinado hotel. Então, antes de decidir onde irá se hospedar, procure consultá-los. Um deles é o The Bedbug Registry , que tem até mapa mostrando onde foramr egistrados os casos mais recentes de infestação.

Mas a porta-voz da associação americana de combate a pragas alerta para o uso das informações: segundo ela, além de as mensagens não serem averiguadas, o fato de um internauta ter detectado a infestação há uma semana ou há um mês não significa que ela persista.

Em geral, diz, os hotéis resolvem os casos prontamente. Só mesmo o cuidado dos turistas pode evitar que o problema continue a piorar.

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