Sem dinheiro, brasileiro procura destinos que permitem trabalho

Sem dinheiro, brasileiro procura destinos que permitem trabalho

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:30

  A combinação de trabalho e estudo pode ser a saída para quem planeja estudar no exterior e não tem dinheiro suficiente para pagar todas as despesas.

Alguns países permitem que estrangeiros com visto de estudante trabalhem enquanto estudam. É o caso da  Australia, Inglaterra  e da Irlanda.

Essas nações lideram o ranking das mais procuradas pelos brasileiros que precisam ganhar dinheiro enquanto estudam, segundo informações da associação brasileira de agências de intercâmbio, Belta (Brazilian Educational & Language Travel Association).

Segundo o diretor financeiro da Belta, César Bastos, os rendimentos dos universitários que ingressam no mercado internacional variam entre US$ 7 e US$ 15 por hora, dependendo do emprego e do país de destino. "Não dá para ficar rico com a experiência, mas a remuneração é suficiente para se manter, sem grandes luxos, durante o intercâmbio".  

Para Bastos, o objetivo viagem deve ser a obtenção de bagagem educacional e cultural. "A atividade remunerada não pode, de jeito nenhum, atrapalhar os estudos", disse Bastos.

O compromisso de encontrar um emprego no país estrangeiro é do estudante. Algumas instituições de ensino e agências oferecem suporte, indicando entrevistas, mas, mesmo assim, não isentam o aluno da responsabilidade. Por isso, para ingressar em território australiano, inglês ou irlandês é preciso comprovar condições financeiras, até como garantia para seguir os estudos e lidar com os imprevistos.  

Entre as opções de emprego, há os estágios em diferentes áreas de conhecimento, como administração de empresas, economia, marketing, webdesign, biologia e engenharias. Também há o que no Brasil é considerado subemprego, como vagas de garçom, camareiro, cozinheiro, atendente de lojas, caixa de lanchonetes, recepcionista e outras funções do setor de serviços.  

"A experiência seria muito mais enriquecedora com uma vaga na área de conhecimento do estudante, mas nem sempre é possível", disse Luiza Vianna, gerente de produto da CI (Central de Intercâmbio) -uma das maiores agências do país. "Quanto maior o nível de conhecimento do idioma, melhores serão as oportunidades".  

"Big Brother" oficial

Mesmo sendo mais flexíveis do que outros países de língua inglesa, Austrália, Inglaterra e Irlanda têm rígidas regras de imigração.  

O governo australiano permite que estrangeiros matriculados em cursos de no mínimo 14 semanas trabalhem durante meio período.  

Na Inglaterra, estudantes inscritos em programas de 24 semanas também recebem permissão para trabalhar meio expediente, durante o período letivo, e em expediente integral, durante as férias escolares.  

Para exercer qualquer atividade remunerada na Irlanda é preciso estar matriculado em programas com duração mínima de 25 semanas.

A matrícula não é a única garantia para conseguir a liberação de trabalho. A fiscalização em relação à freqüência na escola costuma ser intensa. Os estudantes precisam ter 80% de participação nas aulas para manter o visto e permanecer no país.

"As leis estrangeiras costumam ser sérias e criteriosas. Não há jeintinho brasileiro que faça isso mudar", disse Vianna. Quem descumpre as regras está sujeito às punições previstas na lei de imigração, incluindo deportação para o país de origem.

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