Tunísia: história e cultura entre ruínas de um antigo império

Tunísia: história e cultura entre ruínas de um antigo império

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:29

A Tunísia, separada do Marrocos pela Argélia, tem 1.300 Km de praias e pequenas ilhas espalhadas pelo litoral. É um país de grande beleza cênica e mais de 3.000 anos de história, desde a fundação de Cartago, em 814 a.C.

O território foi ocupado por muitos povos: passou pelo domínio dos romanos, bizantinos, árabes e franceses, cujas influências são percebidas nas construções, algumas delas ainda intactas, como a fantástica antiga colônia de Sufetula que se situa na cidade de Sbeitla. A capital Tunis é o ponto de partida para se explorar o país. Por todas as cidades, encontram-se medinas e mesquitas de beleza incomparáveis, além de monumentos romanos como o segundo maior coliseu romano, de Eljem. Existem cidades prósperas no deserto do Saara, como Tozeur e Nefta, e belas praias mediterrâneas com plantações de palmeiras podem ser experimentadas na ilha de Djerba.

Tunis: a capital do país é uma cidade litorânea do Mar Mediterrâneo, moderna pelas suas novas construções, como o Monumento de 7 de Novembro, um marco rumo ao progresso tunísio, e antiga, como pode ser visto na sua medina ainda preservada. Assim que são passados a Catedral, a estátua de Ibn Khladoun e seus portões, um labirinto de ruas estreitas se abre e séculos passam diante dos olhos dentro dessa medina, como se fosse um museu a céu aberto. Tapetes, oliveiras, ornamentos, joalheria, de tudo pode ser encontrado nos mercados internos. Lá, estão a Mesquita da Oliveira – Ez Zitouna, no coração da Medina, tão antiga ela própria; o museu Dar ben Abdallah, abrigado em um palácio do século XVIII; além de centros culturais, restaurantes e agências do governo, que antes eram antigas residências de ricos mercadores. No subúrbio da cidade, encontra-se o Museu Bardo, um antigo palácio do século XIII que foi sendo expandido e restaurado até se tornar uma pérola da arquitetura muçulmana - a maior coleção de mosaicos romanos do mundo encontra-se neste museu, bem como exposições de artefatos relacionados às várias épocas do país: pré-histórica, fenícia, cristã, romana e moura.

Hammamet: localizada a 64 Km de Tunis, é conhecida como a ''Sain Tropez da Tunísia'', um balneário visitado para o descanso. Esta cidade foi vítima outrora de um grande ataque de Cavaleiros de Malta, disfarçados de muçulmanos na época das cruzadas. Hoje, a invasão é a de turistas europeus, durante o ano todo. A medina da cidade é cercada de rampas e em seu interior fica um forte com vistas para o mar.

Sousse: 140 Km ao sul de Túnis, fica a ''Pérola do Sahel'', uma cidade de praia mediterrânea com grande movimento e um antigo porto comercial fenício. O Porto El Kantaoui e a medina da cidade são o que há de melhor para se visitar.

Monastir: 24 Km a leste de Sousse, fica esta bela cidade praiana, onde encontra-se o Mausoléu da Família Borguiba, e um belo monastério fortificado, construído em 797 d.C. para proteger a cidade de ataques bizantinos e estrangeiros, com a torre Ribat, despontando na paisagem da orla junto com os hotéis e a marina, que ficam nas proximidades. Dentro do monastério, está hospedado um agradável museu de artes e artefatos islâmicos.

El Jem: está situada 205 Km a sudeste de Túnis, no interior do país, outrora região agrícola romana para a produção de azeite. Lá, está o 2º maior coliseu romano do mundo. A vantagem é poder vê-lo praticamente inteiro. Os jogos celebrados deram lugar a orquestras e artistas. A vista interna é impressionante e é possível ver também o local onde os cristãos ficavam encarcerados junto com os leões. Os romanos o construíram no ano 230 d.C. e seus muros foram danificados pela primeira vez em 1695 pelo governador Mohamed Bey, para acabar com uma rebelião.

Matmata: 450 Km ao sul de Túnis, suas casas remetem a uma paisagem lunar, com palmeiras e mais de 700 poços abertos pelos berberes que, como os romanos de Bulla Regia, construíram suas casas subterrâneas para proteção contra o forte calor, que consistem de túneis de 5 a 10 metros de profundidade do solo, em labirintos de pequenos quartos, estoques de comida e bens familiares, interconectados por passagens estreitas. Do esplendor da cidadela de Ksar Jouma, tem-se uma vista de toda a região.

Tozeur: 450 Km a sudeste de Túnis, essa cidade é conhecida pela sua prosperidade. Tudo na cidade é grandioso: sua produção de tâmaras; a medina (construída no século XIV), que abriga um fantástico museu, erguido no autêntico estilo dos palácios tunísios, o Jardim Botânico, as suas 200.000 palmeiras e a rua principal, apinhada de lojas e bazares. Possui uma grande quantidade de construções que utilizam ladrilhos em seus muros e grades de ferro com arabescos.

Nefta: 23 Km a oeste de Touzeur, a população dessa cidade supera a vida no deserto com o oásis que se vê do Hotel Sahara. São centenas de milhares de palmeiras e árvores frutíferas, que, no seu término, ao norte do oásis, encontram água corrente. Do oásis, saem passeios até os outros oásis de Chebika, Tamerza e Mides, com seu canyon junto à fronteira com a Argélia.

Douz: a 117 Km de Tozeur, é o centro da tribo nômade de Mrazig. Possui um mercado pitoresco e o principal passeio é feito em dromedários pelo desert Antes da sua descoberta por visitantes estrangeiros, toda quinta-feira (o dia de mercado), nômades de várias regiões se encontravam para a troca de camelos, cavalos e mercadorias. De lá, partem safáris pelo Saara a partir do Grande Erg Oriental.

Sbeitla: lá se encontram as fantásticas ruínas romanas de Sufetula, colônia romana construída no século I. Mais tarde, foram erigidas ali basílicas cristãs (séc. IV) e os árabes tomaram a cidade, no ano de 647 d.C. Estas são as mais bem preservadas ruínas da Tunísia.

Ilha de Djerba: 513 Km ao sul de Túnis, fica esta ''Polinésia do Mediterrâneo'', salpicada de palmeiras a se perder de vista. As primeiras notícias de Djerba veem do tempo de Ulisses, que, depois da partida de Tróia, teria chegado à ilha e se deparado com habitantes felizes que se alimentavam de flores de lótus. As praias de areia fina da orla são o ponto alto da visita. As porcelanas de Guellala ainda produzidas pelos artesãos locais, o centro da ilha, Houmt Souk, os esportes náuticos, mergulhos, tudo isso torna Djerba um local especial.

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