Turismo à moda de "Crepúsculo": conheça o castelo do Drácula

Turismo à moda de "Crepúsculo": conheça o castelo do Drácula

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:28

Foi neste castelo que morou o primeiro Drácula, o vampiro que deu origem a todas essas histórias de imortais sedentos de sangue humano: o Conde Vlad III, o Empalador.

Fica na Romênia, numa floresta que encobre os Montes Cárpatos, em Brasov, a 170 km do norte da capital, Bucareste. Meio milhão de pessoas visitam esse castelo a cada, uma construção imponente que inspirou o escritor irlandés Bram Stocker para o seu romance imortal, Drácula.

A origem da tradição remonta ao século 14, quando o castelo servia como defesa contra os invasores turcos. Vlad III, seu proprietário, também conhecido como "o Empalador", era impiedoso com os inimigos capturados.

Empalar-los, isto é, atravessá-los num pau afiado que depois cravava no solo, para assim deixá-los morrer, era apenas uma das suas práticas, mas foi a que lhe dera o apelido e a fama de cruel.

Isto, e o fato dele ser extremamente severo com os criminosos: ele torturava e executava sem piedade os que faltassem à lei na sua região. Muitas das torturas, e o próprio empalamento, ele aprendera junto aos turcos, num período em que ficou prisioneiro.

A fama de imortal veio, provavelmente, de uma confusão de nomes: Vlad recuperou o castelo que fora de seu pai Vlad II, morto. Sabendo que Vlad tinha regressado depois da morte, sem saber que se tratava de um outro Vlad, os habitantes da região começaram a falar na sua imortalidade.

E o nome Dracula? Vlad II, o pai, fazia parte da Ordem do Dragão, e por isso era conhecido como Vlad O Dragão. Dragão, em romeno, é dracula, de onde o sobrenome Dracula dado a Vlad II, transformado em Draculae no caso de Vlad III.

Quer mais? Dracula significa, em romeno, dragão, mas também é nome para o diabo. Ainda, os cavaleiros da Ordem do Dragão vestiam capa preta por cima das roupas vermelhas_ mais um ponto de inspiração para Bram Stocker criar seu personagem.

Também conhecida como Castelo de Bran (não por causa do autor do romance, mas pela vizinhança com a localidade do mesmo nome), a residência dos Drácula foi propriedade de uma família de alemães desde fins do século XV até 1918, quando o presentearam à rainha da Romênia, que a transformou em casa de verão da família real em 1920.

Ficou com a família real até sua expropriação pelo governo comunista em 1948, após a 2a Guerra Mundial.

Com a queda do regime comunista, a propriedade do castelo foi objeto de muitas disputas, e ainda há processos correndo.

A revista Forbes, em 2007, considerou esta edificação histórica como uma das residências mais caras do mundo, com valor de US$ 140 milhões.

Para quem deseja visitar o Bran's Castle, é preciso sair de Bucareste em direção a Brasov, de carro ou de trem , numa viagem que dura em média entre duas e três horas.

Sua arquitetura gótica, abriga um museu de arte medieval, administrado pelo Ministério de Cultura da Romênia. Nele há objetos da vida cotidiana, ícones, obras de arte e armas da época de ouro do castelo.

Quem estiver na região deve aproveitar para conhecer, também, a cidade onde supostamente Vlad nasceu, Sighisoara. Fica próxima do castelo e é tida como uma das mais preservadas cidades medievais da Europa, designada Patrimônio Mundial pela UNESCO. É uma perfeita e intacta amostra do século 16, com torres, ruas estreitas, casas e igrejas ornamentadas.

Além de visitar a casa onde Vlad Draculae nasceu, há uma torre onde ele morou, hoje conhecida como Torre do Relógio. O primeiro piso é um restaurante, e o segundo um museu de armas. Já a Fortaleza Poienari, que fica na vila Arges, foi o lugar onde Vlad Draculae finalizou a cruel vingança pelas mortes de seu pai e de seu irmão.

Conta a lenda que esta vingança começou num domingo de Páscoa, dia em que o conde cercou o povoado dos que deram morte aos seus familiares, empalou os mais velhos e fez marchar vários quilômetros os mais novos para que, sem repouso, construíssem esta fortificação.

Os que não morreram por causa do cansaço foram executados após o final das obras. Hoje restam as ruínas, pois a maior parte do prédio se perdeu em 1888, mas que ainda dão sinais do que um dia já foi.

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