Turismo em Berlim une história, cultura e muita festa

Turismo em Berlim une história, cultura e muita festa

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:47

Berlim, que já foi uma cidade dividida, hoje é uma cidade que une. História e modernidade, tradições e tendências e 190 nacionalidades --segundo dados de 2010-- convivem na capital alemã. Os programas e atrações turísticas refletem essa diversidade.

Para comecar a se situar na cidade, uma boa opção é assumir o comando de um Trabant, o tradicional carro da Alemanha Oriental. A empresa TrabiSafari (www.trabi-safari.de ) dispõe de uma frota de 60 veículos originais, de diferentes modelos. A cada hora, um comboio de até seis carros parte por um dos dois roteiros disponíveis. O preço por pessoa varia de € 30 a € 40, dependendo do número de passageiros (são quatro no máximo).   Enquanto o motorista se entende com a troca de marcha --feita através de uma manivela atrás da direção-- o rádio do Trabi transmite informações em alemão ou inglês sobre os pontos turísticos no trajeto. O portao de Brandemburgo, o prédio do parlamento, a torre da televisão e a East Side Gallery --o trecho do muro transformado em galeria de arte a céu aberto-- são alguns dos pontos altos do passeio.

Para os fãs de história, outras boas opções são o DDR Museum (www.ddr-museum.de ), um museu interativo sobre a República Democrática Alemã, e o Topographie des Terrors (www.topographie.de ), um centro de informações sobre o aparato de sustentação do regime nazista.

No primeiro, réplicas de um típico apartamento socialista, livros e cadernos de estudantes da época e armários com roupas, tudo ao alcance das mãos, mostram, por € 6, como era a vida sob a economia planificada. No segundo, com entrada gratuita, quadros com textos e fotos contam detalhes da atuação da Gestapo, da SS e de outras forças repressivas durante os anos Hitler. Nos dois casos, há informações em alemão e inglês.

HISTÓRIA NA RUA

Em Berlim, porém, o encontro com a história se dá sobretudo nas ruas. Em frente a vários imóveis, pequenas chapas de metal inseridas no calçamento trazem informações sobre antigos moradores que foram deportados e mortos durante o nazismo. Marcas no chão relembram o traçado do muro. E, por onde quer que se ande, gruas enormes nao deixam esquecer que a cidade ainda se reinventa após a destruição da segunda guerra e a divisão pelo muro.

Com as mudanças, muitos bairros ganharam vida nova nos últimos anos. A área em torno da estação Hackescher Markt, antes sob domínio soviético, hoje é ponto de encontro de fashionistas --ali estão lojas Adidas, Fred Perry, Lacoste, Floris van Bommel e Hugo Boss, entre outras.   Prenzlauer Berg, outro bairro de Berlim Oriental, floresceu com inúmeros cafés. Nos domingos de sol, as mesas nas calçadas ficam tomadas por berlinenses e turistas em brunchs que se entram tarde adentro. O Café Anna Blume (www.cafe-anna-blume.de ) se destaca pelo ambiente acolhedor e pela grande variedade de pães, frios e frutas.

Outro típico programa dominical berlinense é visitar um Flohmarkt, ou mercado de pulgas. O da praça Boxhagener Platz reúne grande variedade de discos, livros, roupas e objetos de decoração.

Dali, é possível caminhar até o RAW Tempel, mais alternativo, montado no entorno de uma antiga fábrica de reparo de trens, hoje bastante destruída. Além de tendas com produtos à venda, o local costuma contar com apresentações de bandas e tem ainda um Biergarten e uma área para a prática de rapel.

Os dois ficam em Friedrichshain, antes parte de Berlim Oriental, que hoje ganha novas cores com restaurantes, bares e festas. É lá que fica a Berghain (www.berghain.de ), uma das boates mais famosas da cidade. Para entrar, no entanto, é preciso contar com a sorte: parte do público é barrada na porta. Para aumentar as chances de sucesso, evite ir em grandes grupos.

IMIGRANTES

Se tudo der errado, nao é preciso caminhar muito para achar outra opcao, seja em Friedrichshain ou em Kreuzberg, logo abaixo no mapa.

Localizado próximo ao muro, na parte ocidental da cidade, Kreuzberg era uma área pouco valorizada na cidade dividida. Com preços mais baixos, acabou virando reduto de imigrantes e estudantes. Hoje, além dos muitos restaurantes turcos, é famoso também pelos clubes --o SO36 (www.so36.de ) costuma ter shows variados.   Perto dali, no centenário restaurante Max und Moritz (www.maxundmoritzberlin.de ), é ampla a oferta de pratos típicos da Alemanha. Já no Yorckschlösschen (www.yorckschloesschen.de ) é possível assistir a bons shows de jazz e blues em ambiente que reúne de adolescentes a idosos. A programacao é divulgada no site. O couvert artístico é de € 6.

Com a proximidade do verão, também começa o movimento nos Strandbars, bares à beira do rio Spree. No Yaam (http://www.yaam.de ), próximo à estação de metrô Ostbahnhof, as mesas ficam numa grande área com areia de praia. Com entrada gratuita, conta ainda com algumas tendas que vendem comidas africanas. O público é alternativo, e uma inscrição na parede avisa que o tráfico de drogas está proibido.

Outro templo alternativo da cidade é a Tacheles (www.tacheles.de ), um casarão encravado na área central de Berlim e com ares de abandonado. Lá, artistas de diversos países produzem e vendem suas obras. Fruto de uma invasão nos anos 90, porém, o local está sob ameaça de ir a leilao. As transformações em Berlim nao param.    

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