Uma viagem pode se tornar inesquecível pela comida que o próprio turista preparou

Uma viagem pode se tornar inesquecível pela comida que o próprio turista preparou

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:28

Aonde quer que vá em suas andanças pelo mundo, a estilista Andrea Schostack faz questão de passar pelo mercado local. "É a primeira coisa que quero visitar", diz Andrea, que coleciona cadernos de receitas e cardápios dos lugares que visitou. Em Mérida, no México, ela foi ao mercado na companhia do chef e antropólogo David Sterling e de um grupo de cinco pessoas. As histórias que Sterling contou sobre os alimentos e as receitas locais levaram a uma imersão na cultura da península de Yucatán. Depois de ir ao mercado, Andrea e seus colegas de curso foram para a cozinha da pousada Los Dos. Ali, seguindo as dicas do chef Sterling, prepararam e comeram sete pratos, entre eles um peixe embrulhado na folha de bananeira. Em outra viagem, 20 dias por Tailândia, Laos e Vietnã, em 2007, Andrea teve aulas de culinária em dois hotéis: o Banyan Tree e o Four Seasons.

O empresário Eduardo Luís da Luz e a mulher, Débora, passaram cinco horas na companhia da chef Lella em uma das cozinhas de sua escola, em Siena, na Itália. Aprenderam a fazer os famosos cantuccini, biscoitos crocantes com amêndoas que Luz diz ter reproduzido depois em casa, em São Paulo. Eduardo e Débora também participaram de uma aula no hotel L?Andana, do estrelado chef francês Alain Ducasse, na cidade italiana de Castiglione della Pescaia. A aula não foi dada pelo mítico Ducasse, um dos chefs mais estrelados do mundo, mas sim por uma pupila. Os ingredientes usados eram cultivados no próprio hotel. E foi servido vinho à vontade aos alunos. "Eu recomendo", diz Eduardo Luz. "Além da comida e das aulas, a vista ajuda bastante."

Andrea e o casal Luz são exemplos de gente que viaja milhares de quilômetros pela experiência de algumas horas em frente ao fogão. "Tenho um cliente que deu uma aula de presente de aniversário ao pai, que estava em Paris a trabalho", diz Daniela Hispagnol, da Gouté, empresa especializada em turismo gastronômico. Seja na mais refinada escola de gastronomia, seja com um professor informal, aprender a história de pratos e bebidas é conhecer o passado dos povos, conquistas, guerras e até a geografia da região. A viagem não precisa ser temática, mas pode-se aproveitar um ou dois dias para aprender a preparar delícias regionais - além de comê-las. As aulas podem ser agendadas diretamente pelo aluno ou incluídas em um roteiro por um agente de viagens. Nesse caso, paga-se a mais pelo serviço. Há cursos e escolas para todos os gostos e bolsos (a partir de US$ 100), dos simples aos refinados, em cidades grandes ou pequenas, de alta ou "baixa" gastronomia. Os alunos ganham avental, apostila e saboreiam os pratos preparados em aula.

Por: Laura Lopes

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