Voo de helicóptero rende vista completa das cataratas do Iguaçu

Voo de helicóptero rende vista completa das cataratas do Iguaçu

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:48

Uma das lendas indígenas que explica miticamente a formação das cataratas, o conjunto de quedas d'água em Foz do Iguaçu (PR) e em Puerto Iguazú (Argentina), remete aos índios caingangues, que viviam às margens do rio Iguaçu.

Para eles, o mundo era governando pelo filho de Tupã, M'Boi, o deus serpente. Naipi era a filha de Ignobi, cacique da tribo, e estava consagrada a M'Boi. Sua vida deveria ser destinada apenas a seu culto, mas Tarobá, um jovem guerreiro, apaixonou-se por ela e, no dia de sua consagração, fugiu com a bela rio abaixo em uma canoa.

Irado, M'Boi penetrou nas cavidades da terra, retorceu seu corpo e produziu uma enorme fenda, dando origem a uma grande catarata que sugou os fugitivos. Naipi foi transformada em uma rocha abaixo da cachoeira, castigada pela força das águas. Tarobá se converteu em uma palmeira à beira do abismo.     Toda a grandiosidade das cataratas --as quedas possuem, em média, 65 metros de altura, em uma largura de quase 3 km--, que certamente magnificava o povo nativo dessa região, continua impressionando os turistas.

Em 2010, quase 1,3 bilhão de pessoas visitaram o parque. Metade deste número era formado por brasileiros.

A estrutura dos parques --parque nacional do Iguaçu, no Brasil, e parque nacional Iguazú, na Argentina-- permite conhecer as cataratas a fundo, seja por terra, por ar ou pela água.

PELO AR

O voo panorâmico de helicóptero é caro (R$ 180 por pessoa), curto (dura apenas dez minutos) e geralmente tem uma longa fila de espera (nos fins de semana, ela pode demorar até duas horas).

Mesmo assim, o passeio é imperdível. A visão das cataratas lá de cima é embasbacante: um enorme buraco para onde as águas caem, dando ainda mais sentido à lenda que sugere a fenda então feita pelo deus serpente.   POR TERRA

Na dúvida entre conhecer as cataratas pelo lado brasileiro ou argentino, escolha as duas opções. A estrutura brasileira é impecável, com elevadores panorâmicos e passarelas espaçosas. Na Argentina, o acesso primordial às atrações é feito por trem e é preciso, em dias cheios, aguardar a vez em filas de tamanho razoável.

Oitenta e cinco por cento das quedas estão em território hermano. Por isso, elas conferem a quem está no Brasil uma visão mais ampla.

Para chegar à "Garganta del Diablo", no lado argentino, é preciso andar por uma passarela que parece interminável, esbarrando em vários turistas num vaivém infinito. O encontro vez ou outra com pássaros e as águas relativamente calmas durante o acesso não dão ideia do que virá pela frente.

E não é pouco. As quedas estão a poucos metros de distância, muito mais próximas às grades da passarela se comparadas às do Brasil. Leve capa de chuva se não quiser se molhar. A direção do vento traz "chuvas" momentâneas --e alguns gritinhos.

POR ÁGUA

No Brasil, o passeio que ocorre na parte baixa do leito do rio se chama Macuco Safári. Na Argentina, é operado pela Jungle Explorer, cujo acidente de barco envolvendo oito pessoas em 21/3 resultou em morte de dois estadunidenses.

Ambos os países operam um roteiro praticamente idêntico pelas águas do rio, que leva os turistas bem perto das primeiras quedas. A proa chega a tocar as águas das cachoeiras e, nesse ponto, todos já estão extremamente molhados.

A quantidade de água no ar torna a tarefa difícil, mas tente manter os olhos abertos e olhe para cima --você está vendo as cataratas "de baixo para cima". Um ou dois arco-íris ao redor dão o toque.

De acordo com o ânimo e o espírito de aventura dos passageiros, peça ao piloto para que faça manobras no retorno ao cais.  

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