Com seus 20 milhões de habitantes, Xangai não é apenas o coração financeiro da China: é a face mais ocidentalizada do país. Por isso, não foi nenhuma surpresa a escolha da cidade como sede da Exposição Universal (en.expo2010.cn) deste ano, que acontece entre maio e outubro. Durante o evento, cerca de 200 países e regiões apresentarão ao mundo o que têm de melhor em termos de cultura, ciência e tecnologia - naquilo que os chineses gostam de chamar de olimpíada cultural". Pela primeira vez algumas cidades,, como São Paulo e Porto Alegre, terão estandes próprios, já que o tema é "Cidade melhor, vida melhor". A capital paulista levará o projeto Cidade Limpa, que pôs fim aos outdoors antes espalhados por suas ruas. E Porto Alegre irá expor o programa Governança Solidária, que propõe a criação de comitês formados por representantes da sociedade civil para auxiliar na administração local.
Surgida na Dinastia Sung (9601279), a pujante Xangai de hoje começou como uma vila de pescadores banhada pelo Mar da China Oriental e pelo Rio Huangpu. Em razão da localização privilegiada, tornou-se um importante porto regional e, no século 19, chegou a ser o centro do comércio da Ásia com o mundo. Mas a chegada dos comunistas ao poder, em 1949, pôs fim à ascensão da chamada "Paris do Oriente", pelo menos até o início dos anos 1990, quando o processo de reabertura econômica permitiu à cidade se revelar novamente.
A visita a Xangai não pode ficar sem uma pausa para fotos na região à beira-rio chamada Bund, repleta de restaurantes, bares e casas noturnas. Centro nevrálgico da Xangai do século 20, a área foi totalmente remodelada para a Expo. Em março, passou a ser exclusiva a pedestres e ganhou um deque gigante, de onde se tem uma vista privilegiada dos arranha-céus de Pudong. É lá que fi cam os prédios mais arrojados de Xangai, como o Pérola do Oriente, torre de rádio e TV com 468 metros de altura. Vizinho a ele está o prédio mais alto da China, o Shanghai World Financial Center (Century Avenue, 100, 86-21/3867-2008, swfc-shanghai.com), com 492 metros de altura - 336 metros menor que o prédio mais alto do mundo, o Burj Khalifa, em Dubai - e três observatórios abertos ao público. Ainda na região do Bund, uma boa aposta para uma refeição sofisticada, com vista para o skyline, é o M on the Bund (Zhongshan Dong Yi Lu, 5, 70 andar, 86-21/6350-9988, m-restaurantgroup.com). Se a intenção é testar o limite do cartão de crédito, ali perto estão lojas da Dior, Giorgio Armani, Channel... Mas, se preferir poupar, dali dá para ir a pé a Nanjing Road, a rua de compras mais famosa da cidade.
A 30 minutos dessa agitaçåo, fica o Jardim de Yuyuan, um oásis de tranquilidade. O sossego está restrito aos limites do parque: o bazar (yuyuantm.com.cn) a céu aberto que fica em seu entorno é a imagem perfeita de um formigueiro humano, onde turistas e lojistas tentam levar a melhor na negociação de lembrancinhas e eletrônicos. Buscando algo mais moderno e original? A região do Moganshan Road Art Centre reúne descoladas galerias de arte contemporânea, como a Shine Art Space (shineartspace.com) e a M97 (m97gallery.com).
Quer fazer uma pausa para um café ou lanche rápido? O centro comercial Xintiandi (xintiandi.com/english) tem lojinhas, bares, restaurantes e cafés charmosos. Se tiver tempo, experimente o xiaolongbao, espécie de ravióli da culinária local. Um bom lugar é o YeShanghai (Huangpi Nan Lu, 338, 86-21/6311-2323, elite-concepts.com).
Para encerrar o dia, escolha o passeio sobre as águas do Rio Huangpu. Dá para comprar ingresso em agências no Bund: o tour dura uma hora e meia e custa o equivalente a R$ 13. E não se espante: ao lado de seu barco passarão os que levam enormes telões de LED com propagandas animadas - um toque a mais na profusão de luzes de Xangai.
Por: Janaína Silveira
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