Com maus hábitos, estudo indica que 49% dos brasileiros têm excesso de peso

49% dos brasileiros têm excesso de peso

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:13

Praticamente metade, ou seja, 49% da população brasileira têm excesso de peso, revelam dados da pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), do Ministério da Saúde. O número aumentou em relação aos resultados anteriores: em 2006, a proporção era de 42,7%.

O levantamento, divulgado anualmente pelo Ministério, traz um diagnóstico da saúde do brasileiro a partir de questionamentos sobre os hábitos da população, como tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, alimentação e atividade física. A pesquisa coletou informações nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal e contou com mais de 54 mil pessoas, entrevistadas em 2011.

Segundo os dados, as capitais do Norte e do Nordeste são as que apresentam menores índices de excesso de peso e obesidade. "Homens com mais anos de estudo apresentam maior grau de obesidade e excesso de peso", comentou o secretário de Vigilância em Saúde Jarbas Barbosa.

A pesquisa mostra como fator de risco o grande consumo de refrigerantes, carne e leite integral, que é rico em gorduras. Por outro lado, a pesquisa também mostra que o nível de escolaridade interfere positivamente nos hábitos alimentares. "Quem tem mais de 12 anos de escolaridade, consume mais hortaliças.

"Se não quisermos chegar ao patamar dos Estados Unidos, que tem 25% da população obesa, agora é a hora de agir", afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Ele acredita que o acordo com a indústria de alimentos para redução de gordura, assim como o acordo recente feito com escolas para a promoção da alimentação saudável, são medidas que devem ter impacto na tendência de obesidade no futuro.

Boa notícia

Uma das boas notícias do Vigitel foi a redução do número de fumantes no país, que ficou abaixo dos 15%. A diminuição ocorreu principalmente entre os homens. A grande maioria das capitais brasileiras já está abaixo da média nacional de consumo de cigarros.

Para o ministro, o dado só reforça o sucesso de medidas como a proibição do fumo em ambientes fechados e a tributação elevada do cigarro.

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