Era uma linda manhã quando o sol lançava seus primeiros raios sobre uma pequena vila, erguida entre lindas montanhas e vales. A primeira casa a receber os raios foi uma pequena casa, peculiar, onde morava um menino curioso, que passava horas olhando pela única janela da pequena casa. Através dela, ele via o mundo: as montanhas majestosas, o rio que serpenteava pela floresta e seus amigos que, com risos contagiantes, brincavam na praça central. E ali, para o pequeno Léo, aquela era a única realidade existente. Ele estava convencido de que o mundo se resumia àquilo que seus olhos captavam através daquela janela.
Certo dia, um viajante chegou à aldeia. Com sua mochila repleta de histórias, ele falou de desertos onde a areia parecia ouro, de oceanos tão vastos que desafiavam a imaginação e de cidades luminosas que brilhavam sob o manto estrelado da noite. Léo, com olhos arregalados e coração palpitante, ouvia cada palavra, cada relato, e sentia como se um novo universo se abrisse diante dele.
Intrigado e inspirado, Léo decidiu embarcar em sua própria jornada de descobertas, e viajou por vales e montanhas, cruzou desertos e navegou por mares. Em cada lugar, ele encontrou novas janelas, cada uma revelando uma paisagem diferente, uma nova forma de ver e entender a realidade.
Nossas cosmovisões, aquelas lentes através das quais vemos o mundo, são moldadas por inúmeros fatores: nossas experiências, cultura, educação, valores e até mesmo as histórias que ouvimos quando crianças. E, muitas vezes, nos apegamos tanto à nossa própria janela, à nossa própria perspectiva, que esquecemos que existem inúmeras outras maneiras de ver e interpretar o mundo ao nosso redor.
Mas, e se, em vez de nos fecharmos em nossas próprias bolhas, buscássemos ativamente entender e apreciar outras cosmovisões? E se víssemos essas diferentes perspectivas não como ameaças, mas como oportunidades valiosas de crescimento, aprendizado e enriquecimento pessoal?
Ao estabelecer pontes de diálogo com outras perspectivas, não apenas ampliamos nosso repertório, mas também cultivamos uma mente mais aberta e um coração mais empático. Aprendemos a valorizar a diversidade, a respeitar as diferenças e a enxergar o mundo com uma compreensão mais profunda e matizada.
Imagine um mundo onde cada um de nós se esforçasse para entender o ponto de vista do outro, onde a empatia e o respeito fossem a norma, e não a exceção. Um mundo onde as janelas não seriam barreiras, mas portais para novas descobertas e conexões.
A verdade é que cada um de nós é um universo em si mesmo, repleto de experiências, sonhos, medos e esperanças. E cada janela, cada cosmovisão, é uma oportunidade de descobrir algo novo, de se conectar com o outro e de crescer como ser humano.
Então, da próxima vez que se deparar com uma opinião ou perspectiva diferente da sua, em vez de se fechar em sua própria janela, por que não dar uma espiada através da janela do outro? Você pode se surpreender com o que vai encontrar.
E lembre-se: o mundo é vasto, diverso e cheio de maravilhas. E cada janela, cada cosmovisão, é uma oportunidade de descobrir algo novo, de se conectar com o outro e de crescer como ser humano. Portanto, abra sua mente, amplie seus horizontes e permita-se olhar através de novas janelas. O mundo é um livro, e aqueles que não viajam leem apenas uma página. E você, quantas páginas deseja ler?
Alisson Magalhães é Ministro Ordenado na Igreja do Nazareno, formado em Teologia pela Faculdade Nazarena do Brasil, professor de Teologia em cadeiras teológicas, pastorais e na área de música e adoração. Autor do livro Cristianismo 4.0 – Desafios para a comunicação cristã no século XXI, à venda pela Book Up Publicações. Consultor em Comunicação Governamental e Marketing Político, atualmente serve com sua esposa, Elaine, na Serra Catarinense, onde também atua como jornalista e Chefe de Gabinete na prefeitura de Palmeira/SC.
* O conteúdo do texto acima é uma colaboração voluntária, de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.
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